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terça-feira, 2 de julho de 2019

Alfabetização: como isso ocorre e qual é o papel do professor?


Na Escola Roberto Norio as salas são enxutas para que o professor possa auxiliar no desenvolvimento de cada aluno


Decodificar palavras, sons e significados faz parte do aprendizado das crianças desde que elas têm seu primeiro contato com a língua materna. Aos poucos, os pequenos começam a emitir grunhidos e depois arriscam as primeiras palavras, frases e, finalmente, são capazes de se comunicar de uma maneira mais complexa.

Em seguida, por volta dos dois anos, as crianças iniciam, na escola, treinamentos de coordenação motora ampla e fina. Essa é uma preparação para que elas futuramente possam pegar em um lápis e fazer o desenho das letras com mais facilidade, por exemplo. Algumas brincadeiras educativas como andar em cima de banco sueco para desenvolver o equilíbrio e pular em formas geométricas ajudam na coordenação motora ampla; já exercícios como pregar botões e colocar missangas em um colar estimulam a coordenação motora fina.

Aos cinco anos, os alunos começam a compreender os símbolos que compõe a língua. É o estágio da pré-alfabetização, em que os estudantes aprendem a escrever em letras cursivas, bastão, maiúscula e minúscula. Aos poucos, a própria criança começa a perceber o som que as letras formam quando se ligam.
No próximo ano, tem início a alfabetização de fato. Os alunos treinam construir sílabas, ligando as consoantes com as vogais – ba, be, bi, bo, bu. Alguns precisam de algo mais concreto como recortar letras e tentar juntá-las. Por isso, é importante que os educadores tenham a liberdade de utilizar diferentes metodologias de acordo com a necessidade de cada estudante.

A professora e coordenadora pedagógica da Escola Roberto Norio, Alessandra Tiemi, explica que a alfabetização é um processo e cada criança tem um ritmo, por isso a atenção dos professores com cada um é essencial para a efetividade da aprendizagem. Esse é um dos motivos pelos quais a Escola preza por salas pequenas – o máximo são doze estudantes.

O olhar individual é importante para saber qual é o estágio de desenvolvimento de cada criança e, assim, poder aplicar abordagens educacionais de acordo. Esse acompanhamento também é vital para o suporte emocional. Um aluno pode se sentir diminuído porque os colegas estão evoluindo em um ritmo diferente do seu e o professor deve mostrar o seu apoio e orientá-lo a não se comparar aos demais.

O papel do educador, em geral, é ser um mediador no processo, ajudar o aluno a despertar o interesse pelo assunto e conduzir técnicas, metodologias e estratégias de acordo com o progresso e necessidade de estudante.

Tiemi ainda explica que a alfabetização é essencial para o desenvolvimento de toda a trajetória de estudos da criança e ao longo de sua vida: “É o que vai fazer com que ela continue a aprender e resolva questões complexas. Ter essa habilidade não influencia apenas no conteúdo que ela pode acessar e produzir, mas no seu emocional e físico”.




Escola Roberto Norio


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