Centro
de Excelência em Recuperação Neurológica (CERNE) destaca a importância do
atendimento precoce do transtorno
Neste Dia Mundial do Autismo (2 de abril)
o Centro de Excelência em Recuperação Neurológica (CERNE) deseja contribuir
para desfazer mitos que dificultam a identificação do espectro autista e seu
tratamento.
O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é
a deficiência que mais afeta o neurodesenvolvimento em crianças. Os indicadores
norte-americanos têm apontado um aumento na prevalência de casos, passando de 1
em cada 166 pessoas em 2002 para 1 em cada 59 pessoas em 2018. “Esses dados
refletem a necessidade de se investir não apenas em pesquisas para descobrir
suas causas, mas também em tratamentos que reduzam os sintomas”, salienta a
psicóloga do CERNE especializada em TEA, Giulianna Kume (CRP 08/17797).
Diante de um transtorno que vem
aumentando significativamente, é imprescindível que a sociedade esteja mais
informada para identificar precocemente os sintomas e desenvolver mecanismos de
intervenção para que autistas possam participar ao máximo da vida em sociedade,
possibilitando maior independência e autonomia.
Portanto, vamos desfazer esses 4 mitos:
1) O comportamento do autista é imutável.
Errado. O TEA é caracterizado por um déficit na
comunicação e interação social, além de apresentar comportamentos restritos.
Essas dificuldades afetam não apenas a plena participação da pessoa na
sociedade, mas sobretudo o processo de aprendizagem. Atualmente, têm sido
ofertados diversos tipos de terapias e tratamentos para minimizar o impacto do
TEA na vida dos indivíduos.
2) Não há comprovação científica para o
tratamento do autismo.
Errado.
A análise do comportamento aplicada (ABA)
tem sido a terapia mais indicada e com maior comprovação científica de eficácia
no tratamento do TEA. Ela consiste na aplicação dos princípios da Ciência na
análise do comportamento em contextos de intervenção social. Utiliza-se de
procedimentos para aumentar e refinar o repertório comportamental.
3) É preciso esperar a criança crescer para
iniciar o tratamento.
Errado. Um fator importante no tratamento é a
precocidade. Quanto antes for realizado o diagnóstico e a intervenção melhores
são os resultados e a resposta da criança. Isso devido ao desenvolvimento
neurológico, que permite maior aprendizagem, e aos atrasos menores em relação a
indivíduos neurotípicos de mesma idade.
4) Crianças não respondem tão bem ao
tratamento.
Errado. O modelo Denver é uma terapia com
embasamento em ABA para intervenção precoce de crianças com TEA. É o tratamento
com melhor taxa de resposta para crianças com idade de 12 a 60 meses. Em 2012,
foi eleito pela revista TIME uma das 10 maiores descobertas na área médica. Seu
maior objetivo é ensinar a criança a partir do fortalecimento da interação
social em jogos e brincadeiras, simulando um ambiente muito próximo ao natural.
CERNE - O Centro de Excelência em Recuperação Neurológica
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