O intervalo entre as
consultas definido pela sua médica ou médico deve ser cumprido com
responsabilidade pela futura mamãe. Muitas vezes, alguns problemas de
saúde podem representar um grande risco para a mamãe e para o bebê neste
período. Um contato por telefone com a sua médica ou seu médico pode ajudá-la a
decidir pela ida ou não a um pronto socorro.
Os casos de Coronavírus em grávidas
e puérperas (mulheres que deram à luz) costumam ser mais graves? O Coronavírus
pode motivar um parto prematuro ou uma má formação? Se eu contrair o
Coronavírus meu bebê contrairá também?
80 a 85% dos casos das
grávidas ou puérperas com Coronavírus, sem outras doenças classificadas como de
risco, apresentam sintomas leves, como as demais pessoas. Mas ninguém quer
fazer parte dos 15 ou 20% que podem ter sintomas graves e complicações. Por
isso a prevenção é fundamental!
Toda e qualquer infecção
viral mais grave pode desencadear um parto prematuro, devido à reação
inflamatória do organismo. Portanto os riscos de um parto prematuro serão
maiores ou menores dependendo da gravidade da infecção por Coronavírus.
Não há qualquer evidência de
que possa haver contaminação ou má formação do bebê durante a gestação devido à
mamãe estar com Coronavírus. Quanto ao aleitamento materno, já há
evidência científica de que não há contaminação do bebê no caso da mamãe estar
com o Coronavírus. Mas obviamente os cuidados com o bebê deverão ser maiores
para que não haja contágio pela proximidade da mamãe com o seu filho.
Enfim, ainda é uma doença
nova no nosso meio. Os estudos são recentes, os pesquisadores, médicos e
epidemiologistas estão buscando respostas para muitas questões como
tratamentos, medicamentos e métodos de diagnósticos da doença. Muito ainda está
por ser descoberto; protocolos de condutas médicas mudam todos os dias. Vacinas
ainda estão sendo pesquisadas e estudadas, e levará algum tempo para serem
amplamente adotadas. No entanto, é possível que estejam disponíveis antes dos
prazos normalmente obsevados devido ao grande número de cientistas no mundo que
estão trabalhando seriamente no assunto, mas mesmo que consigam desenvolvê-la
rapidamente, ainda levará muitos meses para serem testadas e para chegarem à
população. Por enquanto o uso de máscaras, afastamento social e cuidados com a
higiene é o que tem se demonstrado ser o mais eficaz na prevenção dessa doença
ainda tão desconhecida.
Dra Elis Nogueira - Ginecologista
e Obstetra. É membro da SOGESP (Sociedade de Obstetrícia e Ginecologia do
Estado de São Paulo), APM (Associação Paulista de Medicina) e FEBRASGO
(Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia). Faz parte
do corpo clínico dos hospitais Albert Einstein, São Luís Itaim, Sírio Libanês ,
Santa Catarina, São Luís Morumbi, Oswaldo Cruz, ProMatre, Santa Joana entre
outros.
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