A 7ª edição dos
Indicadores de Referência de Bem-Estar no Município, mostra que nos últimos
três anos, os habitantes estão praticando atividades físicas com frequência
No próxima segunda-feira dia 25, São Paulo, celebra 462 anos. De
acordo com dados do IBGE, existe uma mudança de comportamento que está
derrubando a resistência ao uso do espaço urbano à prática de lazer de
esportes. Essa transformação de hábito pode refletir na qualidade de vida e na
saúde da população, afirma Dr. Agnaldo Pispico, cardiologista e diretor da
Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (SOCESP).
A 7ª edição dos Indicadores de Referência de Bem-Estar no Município,
publicado no início da semana, mostra que nos últimos três anos, os habitantes
estão praticando atividades físicas com frequência. Parte disso, resulta
da implantação de parques e áreas de lazer na cidade de São Paulo. A
cidade possui mais de 100 parques municipais (com equipamentos de ginásticas e
quadras poliesportivas) e 320 quilômetros de ciclovias. Esses espaços são
incentivos para largar o sedentarismo e auxiliam na saúde do coração, explica o
cardiologista.
“As pessoas que praticam atividade física regularmente tem redução do
risco cardiovascular. As vantagens estão relacionadas a redução do colesterol e
dos níveis de glicemia, pois quando praticamos exercício aumentamos o nosso
metabolismo e queimamos "gordura" e ganhamos massa magra (músculos),
contribuindo para diminuição da pressão arterial e do stress através de
liberação de hormônios como a endorfina, que causam um bem-estar durante e após
o exercício. Tudo isto junto justifica colocar a atividade física como item
número um da agenda e não dar a famosa desculpa de não ter tempo para
exercícios”, adverte o especialista.
Segundo o médico, essa mudança de hábito auxilia na prevenção de doenças
do coração. “Dieta saudável e atividade física regular são investimentos
importantes para viver mais e chegar a velhice com saúde não só do coração, mas
também com vitalidade muscular para aproveitar a longevidade que estamos
atingindo com qualidade”.
Porém, é preciso alguns cuidados antes de iniciar atividades por conta
própria, alerta Natan Silva, educador físico e diretor científico do
Departamento de Educação Física da SOCESP. “A melhor maneira para não colocar a
saúde em risco é começar a se exercitar de forma leve. Sempre que possível,
realizar um check-up cardiológico antes de iniciar as atividades,
principalmente se a pessoa têm mais de 35 anos. Além disso, é importante
ter cuidado com o sol. O ideal é que o indivíduo procure se exercitar no início
da manhã ou final da tarde”.
Ao falar da frequência que os
exercícios devem ser realizados, o especialista ressalta que as pessoas que não
estão acostumadas a praticar exercícios devem começar devagar, alternando os
dias, totalizando no máximo três vezes por semana. “Com o passar do tempo, a
frequência pode ser aumentada para 4-5 vezes por semana, lembrando que para se
obter maiores desempenhos a atividade física deve totalizar pelo menos 30
minutos por dia” – afirma.
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