O envelhecimento ocasiona
dificuldades físicas e os exercícios estão alinhados a uma vida mais saudável,
sendo assim o alerta para a prática de uma vida mais ativa colabora para
promover o corpo na terceira idade.
De acordo com a educadora
física e pós-graduada em fisiologia do exercício na Saúde, na Doença e no
Envelhecimento, biomecânica e pilates, Patrícia Bueno, no Studio Pilates
Patricia Bueno, com o envelhecimento o corpo tende a diminuir massa muscular,
massa óssea e mobilidade, assim aumenta risco de queda e de fraturas, além da
capacidade de reconstituição diminuir de acordo com o avanço da idade.
Sendo assim, o idoso que se
exercita diminui consideravelmente o processo de envelhecimento. “Isso
acontece, pois, a atividade física aumenta massa magra, massa óssea, melhora
mobilidade, o retorno venoso auxiliando na circulação sanguínea, a pressão
arterial, o índice glicêmico, e aumenta disposição para o dia a dia”, explica
Patrícia.
A educadora também ressalta
que o sedentarismo no idoso é um grande fator de risco para as doenças crônicas
degenerativas, por isso, os exercícios devem ser realizados de forma
sistemática e com ênfase a exercícios funcionais que melhoram as capacidades da
vida diária (AVD) como se vestir, tomar banho e comer, além de capacidades da
vida diária instrumentais (AVDI) fazer comida, fazer compras, arrumar a casa e
trabalhar.
Os exercícios não colaboram
apenas para a tonicidade muscular, mas a capacidade funcional em um todo, como
flexibilidade, correção postural e equilíbrio. “Os idosos devem ser estimulados
a apropriação e ao reconhecimento de seu corpo é sua maturidade, um
aprofundamento na compreensão de suas partes e da sua existência perante o
mundo, transportando seus benefícios e transformações para além da sala de
aula, mas para seu dia a dia”, ressalta a educadora física.
Diante disso, o método pilates
vem ganhando espaço para a colaboração física da 3° idade, além de interesses
acadêmicos, uma vez que ele apresenta características de baixo impacto,
proteção das articulações, bom estímulo à recuperação de tecidos musculares e
lesões, e correção da postura e respiração.
Diante desta realidade, de
acordo com a especialista, o método pilates se mostra eficiente no tratamento
de doenças características ou facilitadas pelo envelhecimento, “uma delas é a
incontinência urinária, relaciona-se à perda de tônus da região perineal,
exercícios como a ponte utilizando a respiração específica do pilates poderá
promover uma melhora do assoalho pélvico que sustenta os órgãos pélvicos”.
Também, com o avanço da idade
a caixa torácica torna-se rígida levando ao aumento da carga dos músculos
respiratórios com diminuição da oxigenação dos tecidos e “a respiração como
fator primordial dos exercícios do Pilates propicia a organização do tronco
pelo recrutamento dos músculos estabilizadores da coluna, favorece o
relaxamento dos músculos inspiratórios e cervicais, favorece a oxigenação
tecidual e a captação de produtos metabólicos associados à fadiga, além de
melhorar a imunidade”, enaltece Patrícia.
É importante enfatizar os
exercícios funcionais que trabalham propriocepção, equilíbrio, coordenadora
motora, atenção, estabilidade, deslocamento e mobilidade articular. “Vale
ressaltar que o instrutor de pilates deve ter conhecimento das principais
patologias do idoso, suas particularidades, limitações e procurar promover
conforto e segurança em todos os exercícios para que o mesmo obtenha da melhor
maneira os benefícios do pilates além de garantir sua auto estima em relação
aos demais do grupo”, finaliza a educadora física.
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