sexta-feira, 22 de dezembro de 2017

Viajar de avião pode agravar o quadro de doenças respiratórias



Com os feriados de fim de ano e as férias escolares, o fluxo de viagens aéreas aumenta muito. No entanto, quem tem doenças respiratórias graves e está com os sintomas fora de controle deve ser mais cauteloso antes de embarcar.

Nas alturas, há menos oxigênio circulante no sangue. Por isso, quem tem Asma, Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC), Fibrose Cística, Bronquiectasias ou Fibrose Pulmonar por exemplo, pode ter dificuldades para respirar.

“Em caso de DPOC ou das Fibroses, é muito importante observar se há Hipoxemia, ou seja, baixa do oxigênio no sangue. A taxa pode ser facilmente aferida pelos oxímetros digitais. Se a saturação periférica do oxigênio estiver igual ou acima de 92%, é seguro viajar. Caso contrário, é recomendado consultar um médico”, recomenda o pneumologista Dr. Jairo Sponholz Araujo.

Segundo ele, pacientes com Fibrose Cística, Bronquiectasias ou Discinesia Ciliar correm mais riscos de contrair ou transmitir doenças, em alguns casos. Portanto, cabe ao médico definir um plano de segurança junto com o enfermo, incluindo cuidados como uso de máscaras e recomendação de medicamentos adequados para tratar uma eventual infecção.

Os asmáticos também precisam estabelecer um plano terapêutico preventivo para viagem. É preciso levar medicações de emergência para eventuais crises e inaladores na bagagem de mão. Alguns pacientes também podem precisar tomar corticóides orais antes de embarcar.

“Pacientes que foram submetidos a uma cirurgia torácica só podem voar 15 dias após a alta e/ou retirada do dreno. Nos casos de Pneumotórax Espontâneo, é recomendado esperar pelo menos 60 dias para viajar”, explica o Dr. Jairo.

Caso esteja em alguma das condições descritas acima ou apresente sintomas como falta de ar, dificuldade para respirar, respiração ofegante, tosse, entre outros, é necessário consultar um médico e levar a ele o Formulário MEDIF (autorização médica para viajar), disponível no site das companhias aéreas. O documento deve ser enviado às empresas com antecedência mínima de 72 horas para que elas decidam se é seguro autorizar o embarque.

Caso vá utilizar mais de uma companhia aérea, todas devem ser informadas sobre as limitações pelo MEDIF próprio de cada uma, visto que as restrições variam e algumas pedem documentos extras para facilitar o atendimento.

“Recomendo, ainda, que as pessoas com doenças crônicas façam um bom seguro de viagem, que inclua doenças preexistentes e cubra repatriamento”, finaliza o Dr. Jairo.




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