Segundo
André Medina, é fundamental identificar as necessidades da empresa e traçar
objetivos a curto, médio e longo prazo.Freepik
A inovação se tornou a mola propulsora para o crescimento sustentável e a sobrevivência dos negócios, independente do mercado de atuação. Mesmo empresas de setores tradicionais, como os de engenharia e construção, perceberam a necessidade de se reinventar, abrindo as portas para a criatividade interna, e por meio de conexão com soluções do mercado.
O ambiente de uma
empresa tradicional muitas vezes é caracterizado pela estabilidade e tradição,
tornando a identificação dos sinais de inovação interna um desafio. Para driblar
isso, é importante entender que inovar é muito mais que “sair fora da caixa”, é
na verdade fomentar ações reais e práticas, e buscar uma melhor forma de fazer
o que já é feito.
André Medina,
Superintendente de Inovação na Andrade Gutierrez, pioneira em inovação no setor
de engenharia e construção, explica que uma das estratégias utilizadas na
construtora é aliar a inovação com a comprovação de sua eficácia por meio de
indicadores.
“Inovar é
diferente de inventar’. Criar novas ideias que não gerem impactos
positivos, não é inovar. “A inovação deve gerar resultado, que
pode ser financeiro, ambiental, de segurança, entre outros. Como por exemplo:
melhor gestão de tempo dos colaboradores, diminuição de acidentes em canteiro
de obras, otimização na gestão de recursos etc”, explica Medina.
Para a
transformação da cultura interna é preciso primeiro identificar quais os pontos
de melhoria dentro da organização e trazer os funcionários para participar
dessa mudança. "Acreditamos que o engajamento e
a flexibilidade são elementos fundamentais para impulsionar a criatividade
interna. Incentivamos nossos colaboradores a buscar constantemente otimizações
e a compartilhar suas ideias para mantermos uma cultura inovadora",
destaca o Superintendente.
Para
fomentar as mudanças internas, as empresas estão adotando estratégias
proativas, estimulando a colaboração, incentivando a criatividade e investindo
em infraestrutura digital. Na
AG, por exemplo, acontece quinzenalmente o “Conecte-se com a Inovação”, um
evento interno dedicado aos colaboradores, que divulga inovações implementadas
na AG, promove insights e amplia as possibilidades de inovar em todas as pontas
da corporação.
“Acreditamos que a
transformação deve acontecer de dentro para fora, por isso ter o engajamento
dos colaboradores é parte fundamental da nossa cultura. Mesmo a AG atuando
fortemente com a inovação aberta, são os colaboradores que fomentam essa
cultura no dia a dia”, explica.
Reconhecendo que a
inovação muitas vezes reside também fora das estruturas consolidadas, empresas
de engenharia e construção estão voltando suas atenções para as startups. Programas
de inovação aberta proporcionam uma plataforma para a interação entre a expertise
consolidada da empresa e a agilidade das startups.
O Vetor AG, por
exemplo, é o primeiro programa de inovação aberta do setor de engenharia e
construção, criado em 2018 pela Andrade Gutierrez, já realizou mais de 1500
conexões com startups, além de diversas soluções contratadas para práticas
contínuas na construtora.
"Buscamos
ativamente startups que possam trazer soluções disruptivas para os desafios que
enfrentamos. Com a Vetor AG Ventures, nossa open venture builder, apoiamos o
desenvolvimento de startups do nosso setor. Essa colaboração cria um
ecossistema dinâmico, onde a inovação é capaz de se expandir em trocas
constantes com o mercado. Estamos comprometidos em moldar um futuro promissor
da engenharia e construção”, conclui Medina que atua a frente do Vetor AG.
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