Além de
embelezar o olhar, os cílios são fundamentais para proteger os olhos contra
sujeira, micro-organismos e luz solar excessiva. Eles também auxiliam no
fechamento das pálpebras. Mas o que muita gente não sabe é que existe uma
doença, chamada triquíase, que faz com que os cílios cresçam com desvio para
dentro do globo ocular. Por consequência, causam irritação permanente na
conjuntiva bulbar e na córnea.
O constante
atrito dos cílios sobre a córnea podem provocar sintomas irritativos como
ardor, lacrimejamento, vermelhidão, sensação de corpo estranho até quadros de
inflamações, erosões e úlceras de córnea, assim como ceratite ou conjuntivite.
É preciso ter cuidado na hora de
diagnosticar a triquíase, pois pode ser confundida com a distiquíase e o
entrópio. “A distiquíase é caracterizada por uma fileira de cílios
extranumerária que emerge dos orifícios das glândulas chamadas Meibomius. Já o
entrópio é uma condição onde a pálpebra se encontra invertida”, explica Hilton
Medeiros, oftalmologista da Clínica de Olhos Dr. João Eugenio.
O tratamento
da triquíase é feito a base de lubrificantes tópicos, juntamente com pomadas de
antibiótico, ou lente de contato terapêutica e epilação manual (retirada dos
cílios manualmente). Mas, para curar definitivamente a triquíase, a
única solução é uma cirurgia baseada na destruição dos folículos pilosos dos
cílios. “O método usado é a eletrólise, uma aplicação de laser ou ressecção
cirúrgica através de enxerto de mucosa, se necessário”, comenta Hilton
Medeiros.
Quando
existem poucos cílios dispersos para serem tratados, o método é de abladição a
laser, que é um processo de extração de material a base de irradiação de feixe
de laser. Quando há muito cílios, a técnica usada é a crioterapia.
Para
prevenir a doença é importante manter as mãos e unhas limpas; evitar alimentos
gordurosos; não deixar a pele do rosto ficar oleosa e não utilizar maquiagem
com os olhos inflamados.
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