Os números revelam uma busca por
independência, empoderamento e praticidade no dia a dia PIKSEL l iStock
Nos últimos
dez anos, o número de mulheres que pilotam motos no Brasil quase dobrou,
refletindo uma mudança significativa tanto no comportamento quanto na percepção
social sobre a presença feminina no mundo das duas rodas. Andar de moto tem se
consolidado como uma escolha de independência e empoderamento para um número
crescente de mulheres brasileiras.
Um
levantamento do Denatran (Departamento Nacional de Trânsito) revelou que, em
2011, o Brasil contava com 4.002.094 mulheres habilitadas para dirigir motocicletas
(CNH A). Já em 2020 esse número saltou para 7.833.121 condutoras, representando
um aumento impressionante de 95,7% no período.
Só
entre 2017 e 2020 cerca de 985 mil novas mulheres habilitaram a condução de
veículos de duas rodas. O crescimento foi ainda mais expressivo na faixa etária
de 26 a 30 anos, que registrou um aumento de 50,4% no número de motociclistas
nesse intervalo, reforçando a tendência de que cada vez mais mulheres veem na
moto uma opção prática e libertadora.
Esse
crescimento reflete uma transformação que vai além da escolha de um meio de
transporte: é parte de uma jornada por mais independência, economia e
empoderamento.
Locomoção
e flexibilidade
A
moto, tradicionalmente associada ao público masculino, tem se tornado uma opção
cada vez mais popular entre as mulheres, impulsionada por diversos fatores.
Além de ser um meio de locomoção eficiente, especialmente em grandes cidades
com trânsito congestionado, pilotar uma moto oferece às mulheres mais autonomia
e flexibilidade no dia a dia.
Com o
aumento das motos no Brasil, que, segundo dados da Associação Brasileira dos
Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares
(Abraciclo), já ultrapassaram 30 milhões de unidades, as mulheres passaram a
ver na motocicleta uma solução viável e eficaz para enfrentar os desafios do
cotidiano, seja para trabalho ou lazer.
Empoderamento
A
decisão de pilotar motos também é reflexo de uma mudança cultural. Cada vez
mais, as mulheres estão rompendo barreiras de gênero e enfrentando preconceitos,
seja em ambientes profissionais ou pessoais. Pilotar uma moto representa um
avanço nesse processo de quebra de estigmas e estereótipos de que veículos de
duas rodas são predominantemente masculinos.
Relatos
de mulheres motociclistas mostram que, além da praticidade, há também o
sentimento de conquista e liberdade. Um motociclista, em muitos casos, adota a
moto não apenas como um veículo, mas como parte de um estilo de vida que
reforça sua autonomia. Grupos femininos de motociclistas e eventos focados
nesse público são cada vez mais frequentes, criando um espaço de trocas e
fortalecimento dessa comunidade.
Economia
e acessibilidade
Além
do empoderamento e da liberdade, pilotar uma motocicleta pode representar uma
solução econômica para muitas mulheres. O custo de manutenção, abastecimento e
até mesmo a compra de uma moto é, geralmente, mais acessível do que de um
carro. Para quem busca economia e praticidade, a moto é uma excelente
alternativa. E aqui entra uma outra oportunidade vantajosa: o leilão
de motos baratas.
Ao
optar pela compra de uma moto em leilão, é possível adquirir um veículo em boas
condições por um preço bem mais em conta que no mercado convencional. Essa possibilidade
tem atraído mulheres que querem começar a pilotar sem precisar fazer um grande
investimento inicial.
Muitos
motociclistas relatam que conseguem ótimos negócios em leilões, garantindo não
só um transporte eficiente, mas também uma forma acessível de investimento em
mobilidade pessoal.
Portanto,
a crescente participação feminina no universo das motocicletas reflete um movimento
que vai além dos números. É um sinal de que, cada vez mais, as mulheres estão
conquistando espaços historicamente dominados pelos homens, e essa tendência
parece estar apenas começando.
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