Casos
de Vírus Sincicial Respiratório (VSR) e Rhinovírus são destaques no painel
viral de março, além
do aumento da positividade em 98% dos testes realizados para Influenza A e B
O Outono é o período conhecido pelo aumento de doenças
respiratórias como VSR, rhinovírus, bronquiolite, influenza A e B (gripe),
entre outros. O Serviço de Controle de Infecção Hospitalar e Qualidade
Assistencial do Sabará Hospital Infantil divulga informações dos painéis
respiratórios virais (dados até 25/03/2019) realizados pelo Hospital para
alertar pais e familiares para cuidados com as crianças nesse período.
Durante o mês de março (até o dia 23/03), foram coletados
48 painéis virais e, destes, em 96% houve detecção de algum agente
respiratório, com destaque para o aumento da ocorrência de Vírus Sincicial
Respiratório (VSR) e Rhinovírus.
Vírus
Sincicial Respiratório (VSR)
Até o dia 25 foram coletadas 74 amostras para realização
de teste rápido para VSR, com resultado positivo de 36% em março, o que
significa um aumento de quase 100% em relação ao mês anterior. No entanto, em
relação aos anos anteriores (2017 e 2018), dois achados chamam atenção: a
diminuição do número de amostras coletadas (177 em 2017 e 192 em 2018) e a
redução da positividade (média de 50% em março de 2017/2018). Considerando o
histórico, desde 2015, o pico de positividade do teste rápido de VSR ocorreu em
abril, com resultados positivos entre 53% e 67%.
Influenza
A e B (gripe)
Para os testes rápidos de detecção de influenza no mês de
março, até o dia 25, foram coletadas 89 amostras e nestas houve constatação de
16 influenza A e 7 influenza B, ou seja, uma positividade de 26%. Apesar do
número total de amostras coletadas ser ligeiramente inferior ao mesmo período
de 2017 e 2018, houve um aumento da positividade, que era cerca de 14% nos dois
anos anteriores.
Dengue
Aumento significativo de casos em todo o país alerta para
necessidade de intensificar ações de prevenção e combate da dengue. Aqui no
Sabará foram coletados 98 exames diagnósticos (dados de janeiro até
25/03/2018), com um caso positivo. No comparativo dos testes laboratoriais
realizados em março com o mês anterior, tivemos um aumento de 2,6%. Considerando
que esse número costuma atingir o pico no mês de abril, ainda podemos prever
aumento de casos suspeitos nas próximas semanas.
Prevenção
· Começar
sempre pelo básico: higienização das mãos! Use água e sabão e esfregue por pelo
menos 20 segundos ou higienize frequentemente as mãos com álcool gel.
· Vacinação:
deixe as crianças em dia com o calendário de imunização e dê a vacina da gripe
anualmente para toda a família. A vacina trivalente será oferecida no Sistema Único de Saúde
(SUS) a partir do dia 10 de abril e protegerá contra os vírus influenza A
H1N1 e H3N2 e influenza do tipo B Victoria. Na rede particular, a
vacina já está disponível. Neste caso, é oferecida também a vacina
tetravalente, que protege contra os mesmos grupos da trivalente e ainda o tipo
B Yamagata.
· Limitar
a exposição dos pequenos a lugares com muita gente, com outras crianças e a
qualquer pessoa com resfriado. Deixe-as em casa se estiver doente e ensine a
cobrir a boca em caso de tosse e espirro.
· Desinfetar
objetos e superfícies regularmente em casa e evite expor as crianças à fumaça
de cigarro.
· Amamentação:
o leite materno tem anticorpos que previnem e lutam contra infecções.
· Algumas
crianças com alto risco para desenvolver doença grave pelo VSR, como prematuras
e cardiopatas, podem se beneficiar do uso do palivizumabe, que é um anticorpo
específico, que reduz o risco de adoecimento pelo VSR. Converse com o seu
pediatra sobre isso.
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