O Ministério da Saúde divulgou, na última
semana, uma série de mudanças no esquema vacinal contra algumas doenças
contempladas pelo Calendário Nacional de Vacinação 2016.
De acordo com o
médico infectologista do Hospital Infantil Sabará, Dr. Marco Aurélio Safadi,
uma mudança importante está na ampliação da oferta e recomendação da vacina
contra a hepatite B, que passa a estar disponível para toda a população em
quaisquer idades.
Outra alteração positiva
foi a substituição da terceira dose da vacina para poliomielite, que antes era
administrada via oral (gotinhas) e que agora passa a ser aplicada na forma
injetável.
“Ambas as medidas
beneficiam a população. Em relação a hepatite B, por ser uma doença com a qual
podemos ter contato durante toda a vida, é de extrema importância aumentar o
alcance dessa imunização. E para a pólio, o ganho está no fato de que a versão
injetável apresenta redução do risco de eventos adversos graves decorrentes da
vacina”, explica o especialista.
As demais mudanças ficam
por conta das vacinas: pneumocócica, que a partir de agora será
administrada em esquema básico de duas doses (2º e 4° meses) com reforço aos 12
meses; a de HPV, com duas doses e não mais três ( a segunda dose deve ser
administrada 6 meses após a primeira); a de hepatite A, que deve ser
administrada aos 15 meses de idade ao invés dos 12 meses, para diminuir o
número de aplicações concomitantes; e a vacina meningocócica C, cujo reforço
deve ser antecipado para os 12 meses.
De acordo com
o infectologista, o novo calendário do Ministério não necessariamente altera as
recomendações da Sociedade Brasileira de Pediatria e da Sociedade Brasileira de
Imunizações, que ainda sugerem o calendário sem as alterações acatadas para a
rede pública. “Porém, é importante deixar claro que as mudanças no esquema
vacinal recomendado pelo Ministério são resultantes do acúmulo de evidências
científicas e atualização na epidemiologia destas doenças, com o objetivo de
otimizar o calendário e garantir a manutenção de boas coberturas para a
população de forma segura. A sugestão é que os pais conversem com seu pediatra
para tirar as dúvidas em relação aos calendários oferecidos pela rede pública e
privada”, ressalta.
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