Michael Page mostra como os novos gestores devem se
comportar diante dos múltiplos desafios impostos ao cargo
Se você é aquele tipo de gestor obcecado por
resultados, acompanha planilhas constantemente, adora observar gráficos e não
abre mão de metas ambiciosas, então está na hora de refletir um pouco mais
sobre a sua relação com a equipe. Pode ser que esse modelo de gestão que você
tanto acredita talvez não seja a melhor estratégia de liderança para
compartilhar com seus colaboradores.
“As demandas para cargos de média e alta gerência
vêm crescendo e o foco em resultados continua sendo altamente cobrado. Mas a
busca incessante por metas e a falta de tato com os colaboradores podem
resultar em problemas para a equipe ou mesmo na queda de um líder em potencial.
O resultado para empresa? Custos em excesso e trabalho para treinar e realocar
uma nova liderança. Hoje um líder deve ser inspirador, ter habilidade nas relações humanas,
saber quando desacelerar os processos em prol da saúde mental e física de seus
profissionais”, explica Ricardo Basaglia, diretor geral da Michael Page.
De acordo com o executivo, há um estudo das
companhias Kronos Incorporated e Future Workplace apontando que 95% das causas
de alta rotatividade nas organizações é o excesso de trabalho e a exaustão.
“Das dez qualidades vistas num líder, pelo menos seis tem ligação com relações
humanas, como escutar, saber dar um feedback ou a capacidade de delegar funções
sem sobrecarregar os colaboradores”, completa.
Veja
abaixo cinco dicas elaboradas pelo consultor que podem engajar e ajudar líderes
a atingir o potencial máximo de seus colaboradores e equipe:
-
Peça feedback
Pergunte
como está o balanceamento entre resultado e foco em pessoas. Você pode
perguntar, por exemplo, “o que eu posso fazer para demonstrar que eu aprecio o
seu trabalho”?
-
Identifique formas de se conectar com sua equipe
Desenvolva
práticas e implemente-as como conversas regulares sobre plano de carreira com
os colaboradores, agende coffee breaks para conhecer melhor sua equipe, mesmo
que seja fora do expediente e sem caráter profissional. O mais importante é que
esses esforços sejam genuínos e naturais.
- Tire um tempo para reflexão
Repare em tempo real quanto você está sendo
impaciente ou indo rápido demais sem considerar a velocidade dos demais
colaboradores. Isso fará de você um líder mais presente, além de cuidar da sua
própria saúde mental. Pergunte a si mesmo “o que eu estou tentando evitar”? ou
“qual é o meu grande medo em diminuir um pouco a velocidade dos processos”?
-
Monitore a si mesmo
Ser
um grande líder requer uma pausa para refletir e escolher uma abordagem
diferente. Isso pode significar simplesmente não enviar um e-mail nos finais de
semana ou feriados falando sobre seu grande projeto, mas também o
reconhecimento de uma grande conquista ou mesmo um serviço diário, que mesmo
trivial, foi bem executado por um colega de trabalho.
-
Compartilhe conhecimento com a sua equipe
Interrompa
sua rotina, sempre que possível, para compartilhar conhecimento ou ensinar algo
novo para sua equipe. Certamente a troca de informações será enriquecedora e a
partir de uma simples conversa, novos projetos inovadores podem começar. Esteja
aberto para escutar também o que os colaboradores podem ensinar.
“O alto nível de eficiência e cobrança de um líder em sua
equipe acaba tirando o foco nos indivíduos. Com os líderes preterindo a
construção de relacionamentos saudáveis, acabam deixando de ser uma inspiração
para sua equipe. Eles acabam não demonstrando empatia e alienando grandes
potenciais criativos. Ser altamente focado em resultados e perseguir
metas é importante para qualquer líder, mas sem uma balança equilibrada entre
metas e relações humanas o sucesso certamente será limitado e nunca atingirá
seu potencial máximo”, finaliza Basaglia.
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