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quarta-feira, 27 de março de 2019

Alimentação saudável é aliada na luta contra doenças cardiovasculares


 Por ocasião do Dia da Saúde e Nutrição, 31 de março, data oficial do Ministério da Saúde, cujo objetivo é conscientizar sobre os benefícios da alimentação saudável, a Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (Socesp) reforça importância dos bons hábitos alimentares na prevenção contra doenças do coração


Comer muito e/ou de modo errado é a principal causa de alguns dos fatores de risco das doenças cardiovasculares, como a obesidade, diabetes, hipertensão, colesterol e triglicérides elevados. "Por isso, é fundamental alimentar-se bem, de maneira equilibrada e sem excessos", salienta a Profa. Dra. Nagila Raquel Teixeira Damasceno , diretora executiva do Departamento de Nutrição da Socesp. 

Com exceção de pacientes com diagnóstico de doenças e restrições alimentares (alergias e intolerâncias alimentares), cujas escolhas alimentares têm ser mais específicas, a população deve optar por uma alimentação natural, variada e adequada a sua faixa etária. Abaixo, a nutricionista relaciona os alimentos que podem ser mais benéficos ou nocivos à saúdo do coração. Também faz sugestões de como podemos compor cardápios diários pensando na saúde cardiovascular atual e futura: 


Alimentos benéficos para o coração
 
Peixes de água frias - fontes de ômega 3. O consumo regular favorece a ingestão de gorduras mais saudáveis e redução de produtos cárneos ricos em gorduras saturadas e colesterol. Atualmente, os benefícios de alimentos ricos em ômega-3 vão além da redução do LDL-c (colesterol ruim) e aumentar do HDL-c (colesterol bom). O ideal é se alimentar de peixes pelo menos 2 vezes por semana. 

Alho – rico em substâncias antioxidantes, esse alimento contém substâncias com efeito dilatador dos vasos sanguíneos, que auxiliam no controle da pressão arterial. 

Aveia – Rica em Fibras solúveis, são consideradas essenciais à redução da absorção de gorduras, devendo fazer parte das escolhas alimentares diárias.
Oleaginosas (castanhas, nozes etc.) – Têm em sua composição grande parte de gorduras monoinsaturadas e poli-insaturadas, as quais promovem manutenção e até elevação do bom colesterol (HDL), além do magnésio que ajuda a reduzir pressão arterial. 

Canela – Estudos sugerem que a canela auxilia no metabolismo dos açúcares, contribuindo para a redução da glicemia pós-prandial - aumento do nível de glicose na corrente sanguínea cerca de dez minutos após uma refeição. Isso auxilia na prevenção de doenças associada à resistência à insulina.

Laticínios desnatados - estudos comprovam que o Cálcio e Magnésio presentes neste alimento, aliados aos produtos de sua fermentação natural, auxiliam no controle da pressão arterial e na redução da adiposidade abdominal. A escolha pelos produtos desnatados mantém esses nutrientes e reduz o consumo de gorduras saturadas e colesterol.


Alimentos nocivos quando consumidos inadequadamente

Açúcar – Promove elevação de glicemia, insulina, peso corporal, e está relacionado diretamente com a obesidade e Diabetes, que representam importantes fatores de risco para as doenças cardiovasculares. Recomenda-se que o consumo de açúcar não ultrapasse 10% das calorias diárias de um indivíduos saudável e se limite a 5% naqueles que necessitam controlar fatores de risco cardiovasculares.

Sal - Principal fonte de sódio da dieta. Quando em excesso, pode-se elevar a pressão arterial. Atualmente há diversos tipos de sal no mercado, entretanto, todos, devem ser consumidos com moderação, sendo recomendado eliminar o uso de substitutos industrializados do sal de cozinha.


Alimentos nocivos

Carnes processadas - Ricas em gorduras saturadas, sal e outros conservantes químicos ricos em sódio. Podem ser consumidos somente em situações de exceção e não devem fazer parte do hábito alimentar da população.

Gordura Trans (ou óleos hidrogenados parcialmente) – São as gorduras mais nocivas ao coração e chegam a ser proibidas em países ricos e desenvolvidos. Apesar do Brasil possuir limites para a presença desse tipo de gordura nos produtos industrializados, a maioria não atende essas restrições, deixando a população vulnerável ao consumo de alimentos falsamente isentos de gorduras trans. Fazem parte da elaboração de diversos alimentos industrializados (biscoitos, sorvetes, chocolate, pizzas, massas congeladas, etc), devendo seu consumo ser reduzido ao máximo possível. Impactam negativamente no colesterol ruim (LDL) e reduzem o bom (HDL), favorecem à resistência à insulina e tem propriedades pro-inflamatórias.


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