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sexta-feira, 10 de abril de 2020

Dia Mundial de Combate ao Mal de Parkinson: como perceber os sinais


O dia 11 de abril de todos os anos é o Dia Mundial de Combate ao Mal de Parkinson. A data é uma maneira de chamar atenção para a Doença de Parkinson como forma de conscientizar a população sobre os cuidados necessários com os pacientes.
Neste post, dra. Luciana Mancini Bari, clínica geral do Hospital Santa Mônica irá abordar um pouco mais sobre essa data, explicando o que é a doença e como ela afeta o organismo, mostrando quais são os principais sinais e sintomas. Confira!
O Dia Mundial de Combate ao Mal de Parkinson foi criado com a intenção de conscientizar a sociedade sobre a doença e os seus perigos, além de disseminar informações sobre os avanços no tratamento.
Dra. Luciana Mancini Bari reforça que “Quando falamos em Parkinson devemos pensar no doente e não somente na doença. Ainda que a doença não tenha cura e ainda não haja uma resposta definitiva sobre o que causa o seu desenvolvimento, mas hoje em dia já possível duplicar a expectativa de vida dos pacientes graças às pesquisas feitas no setor”.
Quanto mais cedo for feito o diagnóstico, melhores são os resultados do tratamento. É muito importante que a população esteja consciente sobre os sintomas da Doença de Parkinson — assim, sempre que identificá-los, vão entender a necessidade de procurar um especialista.

O que é a Doença de Parkinson

A Doença de Parkinson é degenerativa, crônica e progressiva, e atinge o sistema nervoso central. Ela acontece quando há uma diminuição na produção de dopamina pelo corpo, substância responsável pela transmissão de mensagens entre as células nervosas. É a dopamina que ajuda na realização de movimentos voluntários automáticos do corpo, aqueles que são feitos sem que o indivíduo precise pensar sobre eles antes de realizá-los. 
Sem a dopamina, o controle motor é perdido, o que ocasiona os sintomas mais conhecidos da doença, que são os tremores e a lentidão nos movimentos. 
A Doença de Parkinson é mais comum na terceira idade. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 1% da população mundial com mais de 65 anos é portadora da doença. Ao todo, são mais de 4 milhões de parkinsonianos no planeta, e com o aumento da expectativa de vida, a estimativa é que esse número dobre até 2040. 

Os principais e primeiros sintomas que indicam o Parkinson

Os sintomas da Doença de Parkinson podem se manifestar de maneiras diferentes em cada indivíduo. No geral, eles aparecem primeiramente em um dos lados do corpo e costumam se agravar nessa região, mas isso não quer dizer que o outro lado também não vá ser afetado.
Segundo um artigo publicado pela Mayo Clinic, estes são os principais sintomas da doença:
  • tremores em repouso — os primeiros tremores costumam afetar os membros do corpo, principalmente mãos e dedos, enquanto estão em repouso;
  • lentidão motora — com o tempo, o indivíduo começa a apresentar lentidão nos movimentos, o que pode tornar difíceis e demoradas algumas tarefas do dia a dia, como se sentar ou trocar de roupa. A caminhada também se torna mais lenta, geralmente com passos curtos e pés arrastando no chão;
  • rigidez nas articulações — isso pode acontecer em qualquer parte do corpo, assim como a rigidez muscular, e pode causar dores e limitações nos movimentos;
  •    mudanças na fala e na escrita — a fala se torna mais lenta e pode ocorrer alguma hesitação antes de pronunciar palavras. A escrita também se torna mais difícil e, geralmente, as letras desenhadas são menores do que as de costume
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Sempre que um desses sintomas for observado, é importante procurar ajuda médica especializada para que o diagnóstico seja confirmado ou descartado o mais rapidamente possível, dando início ao tratamento. 
A especialista salienta que “Nem todos os pacientes irão desenvolver os mesmos sintomas, por isso, é necessário ter uma abordagem multidisciplinar, com médico, psicólogo, fisioterapeuta, fonoaudiologista e o profissional da área de educação física. Esse tratamento global pode  melhorar muito a vida do paciente. Provavelmente, ele não conseguirá voltar a realizar tudo como antes da doença, mas poderá desfrutar da vida dentro da sua capacidade."

Ressalta ainda que "Outro ponto importante é que toda a família esteja orientada e informada sobre a doença, para que esteja preparada para dar o suporte necessário ao paciente, que pode conviver muito bem com a doença."



Hospital Santa Mônica 


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