9,7% dos intercambistas brasileiros têm menos de 17 anos
Aprender
um novo idioma, ensino médio, graduação, pós-graduação, trabalho, turismo e até
voluntariado tem tirado o brasileiro da zona de conforto e levado para uma
experiência internacional. De acordo com as pesquisas realizadas pela
Associação Brasileira de Agências de Intercâmbio (Belta), em 2018, o país teve
um crescimento de 20,46% em educação internacional, totalizando cerca de 365
mil intercambistas brasileiros espalhados mundo a fora.
Os
destinos são os mais diversos possíveis. Mas, mesmo com as infinitas
possibilidades de lugares para conhecer, quem lidera o ranking da pesquisa,
pela 13ª vez consecutiva, é o Canadá, um país conhecido por sua hospitalidade,
beleza, preocupação ambiental e qualificação educacional de acordo os
resultados da pesquisa.
Dos
quase cinco mil intercambistas entrevistados pela Belta, em torno de 9,7% deles
tinham menos de 17 anos e viajaram para desenvolver habilidades educacionais.
“Infelizmente, a educação brasileira é falha em muitos aspectos. Seja escola
pública ou privada, ambas possuem um déficit muito grande quando comparado ao
nível das expectativas mundiais de educação. Isso faz com que os brasileiros,
principalmente os pais, procurem essa qualificação em outros lugares do mundo”,
comenta a CEO da Canada Intercambio e gestora educacional, Rosa Maria Troes.
Os
programas realizados pela moçada são em sua grande maioria: cursos de idioma
(48,7%), de férias (20,5%) e high school (20,5%) – onde o adolescente
tem a oportunidade de viver um período do ensino médio em terras estrangeiras.
Além da qualificação educacional, os jovens também desenvolvem habilidades de
comunicação, empatia, responsabilidade, entendimento cultural e, claro, fazem
muitos amigos. Para Rosa essa é uma das melhores fases para realizar um
intercâmbio. “O jovem possui o privilégio de ter férias longas e mesmo estando
perto de entrar no ambiente profissional, ainda não possui responsabilidades e
nem uma carreira consolidada”, comenta a gestora em educação.
Habilidade
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Como é desenvolvido
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Responsabilidade
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Será
responsável por organizar seu tempo e os prazos das atividades e home work
sozinho.
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Independência
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Arrumar
a cama, acordar cedo, lavar roupas e louças, entre outras atividades que irá
aprender e desenvolver vivendo longe dos pais.
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Comunicação
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Perguntar
e explicar serão duas coisas muito frequentes na vida do intercambista. A
curiosidade dele e dos outros irá ajudar na comunicação.
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Empatia
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Conhecendo
outras pessoas de diferentes lugares e situações, o jovem será capaz de se
colocar e entender o próximo.
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Conhecimento cultural
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Lugares,
monumentos, pontos turísticos, comida, cultura, tudo será novo e trará
conhecimento.
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Finanças pessoais
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Irá
aprender a controlar seu dinheiro de maneira efetiva e sustentável.
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Autoconfiança
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Vai
desenvolver autoconfiança por meio das pequenas e grandes conquistas.
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Adaptabilidade
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Por
ser tudo novo, vai se adaptar e com o tempo o desconhecido não será algo
medonho, mas sim desafiante.
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Língua
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Vivenciar
o idioma e aprender com nativos será ótimo para aprimorar o speaking,
listening e writing.
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Carreira
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Adquirir
bagagem de conhecimento e experiência - start na carreira
profissional.
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Trabalhadores
Qualificados
De
acordo com recentes pesquisas do Instituto Ayrton Senna, o Brasil perde por ano
R$ 151 bilhões para manter 15% dos jovens entre 15 e 17 anos fora da escolha,
ou sejam 1,5 milhão de jovens. A falta de educação efetiva faz com que o Brasil
seja um dos países com menos mão de obra qualificada. Fato que resulta perda de
produtividade e competitividade e menores salários. No diagnóstico ainda
comenta de um fato extremamente grave. O jovem aprende somente 10 pontos da
escola do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB). O indicado era
50%. Se não houver um investimento efetivo em educação, o país corre risco de
ter um colapso de mão de obra qualificada num curto espaço de tempo. O
brasileiro precisa investir mais em sua educação.
“Não adianta reclamar do
sistema educacional e esperar que o governo faça tudo. Quem quer faz a diferença.
Investir na carreira é garantir um cargo melhor e salários mais altos. Um dos
investimentos que tem se destacado e muitos nos currículos brasileiros é a
vivência em outros países. Além de aprender um idioma com fluência,
vivenciar outras economias, culturas, etc o aluno terá pontos fortes para
concorrer aos cargos mais importantes tanto no Brasil como no exterior. O
Canadá, por exemplo, busca por profissionais qualificados no mundo todo para
movimentar sua economia e é uma grande oportunidade para os brasileiros que
querem ter esta vivência”, ressalta Rosa.
Rosa
acredita que essa conscientização dos pais de permitirem que o jovem explore
sua capacidade intelectual fora do país, pode proporcionar ao brasileiro um espaço
maior de atuação profissional e mais significativo no cenário mundial.
“Precisamos de jovens educados e independentes, que estejam orientados às
soluções e não se abalem com qualquer problema que apareça no caminho, afinal
eles serão o nosso futuro”, completa.
Canada Intercambio
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