Com número cada vez maior de adeptos, esporte que é tendência exige atenção ao preparo físico. Especialista da Afya lista cuidados essenciais para prevenir lesões e melhorar o desempenho.
O beach tennis tem
registrado um crescimento exponencial no Brasil, com um aumento superior a 200%
no número de praticantes desde 2021, segundo a Confederação Brasileira de Tênis
(CBT).
Mas, junto com a
febre do beach tennis, vem também uma preocupação: o aumento das lesões
ortopédicas entre os jogadores. Um estudo publicado em agosto no Brazilian
Journal of Health Review revelou que metade dos praticantes avaliados já
apresentou algum tipo de lesão, em especial nas articulações e tendões.
A análise, que
acompanhou mais de 1.200 atletas, identificou que as tendinopatias nos membros
superiores, principalmente cotovelo (25,4%) e ombro (20,9%) são as mais comuns.
Também se destacam as lesões nos joelhos (16,4%) e os entorses nos tornozelos,
especialmente entre jogadores com maior carga de treino. Aqueles que jogam mais
de 10 horas por semana têm três vezes mais risco de se lesionar do que quem
pratica com menor frequência.
De acordo com o
ortopedista Dr. Gabriel Miura, da Afya Educação Médica de Belo, apesar de ser
disputado sobre uma superfície que causa menos impacto, o esporte esconde
armadilhas. “A areia é uma superfície irregular, o que pode aumentar o risco de
lesões com mecanismo de entorse. Além disso, frequentemente pessoas que não têm
o hábito de praticar atividades físicas com regularidade, se arriscam a iniciar
no beach tennis sem o preparo físico e motor adequados, o que também aumenta o
risco de lesões”.
Ainda segundo o
médico, os membros inferiores são os mais afetados. “As entorses, tendinites e
lesões musculares são as mais comuns. O esporte exige corridas curtas, saltos e
mudanças rápidas de direção, o que sobrecarrega tornozelos, joelhos e a
musculatura da perna”, complementa.
Como se proteger: dicas para jogar beach tennis com segurança
Para quem quer aproveitar o beach tennis de forma saudável e sem dor, o Dr. Gabriel Miura lista medidas simples e eficazes de prevenção:
- Fortaleça a musculatura – Invista em treinos que reforcem pernas, ombros e core (abdômen e lombar). Isso aumenta a estabilidade e reduz o impacto nas articulações.
- Alongue e aqueça antes de jogar – Cinco a dez minutos de mobilidade e aquecimento ajudam o corpo a se preparar para as rápidas mudanças de direção e saltos.
- Cuide da carga de treino – Aumente o volume gradualmente e respeite os dias de descanso. Jogar mais de 10 horas por semana sem preparo aumenta o risco de lesões.
- Avalie sua saúde – Uma avaliação cardiovascular antes de iniciar a prática é essencial. Doenças potencialmente graves podem ser detectadas precocemente com um bom exame médico e prevenir mal súbitos, infartos e entre outros problemas de saúde.
- Use equipamentos adequados – Roupas leves, óculos de proteção, raquetes de qualidade e hidratação constante ajudam a prevenir fadiga e sobrecarga.
“Com o aumento do número de praticantes, a incidência de lesões também tende a crescer. O acompanhamento adequado pode reduzir drasticamente os riscos e melhorar a performance. O segredo é praticar com segurança, consciência e orientação profissional”, conclui o ortopedista da Afya Educação Médica de Belo Horizonte.
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