Tomada de decisão nada mais é do que um processo cognitivo, que resulta em uma ou mais escolhas entre várias alternativas. Para os gestores e profissionais de todas as áreas, tomar decisões é um desafio diário e fazer isso sem base em dados e fatos concretos, pode ser extremamente prejudicial para os negócios.
Os sistemas de gestão empresarial (ERP) têm o
objetivo principal de gerenciar as variáveis do fluxo financeiro e de gestão.
Adotá-los é fundamental, já que controlando processos e integrando setores é
possível aumentar a produtividade das equipes e otimizar os resultados dos
negócios.
Entretanto, em decorrência do alto grau de
competitividade e das variáveis mercadológicas que ocorrem cada vez mais
rápido, implantar somente um sistema de gestão é insuficiente para suportar as
melhores ou mais assertivas decisões. É necessário contar com rapidez e
proatividade, prevendo ações futuras, protegendo-se de ameaças e identificando
oportunidades.
As decisões gerenciais são classificadas como
estratégicas, táticas ou operacionais e costumam ter implicações de curto
prazo, mas também podem ser projetadas para prazos maiores. Portanto, são
escolhas tomadas no nível superior da gestão, que influenciam em toda ou em uma
parte importante da organização e contribuem para alcançar objetivos comuns,
envolvendo grandes mudanças de práticas e procedimentos. Nesse nível, o
conhecimento deve ser composto de informações e análises e a tomada de decisão
é baseada em inteligência.
Já as táticas costumam ser tomadas no nível médio
de gestão e estão relacionadas à implementação das decisões estratégicas. São
direcionadas para o desenvolvimento, estruturando fluxos de trabalho,
estabelecendo canais de distribuição e aquisição de recursos. Neste nível, a
informação deve ser obtida por meio da combinação de dados com o contexto. Os
dados são organizados em gráficos e planilhas, oferecendo subsídio
significativo às tomadas de decisão.
E, as operacionais estão relacionadas ao dia-a-dia
das empresas e normalmente têm implicações de curto prazo. Precisam estar
baseadas em informações claras e racionais. Neste nível, as informações são
básicas e obtidas por meio de dados.
Independente do nível da gestão em que a decisão
estiver inserida, optar pelas melhores alternativas é uma prioridade
organizacional. Com isso, é importante conhecer métodos que auxiliam na escolha
das ferramentas mais adequadas para suportar os processos decisórios na era do
Big Data.
A primeira é utilizar soluções de inteligência de
negócios desenvolvidas com tecnologia cognitiva e inteligência artificial. As
soluções de inteligência de negócios (Business
Intelligence), desenvolvidas com tecnologia cognitiva e inteligência artificial
são impulsionadas por poderosos mecanismos de análise, combinados com recursos
de processamento de linguagem natural, que tornam o mecanismo de negócios
personalizável e fácil de aprender, beneficiando gestores com descobertas de
insights, previsão e visualização de resultados, criação de relatórios e
colaboração com outras equipes, favorecendo processos decisórios capazes de
definir ou alterar o rumo dos negócios.
É essencial também que você obtenha as informações
apropriadas, entregando conhecimento para as pessoas certas, da forma certa e
no tempo certo. Além disso, inseridas em um cenário cada vez mais desafiador, é
possível afirmar que as melhores práticas de gestão se baseiam em um único
ecossistema de capacidades e conhecimentos cognitivos.
Essas informações, armazenadas de forma segura
e com ferramentas de análise, auxiliam gestores a descobrir insights que
melhoram os processos de negócios e ideias que conduzem a melhores resultados.
Para que as informações apropriadas sejam entregues
com conhecimento para as pessoas certas, da forma certa e no tempo certo, este
ecossistema precisa se basear em mobilidade e agilidade, produtividade,
facilidade de visualização para uma rápida interpretação, segurança e
confiabilidade.
Avalie a perspectiva do negócio do ponto de vista
de indicadores reais x planejados. Para isso, utilize uma solução de
planejamento integrado para promover a colaboração em toda a empresa e ajudar a
manter a agilidade dos negócios com uma gestão eficiente. Ela precisa ser
aderente a todas as áreas, incluindo gerenciadores financeiros, de vendas e de
pessoas. Contudo, necessita também gerar insights automáticos a partir de
dados, aumentando a capacidade de tomada de decisão do usuário frente às
rápidas mudanças de mercado.
Preveja tendências e planeje-se de forma mais
eficaz para o futuro, já que, se os seus indicadores estiverem disponíveis em
um dashboard segmentado, com informações de diversas áreas da empresa é
possível ter vários tipos de controle, cruzamentos de dados e gerenciamentos
automáticos a partir de metas que o usuário mesmo pode definir. Também é
importante analisar dados e criar modelos para prever resultados futuros,
evitando riscos financeiros por meio de projeções de cenários que apoiam os
gestores com informações preditivas antes mesmo do fato ocorrer.
Transformar a área de tecnologia da informação em
gestora de dados é outro método relevante. A aprovação da Lei Geral de Proteção
de Dados Pessoais (LGPD)
no Brasil trouxe às empresas desafios de gestão do conhecimento que vão além do
tradicional departamento de tecnologia da informação. Para se adequar à
legislação que passou a vigorar a partir de 18 de setembro de 2020, é
necessário estruturar uma cultura organizacional de segurança da informação,
que deve incluir práticas de gestão de dados amparadas por um departamento de
TI atualizado e estratégico.
Em muitas empresas, as decisões ainda são tomadas
com base na intuição ou na experiência pessoal de cada gestor. É importante
ressaltar que, ainda que importantes, opiniões e impressões podem ser
desastrosas se usadas como base para processos de tomada de decisão.
Emerson Douglas Ferreira - especialista em
consultoria de planejamento, inteligência de negócio e soluções que auxiliam
executivos na tomada de decisão desde 1995, e fundador da Meeting Strategic
Solutions.
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