IMAGEM: Felipe Danuzzo/DC |
O indicador vinha de quatro altas mensais seguidas. A queda atual, segundo a Fundação Getulio Vargas, indica um movimento de acomodação das expectativas para os próximos meses
A confiança do consumidor
recuou 0,7 ponto em outubro ante setembro, após quatro meses de avanços
consecutivos, apontou a Fundação Getulio Vargas (FGV). O Índice de Confiança do
Consumidor (ICC) ficou em 93,0 pontos, na série com ajuste sazonal. Em médias
móveis trimestrais, o índice ficou estável.
"Após quatro meses em
alta, a confiança do consumidor recua em outubro, em um movimento de acomodação
das expectativas para os próximos meses. No mês, apenas o indicador que mede a
percepção corrente sobre a economia registrou alta, dando continuidade à lenta
e gradativa tendência de melhora sobre as condições atuais.
O resultado foi similar entre
as faixas de renda, com a piora das expectativas sendo o motor da piora da
confiança, com exceção aos consumidores que recebem entre R$ 2.100,01 e R$
4.800,00, que apresentaram resultados favoráveis no mês", afirmou Anna
Carolina Gouveia, economista do Instituto Brasileiro de Economia da FGV
(Ibre/FGV), em nota oficial.
Em outubro, o Índice de
Expectativas (IE) recuou 2,5 pontos, para 99,7 pontos, depois de quatro altas
consecutivas. Já o Índice de Situação Atual (ISA) avançou 2 pontos, para 83,7
pontos, alcançando o maior nível desde dezembro de 2014, quando estava em 86,8
pontos.
Entre as expectativas, o item
que mede as perspectivas para as finanças futuras das famílias deu a maior
contribuição negativa para a confiança no mês, com recuo de 2,8 pontos, para
103,8 pontos. O item que avalia o ímpeto de compras de bens duráveis diminuiu 2,1
pontos, para 88 pontos, e o das perspectivas para a situação futura da economia
encolheu 2,3 pontos, para 107,3 pontos.
Quanto ao momento atual, houve
melhora nos dois componentes: a percepção sobre as finanças pessoais das
famílias avançou 3,4 pontos, para 73,3 pontos, e a percepção sobre a economia
local subiu 0,6 ponto, para 94,4 pontos, maior nível desde julho de 2014.
Houve melhora na confiança em
apenas uma das quatro faixas de renda familiar em outubro. O índice passou de
94,9 pontos em setembro para 93,4 pontos em outubro entre as famílias com renda
até R$ 2.100, queda de 1,5 ponto, enquanto as famílias com rendimentos entre R$
2.100,01 até R$ 4.800 tiveram elevação de 2,1 pontos na confiança, de 88,2
pontos para 90,3 pontos.
O indicador passou de 96,6
pontos para 92,1 pontos entre as famílias com renda entre R$ 4.800,001 e R$
9.600, queda de 4,5 pontos, e saiu de 97,3 pontos para 96,3 pontos, redução de
1,0 ponto, no grupo com renda acima de R$ 9.600,01.
A Sondagem do Consumidor
coletou entrevistas entre os dias 1º e 22 de outubro.
Estadão Conteúdo
Fonte: https://dcomercio.com.br/publicacao/s/confianca-do-consumidor-cai-0-7-ponto-em-outubro-ante-setembro-diz-fgv
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