Pesquisa avalia parâmetros cardíacos das onças da AMPARA
para auxiliar nos esforços de conservação.
O objetivo do
estudo é registrar o ritmo cardíaco natural de espécies ameaçadas de extinção
para melhor compreender as causas de estresses ambientais e o impacto humano no
bem-estar animal.
Com um monitor cardíaco pequeno, minimamente invasivo e implantável, colocado logo abaixo da pele, a frequência cardíaca do animal é registrada a cada 2 minutos por até 3 anos.
A parte do projeto realizada no Brasil começou em 2021, com o monitoramento de lobos-guarás e, agora, a mesma tecnologia será utilizada em onças.
Nas onças, será a primeira vez que seu ritmo cardíaco natural será registrado sem os efeitos da contenção física ou química.
Por exemplo, aprenderemos como uma onça reage internamente à presença de um estranho. Nesse cenário, o animal pode se comportar aparentemente calmo, mas internamente apresentar uma frequência cardíaca aumentada, indicando que existe um certo nível de estresse causado pela proximidade das pessoas.
Em um primeiro momento, serão estudadas 18 onças que estão sob cuidados humanos, 5 delas mantidas pela AMPARA.
Em um futuro próximo, onças de vida livre também serão monitoradas.
Os dados serão usados para melhorar o bem-estar animal em ambientes de cativeiro e servirão como evidência científica para apoiar ações de conservação para a população de vida livre.
O
Projeto Ritmo da Vida, coordenado pela Dra. Rosana Moraes, é um esforço
colaborativo entre o Smithsonian Conservation Biology Institute, a Universidade
Federal do Paraná e o CENAP-ICMBio, além de outros parceiros e
colaboradores.
O projeto tem o apoio da Smithsonian Institution e da
Medtronic
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