Rinite, asma e alergia alimentar estão entre as mais frequentes
A volta
às aulas pode ser um sinônimo de preocupação para os pais que têm filhos com
alergias, ainda mais quando a instituição de ensino não está preparada para
atender às necessidades dessas crianças.
A
Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI) diz que as escolas devem
ter protocolos de identificação individual para crianças com riscos. Do mesmo
modo que se deve cuidar de forma especial da criança diabética, cardiopata,
neuropata, é preciso ter atenção preventiva com os alunos alérgicos.
“A
criança deve estar bem identificada na sua ficha de saúde, mas, além disso,
aqueles que lidam com o menor devem estar bem informados e conscientes da
necessidade de atenção redobrada para evitar contatos acidentais com fatores
desencadeantes, assim como saber identificar sinais de crise”, alerta o
presidente da ASBAI, Dr. José Carlos Perini, que diz ainda que a escola deve
saber como proceder em caso de emergência.
Para o Dr. Perini, de um modo
geral, as escolas agem burocraticamente. “Registram, cadastram, mas são pouco
compromissadas com a prevenção. Alimentos são guardados todos juntos, a limpeza
das salas de aula deixa muito a desejar, os aparelhos de ar refrigerado nem
sempre são limpos como se deve”.
As alergias mais comuns – A rinite está em primeiro lugar entre as alergias mais
comuns. A asma também aparece pelas condições ruins de limpeza ambiental.
Alergia a insetos é comum nas escolas, onde mosquitos costumam proliferar. “E
aqui cabe um alerta aos pais nesses tempos de Aedes Aegypti: cobrar das escolas um programa de combate a focos de
mosquitos, da mesma forma que nas residências”, alerta Dr. Perini.
Embora
pouco usado pelas escolas, o giz também merece atenção por ser alcalino, que
irrita mucosa e vias aéreas de forma primária e, por isso, a limpeza da sala de
aula deve ser feita várias vezes ao dia.
Dica aos pais – A ASBAI orienta os pais como agir com a escola para que se
evitem situações que coloquem em risco a saúde da criança. Entre elas, é
preciso solicitar autorização para inspecionar a instituição de ensino e os
locais onde a criança frequentará. Os pais devem oferecer sugestões de
como melhorar a prevenção e explicar quais são os procedimentos que asseguram
risco zero.
“Por outro lado, os pais
precisam colaborar com a escola fornecendo alimentos seguros para a criança,
disponibilizando medicamentos que o menor utiliza e que pode precisar durante
uma crise alérgica e treinar a criança a partir dos quatro anos para que ela
essa seja proativa e também participe da prevenção. Crianças nessa idade já
absorvem treinamento”, explica o presidente da ASBAI.
Associação Brasileira de Alergia e Imunologia - ASBAI .
Twitter: @asbai_alergia - Facebook: Asbai Alergia - www.asbai.org.br
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