Coordenador
do novo Centro de AVC do Hospital Samaritano de São Paulo, Dr. Renato Anghinah
destaca as principais diferenças entre a dor de cabeça comum e a que pode
sinalizar para um risco de Acidente Vascular Cerebral
Quem
nunca sentiu dor de cabeça? Aquela dor desconfortável e que não se consegue
fazer mais nada? O que se pensa imediatamente é: crise de enxaqueca, estresse,
fome e outros fatores. Mas, dificilmente se pensa em algo grave. Para o
neurologista e coordenador do Centro de AVC do Hospital Samaritano de São
Paulo, Dr. Renato Anghinah, “existem tipos de dor de cabeça que são mais
preocupantes. Por isso, deve-se estar muito atento para o padrão da dor,
frequência e evolução, além de sintomas”.
O
especialista explica que uma dor de cabeça repentina, explosiva, com alta
intensidade em poucos segundos é sempre muito preocupante. “Pode-se ter havido
uma ruptura ou distensão de um aneurisma cerebral”.
Dados
divulgados pelo Ministério da Saúde revelam que, no Brasil, a cada cinco
minutos, uma pessoa é vítima de Acidente Vascular Cerebral - AVC. “Os sintomas
de um aneurisma cerebral é
muitas vezes confundido com uma crise de enxaqueca, o que faz com que as
pessoas geralmente adiem a ida ao atendimento especializado”, explica o
neurologista.
E
completa. “Se a dor for
atípica ou incomum ou ainda, além da dor de cabeça, a pessoa sentir outro
sintoma neurológico focal - fraqueza muscular, confusão mental, alteração visual,
dificuldade de fala ou ao caminhar, por exemplo -, deve-se ir imediatamente ir
ao Pronto-Socorro”.
Dr. Renato Anghinah também alerta
para os grupos de risco, que incluem tanto para acidentes vasculares cerebrais
hemorrágicos quanto isquêmicos:
●
Consumidor de bebida alcoólica;
●
Tabagistas;
●
Pessoas
com pressão alta;
●
Sedentários;
●
Diabéticos;
●
Usuários
de drogas e,
●
Pessoas
com estresse.
“Alguns exames podem identificar
aneurismas cerebrais assintomáticos. Em alguns casos, este diagnóstico pode ser
determinante para tratamentos incluindo em algumas situações até mesmo
procedimentos cirúrgicos, que evitam a ocorrência do AVC”. E finaliza, “o tempo
faz toda diferença. Quanto antes buscar atendimento e diagnóstico, maiores são
as chances de eliminar as causas e evitar as sequelas”.
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