A pandemia de coronavírus vem causando uma enorme
crise global. Em alguns países, o número de infectados pela Covid-19 já começa
a declinar, mas no Brasil, o grande pico da doença ainda está por vir. Segundo
os dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) e informações do Ministério da
Saúde, a projeção é que o país comece a respirar com mais tranquilidade em
meados de junho.
“Diariamente, o governo, por meio do Ministério da
Economia, tem implementado medidas para dar fôlego aos agentes econômicos e
prover liquidez ao mercado com a injeção de capital, mas após essa crise os
empresários de todos os setores precisarão se atentar e implementar diversas
novas medidas”, ressaltou o sócio da Baker Tilly, Roossewelth Baldez.
O isolamento social, medida adotada para tentar
minimizar o número de casos positivos, fez com que muitas empresas alterassem a
rotina de trabalho e planejamento atual das atividades. Mas e após a pandemia,
o que muda na rotina dessas organizações?
Confira 6 dicas da Baker Tilly para auxiliar os
gestores nas tomadas de decisões “pós-pandemia”.
- Força de trabalho
Após a pandemia, as empresas devem fortalecer a
educação sobre segurança durante pandemias, estabelecer diretrizes de proteção
pessoal para funcionários, aumentar a conscientização sobre segurança e
prevenção de riscos.
- Preservação do caixa
Os pequenos negócios dificilmente têm uma reserva
de contenção. Ou seja, eles são muito mais vulneráveis a qualquer movimento do
ambiente. As empresas devem ficar atentas ao fluxo de caixa para, desde já,
irem ajustando o cronograma de recebimentos e pagamentos. “Fazendo esse
controle, as empresas vão garantindo os recursos de acordo com o ritmo de
fornecedores e planos de trabalho dos funcionários”, comentou o especialista da
Baker Tilly.
- Negociação de prazos e
contratos
Após a crise, as organizações devem cooperar com as
dificuldades dos clientes e limitações dos fornecedores, para entender mudanças
do mercado e administrar o impacto da retomada.
Sobre os contratos é necessário identificar e
reavaliar o cumprimento das cláusulas. Dessa forma, se alguma parte for afetada
é necessário prontamente avisá-la relacionada para mitigar possíveis perdas.
“Outro importante dica é avaliar se é necessário firmar um novo contrato e
manter evidências para, se necessário, possíveis processos civis posteriores”,
explicou.
- Identificação de gargalos
Durante a após a pandemia, a grande preocupação dos
empresários tem sido e será manter a folha de pagamento dos funcionários em
dia. Para evitar que essa dificuldade fique ainda maior, é importante ressaltar
que o governo anunciou uma linha de crédito emergencial para a folha de
pagamento, além disso, os bancos ampliaram as linhas de créditos e facilitaram
o processo de empréstimos para enfrentar a crise.
Dessa forma, é possível evitar demissões, manter a
mesma equipe de trabalho, sem prejuízos e desgastes em novos processos
seletivos.
- Mapeamento de eventuais
ineficiências operacionais
As empresas devem estabelecer equipes de tomada de
decisão para assuntos urgentes, como um “Comitê de Gestão de Crise
Emergenciais” para definir os objetivos a serem alcançados e criar um plano de
emergências.
“Criando esse grupo, a empresa consegue garantir
que as decisões possam ser tomadas o mais rápido possível em diferentes
situações, não apenas em crises de calamidade pública”.
- Criatividade em novas formas
de atendimento em produtos e serviços
Com a pandemia, perfil dos consumidores está
mudando. Assim que a crise cessar, os empresários devem reforçar
ainda mais essas mudanças, principalmente no comércio eletrônico, redes sociais
e aplicativos. Será preciso encaixar a empresa nessas plataformas, que estão
fazendo a diferença nesse momento.
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