Especialista
garante que cuidados podem evitar perrengues no ano novo
O ano mal acabou e já tem muita gente preocupada
com as contas que vão surgir logo no começo de 2020. Despesas como IPVA, IPTU,
matrícula escolar e dívidas contraídas por conta das festas de fim de ano são
suficientes para devorar todo o orçamento, deixando para trás qualquer ideia de
economia.
Mas, mesmo com tantas contas inevitáveis pela
frente, Victor Loyola, sócio e coCEO da fintech Consiga+, mostra que é possível
se organizar e colocar em prática o tão desejado sonho de começar o ano
guardando dinheiro. A seguir, ele compartilha cinco dicas infalíveis para isso:
1) Priorize suas despesas
Se você já sabe que janeiro é um mês abarrotado de
boletos, o ideal é se programar e deixar garantido o dinheiro necessário para
pagar essas contas.
O fim do ano é sempre um momento de tentação para
qualquer consumidor: são promoções, descontos e queima de estoque; festas de
Natal e Ano Novo, além das viagens. Todos gastos extras que podem comprometer o
orçamento do começo de 2020. Para que isso não aconteça, estabeleça um limite
do que você pode gastar no fim de ano e pesquise bem antes de fazer qualquer
aquisição.
2) Cuidado com o cartão de
crédito
Já parou para pensar que o cartão de crédito nada
mais é do que uma falsa ilusão de que temos dinheiro?
O limite do cartão é sempre maior do que nosso
salário, o que, num primeiro momento, causa até certo alívio. Mas aí a fatura
vem e pega muita gente de surpresa. Isso acontece porque a maioria das pessoas
utiliza o cartão de crédito para pagar despesas do dia a dia e contas muito
pequenas, como um cafezinho, por exemplo.
O ideal é usar o cartão apenas para pagar valores
altos, que precisamos parcelar. Pense o seguinte: para que deixar para pagar o
cafezinho só no mês que vem se você já o consumiu? Faz mais sentido pagar
prestações de uma geladeira, por exemplo, um bem que vai durar por muito tempo,
até mesmo depois de pagar todas as parcelas.
E no parcelado, todo cuidado é pouco. Quando se
menos espera, você pode ter seu limite comprometido por muito tempo com os
parcelados e isso vai gerar dificuldades para que pague a fatura integral.
Jamais entre no rotativo do cartão!
O recomendado é trocar o cartão de crédito pelo
débito ou até mesmo por dinheiro vivo. Você tem ideia do quanto gasta em uma
semana? Se toda sua despesa fica em R$ 300, a melhor opção é sacar esse
dinheiro. Assim você gasta apenas o necessário e consegue ter uma ideia mais
real sobre seus gastos ao ver o dinheiro, literalmente, indo embora.
3) Entenda seus gastos
Ao deixar de usar o cartão de crédito para pagar
qualquer coisa fica muito mais fácil entender para onde seu dinheiro está indo.
Se você não consegue anotar todos os gastos em uma
planilha nem guardar o recibo das compras que faz no débito, pelo menos tente
anotar suas principais despesas, aquelas que aparecem todo mês.
É necessário ter na ponta do lápis gastos com
alimentação, combustível, contas de luz, aluguel (se for o caso) e outras
parcelas fixas do mês. A soma desses gastos é o valor que será debitado da sua
conta, ou seja, parte do seu orçamento já está comprometido e tem destino
certo. O que sobrar desse valor é o que você pode gastar com lazer: sair com os
amigos, comprar aquele produto que tanto queria ou investir.
Caso o orçamento esteja apertado, aprenda a dizer
não! Talvez esse não seja o momento ideal para comprar mais um par de tênis ou
sair para comer fora no fim de semana.
4) Guarde o que sobrar
Muitas pessoas têm aquela ambição de conseguir
poupar bastante no final do mês, mas aí percebem que gastaram mais do que
deveriam e acabam não guardando nada.
Mesmo que não tenha atingido a meta de guardar R$
200, por exemplo, tente colocar na poupança ou em algum fundo de investimento
pelo menos um pouco. Assim, além de aprimorar sua educação financeira, você
cria uma reserva de emergência, que defenda seu orçamento de imprevistos.
5) Se precisar de empréstimo,
opte pelo crédito consignado
Economizando ou não, imprevistos podem acontecer. E
se você precisar de dinheiro, nem pense em usar o cartão de crédito como
muleta! O rotativo do cartão de crédito possui a maior taxa de juros do mercado
e, ao invés de solucionar o problema, aumenta ainda mais a dívida.
A melhor opção para quem precisa de dinheiro é a
modalidade de crédito consignado. Além de possuir taxas bem menores do que as
do cartão de crédito, o consignado é descontado diretamente da folha de
pagamento. Assim, o devedor sabe exatamente quanto de seu orçamento está
comprometido, sem se deparar com surpresas no fim do mês.
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