Doença é gatilho
para outras comorbidades, como arteriosclerose, diabetes e obesidade
Embora pertença a uma família de vírus conhecida
pela ciência desde a década de 60, o novo coronavírus traz, ainda, muitas
perguntas para serem respondidas, principalmente sobre os métodos eficazes de
tratamento. O que se sabe, até agora, é que há grupos de riscos, especialmente
pessoas com problemas cardiovasculares, que são, normalmente, aquelas com idade
acima dos 60 anos.
Pesquisas recentes do Colégio Americano de
Cardiologia revelam que 40% dos pacientes dos hospitalizados com resultado
positivo para essa infecção por coronavírus apresentavam alguma patologia
cardiovascular ou cerebrovascular prévia. Além disso, 6,7% deles manifestaram
arritmia e 7,2%, uma lesão no miocárdio. De acordo com o cirurgião vascular
Francisco Simi, a cardiopatia é uma doença comprometedora para o paciente.
“O sistema imológico do cardiopata é bastante
sensível e é comum apresentar quadros constantes de inflamações crônicas, o que
pode agravar o adoecimento. A predisposição deles para qualquer doença é muito
alta, principalmente em casos clínicos virais. Por isso, pessoas com problemas
cardiovasculares precisam, neste momento, praticar o isolamento social”,
orienta.
Simi lembra também que a cardiopatia acarreta
outras comorbidades, como a arteriosclerose, diabetes e obesidade. As secreções
constantes desses pacientes também potencializam a porta de entrada para o
coronavírus. “Em cardiopatas, as secreções da orofaringe são mais presentes e
pode levar o vírus com mais rapidez para os pulmões. É nesse órgão que o vírus
vai atuar prejudicando a respiração”, explica Simi.
CUIDADOS CONSTANTES
Os cuidados que os cardiopatas devem ter são os
mesmos necessários para evitar a contaminação. Porém, devem ser redobrados.
“Isolamento social é o principal. A higiene das mãos várias vezes ao dia e o
uso de máscaras também são cuidados importantes. As máscaras caseiras são uma
opção para quem não dispõe de outras e a lavagem adequada delas, com água e
sabão, deve ser feita sempre”, orienta o médico.
IMUNIDADE
Com a quarentena, muitas pessoas estão isoladas
dentro de casa, deixando inclusive de tomar sol. A vitamina D é um importante
nutriente que age no equilíbrio do corpo, como na absorção do cálcio e fósforo,
fortificando os ossos, músculos e, inclusive, os dentes.
“O sol é uma das fontes mais simples para
absorvermos essa vitamina. Ela ajuda bastante na imunidade, por isso, mesmo na
quarentena, é importante expor o corpo aos raios solares, de forma moderada.
Uma caminhada pelo quintal ou sentar-se na sacada por alguns minutos, evitando
as horas mais quentes do dia, contribui muito para que o nosso corpo produza
esse nutriente”, reforça Simi. A vitamina D também está presente, em maior
concentração, nos peixes de água salgada, carne vermelha, ovos, manteiga e
leite.
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