Pesquisar no Blog

segunda-feira, 17 de julho de 2023

Clinomania – Quando o desejo excessivo de ficar na cama vira um transtorno

 

Um termo muito pouco falado, mas de grande impacto na vida das pessoas, é a Clinomania: a chamada “obsessão pelo sono”.

 

Infelizmente, por falta de conhecimento, muitas pessoas sofrem com o transtorno, mas não sabem do que se trata e o rotulam como sendo preguiça ou mesmo “vagabundagem”.

 

Principalmente, quando acomete jovens ou crianças. Mas como se desenvolve o problema e de que forma podemos combater sua incidência?

 

Também chamada de Clinofilia, a Clinomania consiste em uma obsessão ou uma necessidade extrema de permanecer na cama por muitas horas ao dia, sem uma causa orgânica (doença ou medicamento) para explicá-la.

 

 Trata-se de um transtorno de ansiedade em que o principal sintoma é um desejo irreprimível de querer ficar deitado, sem ânimo algum para realizar qualquer atividade, ou mesmo interagir com outras pessoas. 

 

A realidade é que muitas pessoas gostam de ficar na cama, seja logo ao acordar (aqueles “mais cinco minutos”), durante uma soneca ou quando vão dormir. Isso é bastante comum e não precisa ser um problema. 

 

No entanto, esse sintoma gera desconforto e tristeza, além de outros sintomas, e todos eles acabam interferindo de forma significativa na vida de quem sofre desse transtorno.

 

Visto que, no caso da Clinomania a vontade de ficar na cama acaba se tornando uma obsessão. A preocupação aqui é real, quando de fato, o período na cama se torna muito intenso, por mais horas do que o normal, prejudicando o dia a dia e o seu funcionamento saudável.  

Um exemplo seria chegar atrasado ao trabalho vários dias seguidos por esse motivo; parar de cuidar dos filhos; queimar o jantar; faltar ou se atrasar para aulas; deixar de socializar e etc. Porém, para ser classificado como um sofrimento por Clinomania, a intensidade e incidência devem ser contínuas e elevadas. 

Os sintomas psicológicos da Clinomania são variados, como: Sentimento de culpa, devido ao fato de se querer ficar tantas horas na cama, gerando a sensação de inutilidade; Sentimento de solidão e incompreensão, no qual a pessoa deixa de fazer as coisas e de interagir com outras pessoas, o que acaba gerando mais apatia e um sentimento profundo de incompreensão e solidão; Isolamento social, visto que, a pessoa acaba se isolando do resto do mundo, em sua própria cama.

 

Portanto, sinais que demonstram a necessidade de uma maior atenção ao que possa estar acontecendo. Uma bandeira vermelha que nos diz que, realmente, temos um problema com a Clinomania.

 

Enfim, a realidade é que a Clinomania é, por si só, um transtorno de ansiedade. No entanto, também é verdade que, frequentemente, está associada a outros transtornos mentais característicos, como a depressão.

 

Essa obsessão por ficar na cama e todo esse excesso pode ser prejudicial, já que a Clinomania faz sofrer e requer auxílio profissional. A condição clínica não é preguiça e, certamente, está aliada a autoestima baixa, falta de amor próprio e de ânimo, entre outros estímulos negativos que impedem o reconhecimento de que há um desequilíbrio.

 

Ou seja, identificou que existe um exagero na relação do indivíduo com a cama ou o sono? Ele pode estar sofrendo com o transtorno da Clinomania associado a outros transtornos psicológicos que precisam de acompanhamento psicoterápico para identificar as causas e provocar uma relação mais saudável e equilibrada entre o sono e os momentos de relaxamento.

 

 

Andréa Ladislau - Psicanalista (SPM); Doutora em Psicanálise, membro da Academia Fluminense de Letras – cadeira de número 15 de Ciências Sociais; administradora hospitalar e gestão em saúde (AIEC/Estácio); pós-graduada em Psicopedagogia e Inclusão Social (Facei); professora na graduação em Psicanálise; embaixadora e diplomata In The World Academy of Human Sciences US Ambassador In Niterói; membro do Conselho de Comissão de Ética e Acompanhamento Profissional do Instituto Miesperanza; professora associada no Instituto Universitário de Pesquisa em Psicanálise da Universidade Católica de Sanctae Mariae do Congo; professora associada do Departamento de Psicanálise du Saint Peter and Saint Paul Lutheran Institute au Canada, situado em souhaites; graduada em Letras - Português e Inglês pela PUC de Belo Horizonte.


As mídias sociais e os pseudodiagnósticos

Tem chegado para atendimento, uma certa demanda que tem me gerado curiosidade. São pessoas que procuram atendimento neuropsicológico depois de consumir conteúdo das redes sociais, feitos por não especialistas no assunto. Geralmente os produtores desses conteúdos se descrevem com tais diagnósticos e os explicam com base em seu próprio cotidiano.

Você já se distraiu durante uma explicação? Já perdeu ou esqueceu coisas? Já disse que não ia usar o cartão de crédito naquele mês e de repente sua loja favorita entrou em promoção e não deu para segurar? Já se sentiu ansioso por algo que ia acontecer? Já fez lista de pendências mentalmente enquanto conversava com alguém e sorriu sem entender nada do que foi dito? Imagino que todos nós já passamos por isso e nem por isso é possível que todos tenhamos o diagnóstico de TDAH – Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade ou mesmo ansiedade.

Diagnóstico é coisa séria e não é feito com base em experiências pessoais. Diagnóstico precisa cumprir critérios, que entre tantas coisas, precisa trazer prejuízos reais devido sua frequência e intensidade. Obter um diagnóstico dá sentido às queixas, tem o poder de direcionar tratamento e trazer qualidade de vida, clareia caminhos e organiza funcionamento. Diagnóstico une equipes profissionais em sentido único com intervenções globais. Definitivamente, não é aleatório.

Uma das coisas mais gratificantes da minha atuação é a troca interdisciplinar que acontece para fechar um diagnóstico. Direcionar um tratamento que potencializa resultados é um presente! Ver uma evolução então, é daquelas coisas inexplicáveis.

Diagnóstico mal feito a partir de evidências erradas, pode inclusive neutralizar uma força importante no tratamento: a autorresponsabilidade. “Ter” algo não é uma sentença, porque apesar de ter é possível evoluir. O esforço é quase nulo quando o “ter” vira o protagonista da história.

A internet aceita qualquer coisa de qualquer pessoa. Em milésimos de segundos temos acesso a muita informação sobre tudo, mas filtrá-las exige esforço cognitivo e isso já leva tempo e sabemos o que acontece. É preciso ao menos ter um cuidado inicial com o conteúdo que consumimos, principalmente sobre quem o produz. Posso ser simplista na ideia, mas enquanto conteúdos superficiais surgem aos montes nas redes, os especialistas estão atendendo incansavelmente as pessoas que acreditam ter algo e como o dia tem apenas 24h, não sobra tempo para combater tantas informações erradas.

Fique atento.

 

Roberta Alonso - Psicóloga e neuropsicóloga infantojuvenil. Autora do livro infantil “Pó de Sim” (Asinha) e coautora das obras “Manual da Infância”, “Disciplina e Afeto” e “Orientação Familiar – vol. 2” (Literare Books International). Instagram: @ecoandopsicologia

 

Dia Mundial do Emoji: 8 curiosidades por trás das carinhas

 


Existem mais de 3 mil ícones cadastrados e até instituição de regulamentação

 

O Dia Mundial do Emoji é celebrado anualmente no dia 17 de julho, desde 2014. As famosas carinhas surgiram há mais de 20 anos e passaram por várias mudanças até chegarem aos padrões atuais. Desde a sua criação, surgiram muitas histórias curiosas e pouco conhecidas. 

Os emojis são símbolos linguísticos e servem para tornar a comunicação mais eficiente. “Os símbolos (emojis e memes) servem para representar ideias, pensamentos e sentimentos. Afinal, existem emoções e experiências que são mais fáceis de serem representadas por símbolos  do que descritas por palavras”, explica a professora de redação do Ensino Médio do Colégio Marista Pio XII, Andrea Santana. 

Os emojis são utilizados em diversas plataformas, como redes sociais, aplicativos de mensagens e até mesmo em e-mails. Além das carinhas clássicas como a sorridente 😃 e a triste 😢, existem emojis para representar animais, alimentos, objetos e muito mais.

Uma curiosidade interessante é que os emojis são regulados pelo Consórcio Unicode, o que significa que eles possuem um padrão que garante que sejam exibidos corretamente em diferentes dispositivos e sistemas operacionais. 

Veja oito curiosidades que você provavelmente não sabia sobre os emojis.


1. Como surgiu a data?

 

O Dia Mundial do Emoji foi criado pelo fundador da Emojipedia, Jeremy Burge, em 2014, como forma de comemorar os emojis e promover a utilização das carinhas. A data foi escolhida por conta do emoji de calendário do iOS, que mostra a data de 17 de julho. Desde então, a data foi incorporada também pela Microsoft e o Android, que passaram a exibir a data nos seus calendários.

 

2. Qual foi o primeiro emoji?

 

O primeiro emoji foi criado em 1999 pelo designer japonês Shigetaka Kurita. Na época, o profissional criou um pacote com 176 ícones focado no uso entre adolescentes por meio de pagers e celulares. O objetivo foi facilitar a comunicação em um sistema de Internet móvel que acabava de surgir.

 

Os desenhos representavam fenômenos climáticos, expressões faciais simples, elementos esportivos e itens como corações, barco, árvore, televisão e partes do corpo. O desenvolvedor conta que a inspiração para as imagens foram os mangás, os pictogramas e revistas japonesas.

 

3. Emojis foram parar no museu

 

Em 2016, o Museu de Arte Moderna de Nova York (MoMA) incluiu na sua coleção o pacote de 176 emojis originais criados por Shigetaka Kurita. O espaço já havia incorporado outros itens de inovação de design, como os telefones, computadores e o símbolo de “@”. 

 

Assim, os emojis representavam uma reflexão sobre os novos costumes associados à escrita e uma nova forma de comunicação.

 

4. Qualquer pessoa pode sugerir

 

Pouca gente sabe que qualquer pessoa pode sugerir ícones novos. Para que isso aconteça, é preciso atender a alguns critérios como justificar porque a figura é necessária, além de uma comprovação de que há demanda. 

Não se pode sugerir figuras que tenham marcas famosas, divindades religiosas, conteúdo ofensivo ou algo muito específico, como bandeiras de cidades. O processo entre o envio da sugestão, aprovação e lançamento do emoji pode levar até um ano e meio.

 

5. É possível monitorar emojis em tempo real

O site Emoji Tracker (emojitracker.com) monitora em tempo real a quantidade de uso de cada emoji no Twitter. Os números são atualizados com base na análise de todos os tuítes publicados desde 2013, ano de criação da plataforma. Atualmente, o primeiro lugar é a carinha chorando de rir (😂).

 

6. Palavra do ano

A carinha chorando de rir também foi eleita como a “palavra do ano” pelo Dicionário Oxford em 2015. Foi a primeira vez na história que a entidade selecionou uma imagem ao invés de uma palavra comum. A justificativa para a escolha foi a popularização das diferentes formas de comunicação digital daquele momento. 


7. World Emoji Awards

Desde 2017, todos os anos a Emojipedia realiza o World Emoji Awards, premiação que reconhece os ícones mais utilizados no mundo. A votação é realizada por meio de análise dos números de visitas às páginas da Emojipedia, e também por votação no Twitter. O emoji da seringa, muito associado à vacinação contra o coronavírus, foi eleito o mais representativo de 2021. 

 

8. Os emojis mais usados

O emoji mais utilizado em todo o mundo é a carinha chorando de rir (😂), seguida pela carinha chorando copiosamente (😭) e a carinha de súplica (🥺). Na lista também aparecem o coração vermelho, polegar para cima e rosto pensante. De acordo com a Emojipedia, ao menos metade dos comentários do Instagram incluem um emoji. No Twitter, um em cada cinco tuítes também são acompanhados das figurinhas.


Cigarro eletrônico pode causar também câncer de cabeça e pescoço

Alerta acontece em meio à campanha Julho Verde, de conscientização sobre o Câncer de Cabeça e Pescoço, tipo que pode ter até 40 mil novos casos este ano


Além do câncer no pulmão, os usuários do cigarro eletrônico também podem apresentar tumores cervicais, leucemia, câncer de pele e tireoide.

 

É o que aponta pesquisa publicada no World Journal of Oncology, que cruzou dados sobre o histórico de câncer e de consumo do vape (nome em inglês utilizado para o dispositivo).

 

“Os jovens estão usando de forma perigosa, achando que não faz mal. Mas é bom lembrar que o cigarro eletrônico tem nicotina e outros poluentes, e em geral quem usa, fuma muito mais que um cigarro comum”, destaca o Dr. Dorival De Carlucci Jr., Cirurgião de Cabeça e Pescoço do Hospital São Luiz Morumbi.

 

O hospital da Rede D’Or, localizado na zona Sul da capital paulista, conta com uma unidade da Oncologia D’Or, uma das mais completas redes de cuidado oncológico do país, e uma sólida estrutura voltada para o diagnóstico e tratamento de todos os tipos de câncer.

 

O Alerta acontece no mês em que são celebrados o Julho Verde e o Dia Mundial de Conscientização e Combate ao Câncer de Cabeça e Pescoço (27/7), que buscam promover a conscientização sobre o enfrentamento da doença.

 

A estimativa do Instituto Nacional de Câncer (Inca) para este ano é de cerca de 40 mil novos casos de câncer de cabeça e pescoço, incluindo tumores de boca (cavidade oral), laringe e tireoide.

 

 “Câncer de cabeça e pescoço” é um termo que engloba uma série de tumores malignos que podem aparecer na boca, orofaringe, laringe (onde estão as cordas vocais), nariz, seios nasais, nasofaringe, órbita, pescoço e tireoide.

 

Esses tumores estão entre os tipos de câncer mais comuns no Brasil. A boa notícia é que quando descoberto no começo, a chance de cura chega a 90%.

 

É importante ficar atento aos principais sintomas do câncer de cabeça e pescoço: aparecimento de nódulo no pescoço, manchas brancas ou avermelhadas na boca, ferida que não cicatriza, dor de garganta ou alterações na voz por mais de 15 dias e dificuldade ou dor para engolir.


 

Fatores de risco


Câncer de tireoide: Dieta pobre em iodo, radioterapia em baixas doses (principalmente na infância), histórico familiar, obesidade, tabagismo, poluentes ambientais.

 

 Câncer de laringe: Consumo de tabaco (cigarros, charutos, cachimbos, narguilés), consumo excessivo de bebidas alcoólicas e excesso de gordura corporal.

 

Prevenção do câncer de cabeça e pescoço


- Pare de fumar cigarro comum ou eletrônico;


- Mantenha a higiene bucal em dia;


- Em casos com fatores de risco, faça acompanhamento regular para detectar precocemente e investigar alguma lesão suspeita;


- Evite o consumo excessivo de bebidas alcoólicas;


- Procure manter uma alimentação saudável e pratique atividade física.



Férias de Julho: Ideal Para Colocar a Carteirinha de Vacinação das Crianças em Dia Com a chegada do inverno e das férias escolares de julho, muitos pais estão se preparando, e aproveitar esse período para levar as crianças para se vacinar pode ser uma ótima maneira de garantir que elas estejam protegidas contra doenças graves e muitas vezes fatais. Por que vacinar as crianças? A médica e diretora da clínica de vacinas Salus Imunizações, Dra. Marcela Rodrigues, explica que a vacinação é uma das medidas mais importantes para a prevenção de doenças. Vacinas são substâncias que contêm antígenos que estimulam o sistema imunológico a produzir anticorpos contra doenças específicas. Quando uma criança é vacinada, ela é exposta a uma versão enfraquecida ou inativa do agente causador da doença, e seu corpo produz uma resposta imunológica semelhante à que ocorreria se ela fosse infectada naturalmente. Isso significa que a criança desenvolverá imunidade contra a doença sem precisar passar por ela. A vacinação não só protege a criança vacinada, mas também ajuda a proteger outras pessoas que não podem receber vacinas, como bebês muito jovens ou indivíduos com sistema imunológico comprometido. Isso ocorre porque, quando muitas pessoas em uma comunidade são vacinadas, a doença não consegue se espalhar tão facilmente, protegendo aqueles que não podem ser vacinados. Quais são as doenças pelas quais as crianças precisam ser vacinadas? Há várias doenças pelas quais as crianças precisam ser vacinadas, incluindo: 1. Sarampo: uma doença altamente contagiosa que pode causar complicações graves, como pneumonia, encefalite e morte. A vacina contra o sarampo é geralmente administrada como parte de uma vacina tríplice viral que também protege contra caxumba e rubéola. 2. Poliomielite: uma doença viral que pode causar paralisia permanente. A vacina contra a poliomielite é geralmente administrada como parte de uma vacina VIP/VOP. 3. Difteria, tétano e coqueluche: doenças bacterianas que podem causar tosse persistente, dificuldade para respirar, convulsões e morte. A vacina contra a difteria, o tétano e a coqueluche é geralmente administrada como parte de uma vacina DTP. 4. Meningite: uma infecção que afeta as membranas que cobrem o cérebro e a medula espinhal. A vacina contra a meningite pode proteger contra vários tipos de bactérias que causam meningite. 5. Hepatite A e B: doenças hepáticas causadas por vírus. A vacina contra a hepatite A e B pode proteger contra essas doenças. 6. Rotavírus: uma doença gastrointestinal que pode causar diarreia grave e desidratação em bebês e crianças pequenas. A vacina contra o rotavírus pode prevenir essa doença. 7. Varicela: uma doença altamente contagiosa que causa lesões na pele e pode levar a complicações graves, como infecções secundárias e pneumonia. A vacina contra a varicela pode prevenir essa doença. 8. HPV: um vírus que pode causar câncer de colo do útero, vulva, vagina, pênis, ânus, orofaringe e verrugas genitais. A vacina contra o HPV pode ajudar a prevenir essas doenças. 9. Influenza (gripe): uma infecção respiratória que pode causar febre, tosse, dor de garganta, dores musculares e fadiga. A vacina contra a gripe é recomendada para todas as crianças a partir dos 6 meses. Quando as crianças devem ser vacinadas? As idades recomendadas para a vacinação infantil variam de acordo com cada vacina e país. No entanto, em geral, a seguir estão as idades recomendadas para vacinação infantil para algumas das principais doenças: - Sarampo, caxumba e rubéola (tríplice viral): 1ª dose aos 12 meses e 2ª dose entre 15 e 24 meses. - Poliomielite (VIP/VOP): 1ª dose aos 2 meses, 2ª dose aos 4 meses de idade, 3ª dose aos 6 meses, 1º reforço aos 15 meses e 2º reforço entre 4 e 6 anos. - Difteria, tétano e coqueluche (DTP): 1ª dose aos 2 meses, 2ª dose aos 4 meses, 3ª dose aos 6 meses, 1º reforço aos 15 meses e 2º reforço entre 4 e 6 anos. - Meningite: 1ª dose aos 3 meses, 2ª dose aos 5 meses, 3ª dose aos 7 meses e reforço entre 12 e 15 meses. - Hepatite A e B: 1ª dose aos 2 meses (hepatite B), 2ª dose aos 4 meses (hepatite B), 3ª dose aos 6 meses (hepatite B) e primeira dose entre 12 e 15 meses (hepatite A). - Rotavírus: 1ª dose aos 2 meses, 2ª dose aos 4 meses e 3ª dose aos 6 meses. - Varicela: 1ª dose aos 12 meses e 2ª dose entre 15 e 24 meses. - HPV: 1ª dose aos 9 anos e 2ª dose, seis meses após a primeira dose. - Influenza (gripe): uma dose anual a partir dos 6 meses de idade. A Dra. Marcela Rodrigues comenta que as crianças podem se vacinar depois do período das idades citadas como adequadas. Embora a vacinação infantil deva seguir um calendário específico, com idades recomendadas para cada vacina, as crianças que perdem uma vacina ou não são vacinadas na idade recomendada ainda podem ser vacinadas posteriormente. De fato, a vacinação em atraso é melhor do que não vacinar. “Levar as crianças para se vacinarem é uma medida de proteção fundamental e essencial para garantir que elas estejam saudáveis e protegidas contra doenças graves e muitas vezes fatais. É essencial que os pais consultem um médico especialista em vacinas e imunizações para obter informações precisas sobre as vacinas e as idades recomendadas para vacinação. Não deixe de aproveitar as férias de julho para levar as crianças para se vacinarem e garantir que elas estejam protegidas e saudáveis. Lembre-se: a vacinação é uma medida de proteção e prevenção eficaz não só para as crianças, mas para toda a comunidade.” Finaliza a Dra. Marcela Rodrigues. Marcela Rodrigues: Diretora da Salus Imunizações - Médica com graduação e residência em dermatologia pela faculdade ciências médicas e Santos, atuando há 25 anos na área da saúde. Membro sociedade brasileira de dermatologia. Membro sociedade brasileira de imunização. Membro da associação brasileira de melanoma.

 

Férias de Julho: Ideal Para Colocar a Carteirinha de Vacinação das Crianças em Dia

 

Com a chegada do inverno e das férias escolares de julho, muitos pais estão se preparando, e aproveitar esse período para levar as crianças para se vacinar pode ser uma ótima maneira de garantir que elas estejam protegidas contra doenças graves e muitas vezes fatais. 

 

Por que vacinar as crianças? 

A médica e diretora da clínica de vacinas Salus Imunizações, Dra. Marcela Rodrigues, explica que a  vacinação é uma das medidas mais importantes para a prevenção de doenças. Vacinas são substâncias que contêm antígenos que estimulam o sistema imunológico a produzir anticorpos contra doenças específicas. Quando uma criança é vacinada, ela é exposta a uma versão enfraquecida ou inativa do agente causador da doença, e seu corpo produz uma resposta imunológica semelhante à que ocorreria se ela fosse infectada naturalmente. Isso significa que a criança desenvolverá imunidade contra a doença sem precisar passar por ela. 

A vacinação não só protege a criança vacinada, mas também ajuda a proteger outras pessoas que não podem receber vacinas, como bebês muito jovens ou indivíduos com sistema imunológico comprometido. Isso ocorre porque, quando muitas pessoas em uma comunidade são vacinadas, a doença não consegue se espalhar tão facilmente, protegendo aqueles que não podem ser vacinados.

 

Quais são as doenças pelas quais as crianças precisam ser vacinadas? 

Há várias doenças pelas quais as crianças precisam ser vacinadas, incluindo:

 

1. Sarampo: uma doença altamente contagiosa que pode causar complicações graves, como pneumonia, encefalite e morte. A vacina contra o sarampo é geralmente administrada como parte de uma vacina tríplice viral que também protege contra caxumba e rubéola.

 

2. Poliomielite: uma doença viral que pode causar paralisia permanente. A vacina contra a poliomielite é geralmente administrada como parte de uma vacina VIP/VOP.

 

3. Difteria, tétano e coqueluche: doenças bacterianas que podem causar tosse persistente, dificuldade para respirar, convulsões e morte. A vacina contra a difteria, o tétano e a coqueluche é geralmente administrada como parte de uma vacina DTP.

 

4. Meningite: uma infecção que afeta as membranas que cobrem o cérebro e a medula espinhal. A vacina contra a meningite pode proteger contra vários tipos de bactérias que causam meningite.

 

5. Hepatite A e B: doenças hepáticas causadas por vírus. A vacina contra a hepatite A e B pode proteger contra essas doenças.

 

6. Rotavírus: uma doença gastrointestinal que pode causar diarreia grave e desidratação em bebês e crianças pequenas. A vacina contra o rotavírus pode prevenir essa doença.

 

7. Varicela: uma doença altamente contagiosa que causa lesões na pele e pode levar a complicações graves, como infecções secundárias e pneumonia. A vacina contra a varicela pode prevenir essa doença.

 

8. HPV: um vírus que pode causar câncer de colo do útero, vulva, vagina, pênis, ânus, orofaringe e verrugas genitais. A vacina contra o HPV pode ajudar a prevenir essas doenças.

 

9. Influenza (gripe): uma infecção respiratória que pode causar febre, tosse, dor de garganta, dores musculares e fadiga. A vacina contra a gripe é recomendada para todas as crianças a partir dos 6 meses.

 

Quando as crianças devem ser vacinadas? 

As idades recomendadas para a vacinação infantil variam de acordo com cada vacina e país. No entanto, em geral, a seguir estão as idades recomendadas para vacinação infantil para algumas das principais doenças:

 

- Sarampo, caxumba e rubéola (tríplice viral): 1ª dose aos 12 meses e 2ª dose entre 15 e 24 meses.

 

- Poliomielite (VIP/VOP): 1ª dose aos 2 meses, 2ª dose aos 4 meses de idade, 3ª dose aos 6 meses, 1º reforço aos 15 meses e 2º reforço entre 4 e 6 anos.

 

- Difteria, tétano e coqueluche (DTP): 1ª dose aos 2 meses, 2ª dose aos 4 meses, 3ª dose aos 6 meses, 1º reforço aos 15 meses e 2º reforço entre 4 e 6 anos.

 

- Meningite: 1ª dose aos 3 meses, 2ª dose aos 5 meses, 3ª dose aos 7 meses e reforço entre 12 e 15 meses.

 

- Hepatite A e B: 1ª dose aos 2 meses (hepatite B), 2ª dose aos 4 meses (hepatite B), 3ª dose aos 6 meses (hepatite B) e primeira dose entre 12 e 15 meses (hepatite A).

 

- Rotavírus: 1ª dose aos 2 meses, 2ª dose aos 4 meses e 3ª dose aos 6 meses.

 

- Varicela: 1ª dose aos 12 meses e 2ª dose entre 15 e 24 meses.

 

- HPV: 1ª dose aos 9 anos e 2ª dose, seis meses após a primeira dose.

 

- Influenza (gripe): uma dose anual a partir dos 6 meses de idade.

 

A Dra. Marcela Rodrigues comenta que as crianças podem se vacinar depois do período das idades citadas como adequadas. Embora a vacinação infantil deva seguir um calendário específico, com idades recomendadas para cada vacina, as crianças que perdem uma vacina ou não são vacinadas na idade recomendada ainda podem ser vacinadas posteriormente. De fato, a vacinação em atraso é melhor do que não vacinar.  

“Levar as crianças para se vacinarem é uma medida de proteção fundamental e essencial para garantir que elas estejam saudáveis e protegidas contra doenças graves e muitas vezes fatais. É essencial que os pais consultem um médico especialista em vacinas e imunizações para obter informações precisas sobre as vacinas e as idades recomendadas para vacinação. Não deixe de aproveitar as férias de julho para levar as crianças para se vacinarem e garantir que elas estejam protegidas e saudáveis. Lembre-se: a vacinação é uma medida de proteção e prevenção eficaz não só para as crianças, mas para toda a comunidade.” Finaliza a Dra. Marcela Rodrigues. 

 

Marcela Rodrigues: Diretora da Salus Imunizações - Médica com graduação e residência em dermatologia pela faculdade ciências médicas e Santos, atuando há 25 anos na área da saúde. Membro sociedade brasileira de dermatologia. Membro sociedade brasileira de imunização.
Membro da associação brasileira de melanoma.

 

Bullying na escola afeta 40% dos estudantes, aponta pesquisa do IBGE

Lisandra Barbiero comenta que o bullying adotivo, ainda pouco debatido, tem uma dose maior de perversidade porque criminaliza a origem genética da pessoa


Quatro em cada dez estudantes foram vítimas de bullying na escola, segundo levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de julho do ano passado. De acordo com o estudo, 24% dos alunos disseram que “a vida não vale a pena”. Os principais motivos de chacota e humilhação referem-se à aparência do corpo, do rosto, da cor e etnia. Embora quase nunca seja descrito em pesquisas, o bullying adotivo engrossa as estatísticas.  

Na legislação, bullying é definido como todo ato de violência física ou psicológica, intencional e repetitivo. De acordo com o entendimento legal, diversos crimes podem ser praticados por meio do bullying, principalmente nas escolas. Ainda que os menores de idade não cometam crimes, mas infração penal, eles podem ser punidos com medidas socioeducativas previstas pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). 

Um projeto de lei (1333/20) está em tramitação no Congresso Nacional desde 2020 para tipificar como crime o ato de praticar ou incitar discriminação ou preconceito contra criança ou adolescente em razão de sua filiação civil diversa da consanguínea, como a adotiva, a socioafetiva e a decorrente da chamada reprodução assistida heteróloga, quando há doação de sêmen ou de embrião. Ainda não há previsão de quando o projeto será incluído na pauta de votação.  

A servidora pública federal, jornalista e escritora Lisandra Barbiero interessou-se pelo tema bullying adotivo por não ter encontrado referências sobre ele na literatura disponível. Ela comenta que os bullyings tradicionais reúnem as características de trazer dor, medo e angústia para a vítima. Segundo Lisandra, o adotivo reúne essas mesmas características, mas tem uma dose maior de perversidade porque criminaliza a origem genética da pessoa, expondo a origem de forma pejorativa, colocando a criança adotada como cidadão de segunda classe, inferior até  mesmo dentro da hierarquia familiar.  

“Há uma criminalização da genética dessa criança, mesmo após o processo finalizado da adoção. Eu vivenciei isso e outros adotados com quem conversei também, se sentiam muito inferiores dentro da hierarquia familiar, tinham vergonha de contar sua história. Aí vem o medo, a falta de pertencimento da família”, alega Lisandra. Ela diz que o bullying adotivo provoca o sentimento de não fazer parte da família, de não ser amado como deveria e alerta os pais adotivos a manterem o olhar atento sobre os filhos.  

“As crianças não têm o arcabouço intelectual que o adulto tem, mas observa e absorve. O que as pessoas às vezes consideram timidez pode ser silenciamento”, afirma a escritora. Adotada aos 7 meses, Lisandra enfrentou um processo traumático de bullying adotivo na escola. Ela conta que descobriu a adoção ao confrontar a mãe porque se viu diferente dos demais membros da família nos porta-retratos espalhados pela casa. Na época, há 30 anos, conta que se sentiu especial quando a mãe disse que ela não tinha sido gerada na barriga, mas no coração.  

“Achei aquilo bonito, verdadeiro e me senti especial, nos abraçamos e essa foi a maior confidência de amor entre nós. Eu me senti filha e amada”, lembra. No entanto, ao contar a novidade na escola, a escritora descobriu todo o preconceito que ainda cerca o tema. Ela lembra que quando dividiu a história com os colegas eles não entenderam o que era ser gerada no coração, mas, no dia seguinte passaram a olhar com desconfiança e reprovação. Ao entrar na sala de aula, no quadro verde estava escrito em letra grande: “você foi adotada”.  

“Os colegas disseram que eu tinha sido encontrada no lixo, que ninguém me quis, que nunca havia sido amada, que era feia e pobre. Foi um bullying devido à adoção, à história genética. E até hoje não tem ninguém que escreve sobre isso. Que outras crianças não sofrem caladas o que sofri?”. questiona a escritora. Ela comenta que precisou de muitos anos para ressignificar sua adoção.  

Lisandra defende que o tema bullying adotivo seja debatido na escola. “A educação precisa ter um olhar voltado para isso”, comenta. Ela é autora de três livros e um e-book sobre adoção. “Não Nascemos Filhos, Nos Tornamos: o amor na adoção sempre vencerá o medo do abandono e do desamor” defende que toda criança, consanguínea ou não, percorre o mesmo processo para se tornar filho, que passa pela convivência diária com a família, pela decisão dos pais de amar, acolher e cuidar dessa criança.  

“A Incrível História de Aninha”, volumes 1 e 2, fala sobre a descoberta da adoção, de maneira amorosa, e sobre o que representa passar por esse processo. O e-book “15 Lições de Uma Adotada” foi escrito a partir da experiência da autora, sobre como ressignificou a adoção para moldar-se como pessoa, na forma de construir sua família e de ter amizades.  

O objetivo do trabalho literário de Lisandra é lançar luz sobre o tema adoção. “Quero que mais crianças tenham a oportunidade que tive, de ser amada, acolhida e ter o aconchego de viver em uma família. Tenho mãe, irmão, raiz, história. Por mais que as instituições de acolhimento deem todas as condições para as crianças viverem ali, não é o local adequado para uma criança crescer. A criança precisa de vínculo, da convivência familiar, da proteção de uma casa. Quero que mais famílias sejam despertadas para esse encontro oportunizado pela vida. Quero que mais crianças tenham oportunidade de terem orgulho da sua história, da sua origem, de se sentirem amadas e respeitadas pela sua família”, afirma.

 

Lisandra Barbiero -Servidora pública federal, jornalista e escritora. Especialista em neurociências do comportamento e pós-graduada em Educação Infantil. Membro do Grupo de Trabalho de Afinidade e Raça do Senado Federal. Lisandra tornou-se filha pela adoção aos sete meses de vida. Escreveu quatro livros com o tema adoção no Brasil. A autora, no livro que será lançado em maio " Não Nascemos Filhos, Nos Tornamos!" apresenta um novo conceito que envolve diferentes tipos de violência denominado bullying adotivo. É pesquisadora do assunto no País e mentora do primeiro curso de adoção voltado para as questões emocionais, psicológicas e educativas sob a ótica de quem viveu na prática o sentimento de ser acolhida. Acredita que a adoção é um caminho para a construção de laços afetivos e um meio sólido de amor capaz de proporcionar mudança de vida para milhares de crianças e adolescentes que esperam ansiosamente para desfrutar do aconchego de um lar e de ter o direito constitucional à convivência familiar e comunitária garantidos.

 

Brincadeiras para alegrar as crianças durante as “festas julinas”

Yoki apresenta sugestões de brincadeiras para entreter o público mirim durante o passeio nas quermesses



Comidas típicas e músicas regionais são elementos marcantes nas tradicionais festas de João São comemoradas durante os meses de junho e julho. Seja na companhia dos pais ou de outros familiares, o que mais atrai a atenção das crianças é a participação nas barracas de brincadeiras para ganhar prendas.

O espírito de competitividade e o desejo de conquistar prêmios envolve não apenas as crianças, mas também os adultos que estão ao seu redor vibrando pela vitória. Visando essa relação de liderança e de cultivar relações, a Yoki, marca da General Mills presente na mesa dos brasileiros há mais de 30 anos levando os melhores ingredientes para as festividades, selecionou 4 sugestões de brincadeiras típicas para alegrar a criançada.



Bola ao cesto



O basquete é uma modalidade esportiva apreciada pelo público em geral. O desafio dessa interatividade é acertar a bola ao cesto. Para isso, a criança terá algumas chances para conquistar a vitória. Se acertar, a prenda é garantida. Além da diversão, esta brincadeira trabalha a coordenação motora, concentração, atenção, estruturação do corpo, além de despertar a confiança em cada rodada.



Frango na panela


Outra atividade lúdica que estimula a concentração e o raciocínio lógico é a brincadeira “Frango na panela” que consiste em demarcar uma área específica para que a criança arremesse a miniatura de brinquedo representada pelo frango dentro da panela. Se acertar, ganha um prêmio.



Boca do palhaço





Esta competição é para ver se o participante é bom de mira! A criança recebe algumas bolinhas para mirar, de uma distância delimitada, dentro da boca do palhaço. Estimula-se uma quantidade de arremessos. Ganha quem conseguir acertar a boca do palhaço.


Argola



Muito além da diversão, este jogo desenvolve a percepção visual e motora das crianças, auxiliando-as na identificação de cores, relação número/quantidade, classificação e correspondência. O objetivo é acertar as argolas nas garrafas e, para isso, o jogador possui um número limitado de argolas para arremessar. Quanto mais acertos nas garrafas, maior será a pontuação e, consequentemente, melhor será o prêmio.

As festividades celebradas durante o período de São João promovem o reencontro entre gerações de famílias e amigos, diversão para todas as idades e o resgate de memorias afetivas, assim como a tradicional marca Yoki que está presente há mais de 30 anos na mesa dos brasileiros compartilhando bons momentos.





Yoki
www.yoki.com.br


Elitizar é preciso. Massificar é perigoso


Clama-se por igualdade, num impreciso conceito que arrisca desfocar da verdadeira e obrigatória missão: ofertar iguais oportunidades a todos, desde cedo e através do pleno acesso à educação. Enfim, assumida tal prioridade, cada indivíduo reagirá ao estímulo ou investimento da sociedade a seu modo.

 

Sem propor classificações, julgamento de mérito ou valor, existe uma série de formas de inteligência e de aptidão, inatas ou adquiridas, a serem desenvolvidas, sendo que algumas atividades repercutem mais ou menos na vida dos demais cidadãos, mas em geral não matam, e sua aceitação é determinada pela população, com baixo risco.

 

Já várias outras áreas, dentre elas a Medicina, deveria ser mais que óbvio, não toleram a incompetência, que representa perigo, dano e morte. E o fracasso na formação custa caro, social, afetiva e economicamente.

 

Nesse sentido, elitizar é fundamental, e faz bem à saúde. Selecionar e formar uma elite é defendido em muitos campos de forma mais natural, por exemplo ao avaliar os melhores nos esportes, nas artes e nas ciências, vide os prêmios de teatro e cinema, e os que legitimamente representam a nação nas olimpíadas, sejam atléticas ou matemáticas. E frise-se, dar acesso geral na infância à boa formação é fundamental direito e obrigação.

 

E a Medicina, sem pretender arrogância ou superioridade, não deve ser massificada. Nosso sistema educacional superior precisa ser seletivo e vigiado com máximo rigor para praticar a excelência técnica e ética. Devemos restringir o exercício dessa vital profissão somente aos que demonstrem que de fato são capazes tecnica e emocionalmente de acolher, diagnosticar e tratar de pessoas. A relação feita de dedicação e confiança deve ser valorizada, senão exigida.

 

Tanto nas escolas públicas quanto nas privadas, aos que não possam pagar e aos que podem, o justo suporte acadêmico e financeiro pode ser diverso, mas deve-se considerar essencial tratar de forma idêntica a seleção na admissão, a cobrança de desempenho ao longo do curso e a comprovação de amplas habilidades ao final.

 

Se nosso país seguir criando faculdades em massa, tolerando que sejam mal estruturadas, não reprovem e formem “sub-médicos” para atender interesses impublicáveis, caminhamos para piorar a qualidade da saúde da população. E a busca e escolha de um bom médico (competente, empático e acessível), que todos desejamos e merecemos no momento da doença, irá se tornar uma tarefa cada vez mais difícil…




Marcos Sarvat - médico e professor da UNIRIO


Atitudes positivas ajudam a valorizar cada conquista e a aprender a se amar

O mestre em psicologia social Gustavo Imianowsky selecionou dicas para ter uma postura saudável no dia a dia


Quando somos crianças ou adolescentes, sonhamos em ser adultos e em tudo o que esse período pode oferecer, em especial, ao fato de ser livre e poder fazer o que quiser e do jeito que bem entender (doce ilusão). Ao alcançarmos  a maioridade, descobrimos que a vida adulta não é uma tarefa fácil, ela é repleta de desafios e adversidades. Dá até vontade de voltar atrás, aproveitar mais, esquecer por algumas horas as nossas responsabilidades e apenas ser feliz com a leveza, a intensidade e a ingenuidade das crianças.

Lidar com todas as emoções que são vividas no cotidiano frente a diferentes situações eventualmente pode exigir jogo de cintura e, até mesmo, ser desafiador. O estresse, por exemplo, é algo que pode trazer emoções desagradáveis como frustração, irritabilidade, dificuldade de concentração, o que acaba levando a maior intensidade e dificuldade na própria situação estressora. Pensamentos catastróficos, pessimismo, perda da esperança. Muitas vezes é quase difícil acreditar que o amanhã será melhor ou manter uma atitude positiva e otimista quando as coisas apertam e parecem não ter  saída.

“Neste momento, é importante ficar distante das redes sociais, onde o dia a dia das pessoas é perfeito e todas são bonitas e felizes, para evitar comparações, gerando a sensação de inferioridade ou achar que as dificuldades acontecem apenas com você e que sua vida é ruim. O ato de se comparar gera gatilhos e causa baixa autoestima, tal fato, acaba contribuindo para transtornos e comportamentos destrutivos, relacionados aos sentimentos de perfeccionismo, incompetência e inadequação”, orienta Gustavo Imianowsky, Mestre em Psicologia Social pela PUC e professor na pós-graduação no curso de Nutrição Comportamental & Clínica na Faculdade UNIGUAÇU.

É importante equilibrar os pensamentos, os excessos e extremos não são bons companheiros. Ao focar apenas nos momentos difíceis, deixamos de lado as coisas e situações boas da vida.

O psicólogo preparou nove dicas para manter a atitude positiva no dia a dia:

  • O primeiro passo é ter consciência das suas necessidades, emoções e identificar o que te deixa infeliz.
  • Ajustar as expectativas à realidade, defina metas curtas e possíveis. Um passo de cada vez.
  • Aprenda a driblar o perfeccionismo e a ser mais flexível com os resultados. Curta cada vitória.
  • Nessa trajetória é importante evitar comparação. Lembre-se: você é única.
  • Faça atividade física. A prática de exercícios físicos libera serotonina (hormônio do bem-estar) e se manter ativo ajuda a aliviar o estresse, melhora a criatividade e a disposição.
  • Saiba apreciar e reconhecer suas qualidades, e identificar as coisas boas que você tem na vida.
  • Desenvolva a autocompaixão. Não seja cruel consigo, errar faz parte do processo de crescimento.
  • Procure ajuda profissional. Esse acompanhamento ajuda a desenvolver o autoconhecimento.
  • Lembre-se: mudar é doloroso e difícil, mas é algo que ajuda a curar feridas, dar um novo rumo à vida e é libertador.

Férias de julho: como estimular a criatividade das crianças


Professora de Psicologia do UniCuritiba fala sobre a importância do recesso escolar para transformar o ócio e o tédio em ferramentas de desenvolvimento emocional  


As férias de julho costumam ser assim: crianças reclamando de não ter o que fazer e pais se sentindo culpados por isso. Muita gente tem dificuldades para conciliar a folga do trabalho com o recesso escolar para viajar, passear ou brincar com as crianças. E tudo bem, dizem especialistas. É possível tirar proveito disso.

Ainda que a insatisfação das crianças em ficar em casa pareça algo negativo, o tédio e o ócio têm benefícios. No livro The Science of boredom (A ciência do tédio), a psicóloga britânica Sandi Mann explica como o tédio estimula o cérebro, ajuda na criatividade e desperta a imaginação.

A psicopedagoga Daniela Jungles, professora de Psicologia e supervisora da clínica-escola do UniCuritiba – instituição que faz parte da Ânima Educação, um dos maiores ecossistemas de ensino superior do país – vai além: se os pais não conseguiram planejar uma viagem ou não terão folgas para fazer passeios durante a semana, não há problemas. “Quem disse que o filho precisa exatamente disso para estar feliz?”

A primeira dica para os pais é trabalhar o sentimento de culpa. Se os pais estiverem seguros a respeito de suas possibilidades e decisões, vão transmitir essa segurança para os filhos. Depois, basta oferecer estímulos e condições para que a criança desenvolva suas próprias brincadeiras e atividades.

De acordo com a professora, os pais não precisam brincar com os filhos o tempo todo. “Com o tédio e o ócio as crianças aprendem a ser autossuficientes, desenvolvem sua individualidade e percebem que podem ser boas companhias para si mesmos.”

Daniela Jungles lembra ainda que os pais não precisam dar conta de tudo: trabalhar, limpar a casa, pagar as contas, entreter as crianças, ir a programas divertidos e fazer passeios. “A gente sonha com uma viagem legal, com atividades excepcionais, mas nem sempre é possível. A maioria dos pais está trabalhando nesta época do ano. É preciso, então, avaliar quais são os recursos disponíveis, contar com uma rede de apoio e saber que está tudo bem.”

Os pais, continua a especialista, não têm a obrigação de entreter os filhos em tempo integral e as férias escolares servem justamente para descansar, brincar sozinhos e enfrentar o tédio. “As crianças podem sentir um pouco de tédio. Já já elas vão aprender a lidar com a situação e encontrar uma alternativa. Os pais não precisam interferir e oferecer atividades e passeios o tempo inteiro”, diz Daniela.



Tédio contra a ansiedade


Sentir tédio não só estimula a criatividade como reduz a ansiedade e melhora a autonomia. Isso não significa deixar as crianças completamente livres. Os pais têm a obrigação de garantir a segurança dos filhos e impedir atos inseguros, prevenindo acidentes. “A receita é o equilíbrio. Os pais podem propor atividades para afastar as crianças dos eletrônicos, mas isso não significa que elas devam brincar na rua sem supervisão”, explica Daniela Jungles.

Para evitar que os filhos passem as férias diante das telas e que os eletrônicos sejam utilizados como babás, os pais precisam criar uma rotina. O primeiro passo é determinar o tempo de uso do celular, videogame e televisão. “Em muitos casos é mais cômodo deixar a criança com o celular, mas não é o adequado. A dica é definir novas regras e mantê-las”, ensina a psicopedagoga e professora do UniCuritiba.

Segundo a especialista, as crianças gostam de brincar e só precisam ser estimuladas. “Os pais precisam permitir que a casa se transforme em um ambiente lúdico para que as férias sejam prazerosas. A transformação do tédio em criatividade passa por brinquedos espalhados, um pouco de tinta no chão, uma cabana no meio da sala, risadas e bagunça. Se a criança é obrigada a ficar em silêncio em casa, o celular acaba se tornando muito mais atrativo.”



Dicas de diversão nas férias


Mesmo quem não vai viajar nas férias de julho tem condições de proporcionar atividades bacanas para que as crianças se divirtam. Confira algumas dicas para fazer com seu filho no tempo livre.


1. Cozinhem juntos: no fim de semana ou à noite, convide a criança para preparar uma comida especial.

2. Prepare uma sessão de cinema e guloseimas em casa. Deixe a criança escolher o filme e assistam juntos.

3. Acampe na sala ou no jardim de casa e façam uma noite divertida.

4. Leve seu filho para passeios culturais, visitas a pontos turísticos da cidade, exposições ou museus.

5. Convide a criança para ajudar nos cuidados com a horta ou o jardim.

6. Deixe a criança ir à casa de um amigo. Em outro dia, leve um amigo para a sua casa.

7. Jogue com seu filho. Pode ser bola, aviãozinho, brincadeiras de roda ou jogos de tabuleiro.

8. Organize uma caça ao tesouro, em casa ou no parque.


Crédito de imagens: banco de imagens gratuito Freepick
 
UniCuritiba


Posts mais acessados