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quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

Novo calendário vacinal: pais devem discutir com o pediatra sobre as mudanças





 O Ministério da Saúde divulgou, na última semana, uma série de mudanças no esquema vacinal contra algumas doenças contempladas pelo Calendário Nacional de Vacinação 2016.
De acordo com o médico infectologista do Hospital Infantil Sabará, Dr. Marco Aurélio Safadi, uma mudança importante está na ampliação da oferta e recomendação da vacina contra a hepatite B, que passa a estar disponível para toda a população em quaisquer idades.
Outra alteração positiva foi a substituição da terceira dose da vacina para poliomielite, que antes era administrada via oral (gotinhas) e que agora passa a ser aplicada na forma injetável.
“Ambas as medidas beneficiam a população. Em relação a hepatite B, por ser uma doença com a qual podemos ter contato durante toda a vida, é de extrema importância aumentar o alcance dessa imunização. E para a pólio, o ganho está no fato de que a versão injetável apresenta redução do risco de eventos adversos graves decorrentes da vacina”, explica o especialista.
As demais mudanças ficam por conta das vacinas: pneumocócica, que a partir de agora será administrada em esquema básico de duas doses (2º e 4° meses) com reforço aos 12 meses; a de HPV, com duas doses e não mais três ( a segunda dose deve ser administrada 6 meses após a primeira); a de hepatite A, que deve ser administrada aos 15 meses de idade ao invés dos 12 meses, para diminuir o número de aplicações concomitantes; e a vacina meningocócica C, cujo reforço deve ser antecipado para os 12 meses.
De acordo com o infectologista, o novo calendário do Ministério não necessariamente altera as recomendações da Sociedade Brasileira de Pediatria e da Sociedade Brasileira de Imunizações, que ainda sugerem o calendário sem as alterações acatadas para a rede pública. “Porém, é importante deixar claro que as mudanças no esquema vacinal recomendado pelo Ministério são resultantes do acúmulo de evidências científicas e atualização na epidemiologia destas doenças, com o objetivo de otimizar o calendário e garantir a manutenção de boas coberturas para a população de forma segura. A sugestão é que os pais conversem com seu pediatra para tirar as dúvidas em relação aos calendários oferecidos pela rede pública e privada”, ressalta.

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