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quarta-feira, 30 de outubro de 2024

Número de mulheres motociclistas no Brasil cresce 95,7% em dez anos, aponta Denatran

PIKSEL l iStock
Os números revelam uma busca por independência, empoderamento e praticidade no dia a dia 


Nos últimos dez anos, o número de mulheres que pilotam motos no Brasil quase dobrou, refletindo uma mudança significativa tanto no comportamento quanto na percepção social sobre a presença feminina no mundo das duas rodas. Andar de moto tem se consolidado como uma escolha de independência e empoderamento para um número crescente de mulheres brasileiras. 

Um levantamento do Denatran (Departamento Nacional de Trânsito) revelou que, em 2011, o Brasil contava com 4.002.094 mulheres habilitadas para dirigir motocicletas (CNH A). Já em 2020 esse número saltou para 7.833.121 condutoras, representando um aumento impressionante de 95,7% no período. 

Só entre 2017 e 2020 cerca de 985 mil novas mulheres habilitaram a condução de veículos de duas rodas. O crescimento foi ainda mais expressivo na faixa etária de 26 a 30 anos, que registrou um aumento de 50,4% no número de motociclistas nesse intervalo, reforçando a tendência de que cada vez mais mulheres veem na moto uma opção prática e libertadora.

Esse crescimento reflete uma transformação que vai além da escolha de um meio de transporte: é parte de uma jornada por mais independência, economia e empoderamento.


Locomoção e flexibilidade

A moto, tradicionalmente associada ao público masculino, tem se tornado uma opção cada vez mais popular entre as mulheres, impulsionada por diversos fatores. Além de ser um meio de locomoção eficiente, especialmente em grandes cidades com trânsito congestionado, pilotar uma moto oferece às mulheres mais autonomia e flexibilidade no dia a dia.

Com o aumento das motos no Brasil, que, segundo dados da Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo), já ultrapassaram 30 milhões de unidades, as mulheres passaram a ver na motocicleta uma solução viável e eficaz para enfrentar os desafios do cotidiano, seja para trabalho ou lazer.


Empoderamento

A decisão de pilotar motos também é reflexo de uma mudança cultural. Cada vez mais, as mulheres estão rompendo barreiras de gênero e enfrentando preconceitos, seja em ambientes profissionais ou pessoais. Pilotar uma moto representa um avanço nesse processo de quebra de estigmas e estereótipos de que veículos de duas rodas são predominantemente masculinos.

Relatos de mulheres motociclistas mostram que, além da praticidade, há também o sentimento de conquista e liberdade. Um motociclista, em muitos casos, adota a moto não apenas como um veículo, mas como parte de um estilo de vida que reforça sua autonomia. Grupos femininos de motociclistas e eventos focados nesse público são cada vez mais frequentes, criando um espaço de trocas e fortalecimento dessa comunidade.


Economia e acessibilidade

Além do empoderamento e da liberdade, pilotar uma motocicleta pode representar uma solução econômica para muitas mulheres. O custo de manutenção, abastecimento e até mesmo a compra de uma moto é, geralmente, mais acessível do que de um carro. Para quem busca economia e praticidade, a moto é uma excelente alternativa. E aqui entra uma outra oportunidade vantajosa: o leilão de motos baratas.

Ao optar pela compra de uma moto em leilão, é possível adquirir um veículo em boas condições por um preço bem mais em conta que no mercado convencional. Essa possibilidade tem atraído mulheres que querem começar a pilotar sem precisar fazer um grande investimento inicial. 

Muitos motociclistas relatam que conseguem ótimos negócios em leilões, garantindo não só um transporte eficiente, mas também uma forma acessível de investimento em mobilidade pessoal.

Portanto, a crescente participação feminina no universo das motocicletas reflete um movimento que vai além dos números. É um sinal de que, cada vez mais, as mulheres estão conquistando espaços historicamente dominados pelos homens, e essa tendência parece estar apenas começando.


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