Data relembra a necessidade em conscientizar a sociedade quanto ao respeito à diversidade religiosa. Segundo a psicoterapeuta Maura de Albanesi, alguns sinais podem indicar se você exagera no quesito intolerância
Dia 21 de
janeiro é celebrado o Dia Mundial da Religião. A data tem o objetivo de
promover o respeito, o diálogo e, principalmente, a tolerância entre as
diversas religiões do mundo, que pregam como princípio a bondade. No Brasil,
também é comemorado na mesma data o Dia Nacional de Combate à Intolerância
Religiosa. E quando se trata de religião, é sempre possível encontrar alguém
com tendência a ser intolerante. A psicoterapeuta Maura de Albanesi cita que
as pessoas intolerantes são arrogantes e se acham superiores. "Muitas
vezes, as ideologias se tornam maiores do que a pessoa. O indivíduo, neste
caso, crê que sua visão de mundo e conduta de vida são perfeitas".
E, ao lado desse cenário, surge também uma questão delicada: o fanatismo religioso. "Todo fanático é cego, tem prepotência e se acha o dono da verdade", completa a psicoterapeuta. Para a especialista, esse indivíduo sequer consegue entender o lado do outro e valoriza seus posicionamentos como verdade absoluta, diante das opiniões alheias. Inclusive, essa pessoa não percebe seus próprios erros. Para identificar se você está ultrapassando os limites da intolerância, a psicoterapeuta sugere observar os seguintes cenários: -Você costuma se "inflamar" demais? Em uma discussão sobre religião, se ao lidar com opiniões diferentes, você sentir raiva e ira, é um sinal evidente de que precisa refletir sobre a sua posição; -Você tenta convencer a qualquer custo outra pessoa a aceitar sua doutrina ou religião? Essa tentativa de "converter almas" e direcioná-las "ao caminho da salvação" também representa um sinal de intolerância; -Denegrir o outro é outra questão que denuncia a intolerância, pois, segundo Maura, o intolerante se recusa a aceitar e ouvir a posição do outro com respeito e, por isso, tende a denegrir essa pessoa; E se você identificou esses sinais e deseja mudar sua postura, para reverter esse panorama, a psicoterapeuta destaca que é necessário se autoquestionar: "Por que é tão importante que outra pessoa pense exatamente igual a mim?", afirma. Maura lembra ainda que o respeito às diferenças é essencial para se ter uma relação saudável com as pessoas. Para finalizar, a psicoterapeuta dá o recado: "Quem sabe respeitar as diferenças tem uma vida mais leve, mais alegre, com bom humor e menos estresse".
Maura de Albanesi - mestranda em Psicologia e Religião pela PUCSP,
Pós-Graduada em Psicoterapia Corporal, Terapia de Vivências Passadas (TVP),
Terapia Artística, Psicoterapia Transpessoal e Formação Biográfica
Antroposófica, atua com o ser humano há mais de 30 anos. www.mauradealbanesi.com.br.
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