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Nesse mundo corrido e cheio de afazeres e
tecnologias, que nos levam sempre para fora de nós mesmos, esquecemos a
importância de entender o que sentimos em cada situação. Segundo a
fisioterapeuta com foco em Saúde Integrativa, Frésia Sa, o resultado disso é
muito descontentamento e as chamadas doenças emocionais.
“Precisamos retomar a importância de entender
o sentir para a saúde”. A frase é da fisioterapeuta Frésia Sa, que realiza um
trabalho de Saúde Integrativa, reunindo técnicas que descobrem e tratam a causa
real de dores e doenças crônicas. Segundo ela, a modernidade e as tecnologias
nos deram o entendimento do corpo, de uma forma nunca imaginada – chegamos à
era dos clones e dos órgãos substituídos por similares eletrônicos – mas nos
afastou do entendimento dos nossos sentimentos: “passamos a buscar a resposta
cada vez mais do lado de fora, na informação e nos medicamentos, e esquecemos
que, muitas vezes, ela está do lado de dentro, na nossa forma de sentir o
mundo”.
Conforme
explica Frésia, negligenciar o sentir nos trouxe, nessas últimas décadas,
alguns problemas novos para lidar: “o descontentamento com a própria vida,
síndromes, como a do pânico, dificuldades de gerenciar os ciclos de vida, como
o sono, o envelhecimento do corpo, a nossa alimentação”. E o consequente aumento
das chamadas doenças emocionais, como a ansiedade, o estresse e a depressão.
“Nós
trabalhamos com a Saúde Integrativa exatamente para tentar preencher essa
lacuna. Com essa forma de olhar para o paciente, nós englobamos sintomas
físicos e emocionais, estilo de vida, objetivos, traumas conscientes e
inconscientes, crenças enraizadas que podem ter origem familiar, social ou
mesmo de situações vividas. Sob a nossa ótica, tudo no indivíduo faz parte do
quadro de dor ou doença. E tudo no social em que ele está inserido pode
influenciar”, explica a fisioterapeuta.
Frésia
lembra que vivemos muito em modo automático e acreditamos, sem pensar muito,
que seguir o que todos dizem ser correto é a melhor saída, sempre: “temos
muitos pacientes que chegam aqui com quadros agudos, que são amenizados com os
tratamentos, mas que só são realmente revertidos quando a pessoa se dá conta de
que é possível, sim, andar na contramão das crenças e criar seu próprio
futuro”, revela.
Ter
essa autonomia de decisão, segundo ela, é libertador: “é ela que nos leva
exatamente onde NÓS desejamos chegar. E, geralmente, na grande maioria dos
casos, ela tem um efeito incrível sobre a nossa saúde integral. Sentir que
temos capacidade de fazer nossas próprias escolhas, de que podemos seguir aquilo
que sentimos, é uma das formas de atingirmos nosso potencial total de Saúde
Integrativa”, finaliza.
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