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sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

Dor de cabeça: quando deve ser motivo para preocupação?





Coordenador do novo Centro de AVC do Hospital Samaritano de São Paulo, Dr. Renato Anghinah destaca as principais diferenças entre a dor de cabeça comum e a que pode sinalizar para um risco de Acidente Vascular Cerebral

Quem nunca sentiu dor de cabeça? Aquela dor desconfortável e que não se consegue fazer mais nada? O que se pensa imediatamente é: crise de enxaqueca, estresse, fome e outros fatores. Mas, dificilmente se pensa em algo grave. Para o neurologista e coordenador do Centro de AVC do Hospital Samaritano de São Paulo, Dr. Renato Anghinah, “existem tipos de dor de cabeça que são mais preocupantes. Por isso, deve-se estar muito atento para o padrão da dor, frequência e evolução, além de sintomas”.
O especialista explica que uma dor de cabeça repentina, explosiva, com alta intensidade em poucos segundos é sempre muito preocupante. “Pode-se ter havido uma ruptura ou distensão de um aneurisma cerebral”.
Dados divulgados pelo Ministério da Saúde revelam que, no Brasil, a cada cinco minutos, uma pessoa é vítima de Acidente Vascular Cerebral - AVC. “Os sintomas de um aneurisma cerebral é muitas vezes confundido com uma crise de enxaqueca, o que faz com que as pessoas geralmente adiem a ida ao atendimento especializado”, explica o neurologista.
E completa. “Se a dor for atípica ou incomum ou ainda, além da dor de cabeça, a pessoa sentir outro sintoma neurológico focal - fraqueza muscular, confusão mental, alteração visual, dificuldade de fala ou ao caminhar, por exemplo -, deve-se ir imediatamente ir ao Pronto-Socorro”.
Dr. Renato Anghinah também alerta para os grupos de risco, que incluem tanto para acidentes vasculares cerebrais hemorrágicos quanto isquêmicos:
        Consumidor de bebida alcoólica;
        Tabagistas;
        Pessoas com pressão alta;
        Sedentários;
        Diabéticos;
        Usuários de drogas e,
        Pessoas com estresse.
“Alguns exames podem identificar aneurismas cerebrais assintomáticos. Em alguns casos, este diagnóstico pode ser determinante para tratamentos incluindo em algumas situações até mesmo procedimentos cirúrgicos, que evitam a ocorrência do AVC”. E finaliza, “o tempo faz toda diferença. Quanto antes buscar atendimento e diagnóstico, maiores são as chances de eliminar as causas e evitar as sequelas”.

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