Cardiologista
dá dicas para evitar a “síndrome cardíaca de feriado pós-carnaval”
No Brasil,
costuma-se dizer que o ano só começa, de fato, após o Carnaval. E para quem
pretende curtir a folia deve ficar atento com os excessos que podem resultar em
doenças sérias, alerta o Dr. Rogério Krakauer, cardiologista e presidente da
Regional ABCDM da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (SOCESP).
“Durante feriados prolongados e datas festivas, geralmente as pessoas costumam
deixar de lado os cuidados com a saúde, isso pode desencadear a síndrome
cardíaca de feriado (Holiday Hearth Syndrome)”.
O consumo de
álcool no Brasil é superior à média mundial, segundo a Organização Mundial da
Saúde (OMS). E nos feriados prolongados, é comum o consumo exagerado de
álcool com energético, sinaliza o cardiologista. “Para aguentar a maratona dos
blocos, algumas pessoas misturam bebidas alcóolicas com energéticos. Essa
mistura pode aumentar a pressão arterial, causar palpitações e arritmias
cardíacas”.
Além do álcool em
excesso, existem outros fatores de riscos com maior incidência durante o
Carnaval, a desidratação, ingestão de alimentos com muito sódio e gordura,
privação do sono e consumo de drogas.
Portadores de doenças cardíacas
Para quem já teve
problemas no coração e quer aproveitar a festa, o ideal é consultar o médico
cardiologista. “Pessoas com doença coronariana podem desfrutar o Carnaval,
no entanto, devem realizar exames clínicos para verificar a saúde do coração.
Manter todas as medicações, exercícios e não sair muito da dieta. O Carnaval é
alegria e isso faz muito bem ao coração. Cantar, dançar certamente reduz a
ansiedade e elimina adrenalina auxiliando no controle pressórico e arritmias”,
explica o doutor Krakauer.
Portanto, o
especialista aconselha que mesmo quem tem uma saúde de ferro, quanto quem sofreu
com problemas cardíacos deve ter atenção ao perceber algum sintoma anormal. Por
exemplo, falta de ar, dor no peito, tonteiras e palpitações.
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