No momento em
que as instituições de ensino estão às voltas com a captação de novas
matrículas, é importante que os pais ou responsáveis saibam exatamente com o
que devem realmente se preocupar para fazer a melhor escolha. Para a pedagoga e
psicoterapeuta Solange Véras Félix, diretora do Colégio Criando e Rindo – CCR
Objetivo, de São Paulo, há bons caminhos nesse sentido, como a indicação de
quem já é cliente da escola. “Tomar conhecimento da estrutura disponível,
visitar a escola, também é fundamental. Da mesma forma, é de grande importância
conhecer a proposta pedagógica, método de ensino, situação de regularidade do
estabelecimento. Tudo isso são fatores decisivos, mas é preciso, primeiro,
observar se por trás de tudo isso existe atenção, carinho, responsabilidade”,
adverte.
Com mais de 30 anos na área de ensino, 28 dos quais à frente do CCR, ela conta que é muito comum as pessoas optarem pela escola mais bonita, por aquela que fará inveja entre parentes e amigos, se esquecendo que quem irá estudar no estabelecimento, viver boa parte de suas vidas naquele local, é o aluno. Conhecer a escola que existe além das aparências é fundamental para uma decisão sobre a qual dificilmente haverá arrependimento no futuro, diz ela.
Para ajudar na escolha da melhor escolha, ela recomenda às pessoas que observem a empatia da criança em relação ao local. “É preciso que haja acolhimento, profissionais dedicados, que trabalhem com atenção e objetivos bem definidos. Uma escola precisa ter foco no aluno, ficar atenta inclusive à sua forma de agir, personalidade, comportamentos. Muitas vezes essa atenção em relação a esses detalhes pode fazer da escola a melhor aliada dos pais para a correção de eventuais problemas. A escola precisa ter um lado humano, afinal ela acaba orientando os alunos em relação às suas formações. Uma boa escola forma pessoas do bem, que têm preocupação com o próximo, que respeitam os mais velhos, que têm noção de seu papel na sociedade. A boa escola forma pessoas que não discriminam ninguém, forma cidadãos que sabem exatamente onde terminam seus direitos e começam os dos outros”.
Com base em sua experiência, ela formulou algumas questões que
devem ser vistas pelos pais na hora de escolher uma escola:
1. Que material didático é utilizado pela escola?
1. Que material didático é utilizado pela escola?
2. A escola realiza reuniões com pais e responsáveis com que frequência?
3. A escola atende individualmente as pessoas quando elas precisam falar sobre algum assunto?
4. A escola exige agendamento para poder atender as pessoas?
5. Que atividades a escola promove além das previstas na grade curricular?
6. A escola promove saídas e passeios com fins pedagógicos, como teatros, centros de ciência e tecnologia, museus etc.?
7. Como se dá o período de adaptação do aluno?
8. Se houver um imprevisto, como é feita a entrega da criança, como isso ocorre?
9. Quais são os critérios de avaliação dos alunos?
10. Existem atividades lúdicas, de entretenimento, esportes, artes?
11. Como a escola trata as várias faixas etárias? Há unidades específicas e separadas tendo em vista que os momentos são muito diferentes?
12. Como a escola trata os casos de indisciplina?
13. A escola possui reclamações em sites específicos e Procons?
14. Quais são os valores humanos que a escola leva em conta?
15. Qual a reputação da escola em sua comunidade?
16. A escola se preocupa em promover um ambiente agradável e de amizade entre os alunos?
17. O que a escola publica nas suas redes sociais?
“Vejam que todas essas questões são, na nossa avaliação, mais
relevantes que outros fatores mais mensuráveis”, diz Solange. Segundo ela, se a
todas essas questões houver respostas positivas, basta passar na sequência para
os fatores que ela considera subjetivos, como estrutura, localização, preço
etc..
Nenhum comentário:
Postar um comentário