A mentora de mulheres
e terapeuta Lu Ortiz aconselha que para conseguir suportar o confinamento e a
quarentena é preciso dar "estímulos" ao cérebro
Solidão, angústia, ansiedade e até mesmo depressão
podem ser alguns dos sintomas do confinamento social gerado pela pandemia de
Coronavírus que atingiu o Brasil. A quarentena é o período de isolamento para
evitar a propagação de vírus, e mesmo sendo um dos métodos eficazes para o
controle de pandemias, ficar recluso em casa pode ser uma tarefa difícil.
Controlar a vontade de ir para a rua e lidar com a ansiedade da "vida
caseira" são passos importantes para garantir uma quarentena saudável,
conforme aponta a mentora de mulheres e terapeuta, Lu Ortiz, lembrando que para
poder cuidar da saúde pública é preciso que cada um cuide da sua saúde mental.
Segundo uma pesquisa da revista The Lancet, os
efeitos psicológicos de uma quarentena podem se assemelhar ao de estresse
pós-traumático. Além do medo de contrair a doença, outros motivos que podem
gerar ansiedade durante o confinamento são frustração, tédio, suprimentos ou
informações inadequados, possíveis perdas financeiras e que, ao sair, não
consigam retornar para suas rotinas normais. Para Lu Ortiz, que também é Master
Praticcioner em Programação Neurolinguística (PNL), o período mais complicado
ainda está por vir. “A primeira semana de reclusão gera um sentimento de
férias, de descanso. Na segunda, as rotinas se adaptam ao confinamento e as
pessoas começam a encontrar maneiras de ficar em casa. A terceira semana é o
ponto crítico, é quando a ficha cai que você não pode sair por motivos de força
maior”.
Ela explica que existem técnicas essenciais que
podem auxiliar. “É importante não lutarmos contra os sentimentos, certas coisas
fogem do nosso controle e devemos focar naquilo que realmente podemos resolver.
É preciso entender as emoções e trabalhá-las”, conta a terapeuta, que ainda
acrescenta que o ócio pode ser produtivo, ainda que sem a pressão social da
criatividade enquanto você está confinado. “O tédio é uma questão de escolha,
todos temos coisas nas nossas residências que gostaríamos de fazer e que por
algum motivo deixamos de lado. Agora é o período de retomarmos essas
atividades”.
Uma das formas de buscar auxilio psicológico
durante a quarentena são as redes sociais. Alguns profissionais da área da
saúde, terapeutas e psicólogos fazem atendimentos e orientações de forma
gratuita em suas redes para auxiliar o público. “A disseminação de informação
também é importante. Faço no meu Instagram, por exemplo, vídeos com informações
e também lives sobre como suportar esse período. Cuidar da saúde mental é parte
fundamental para podermos combater o Coronavírus”, assegura Lu Ortiz.
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