Na Escola Roberto Norio as salas são enxutas
para que o professor possa auxiliar no desenvolvimento de cada aluno
Em seguida, por volta dos dois anos, as crianças iniciam, na escola, treinamentos de coordenação motora ampla e fina. Essa é uma preparação para que elas futuramente possam pegar em um lápis e fazer o desenho das letras com mais facilidade, por exemplo. Algumas brincadeiras educativas como andar em cima de banco sueco para desenvolver o equilíbrio e pular em formas geométricas ajudam na coordenação motora ampla; já exercícios como pregar botões e colocar missangas em um colar estimulam a coordenação motora fina.
Aos cinco anos, os alunos começam a compreender os símbolos que compõe a língua. É o estágio da pré-alfabetização, em que os estudantes aprendem a escrever em letras cursivas, bastão, maiúscula e minúscula. Aos poucos, a própria criança começa a perceber o som que as letras formam quando se ligam.
No próximo ano, tem início a alfabetização de fato. Os alunos treinam construir sílabas, ligando as consoantes com as vogais – ba, be, bi, bo, bu. Alguns precisam de algo mais concreto como recortar letras e tentar juntá-las. Por isso, é importante que os educadores tenham a liberdade de utilizar diferentes metodologias de acordo com a necessidade de cada estudante.
A professora e coordenadora pedagógica da Escola Roberto Norio, Alessandra Tiemi, explica que a alfabetização é um processo e cada criança tem um ritmo, por isso a atenção dos professores com cada um é essencial para a efetividade da aprendizagem. Esse é um dos motivos pelos quais a Escola preza por salas pequenas – o máximo são doze estudantes.
O olhar individual é importante para saber qual é o estágio de desenvolvimento de cada criança e, assim, poder aplicar abordagens educacionais de acordo. Esse acompanhamento também é vital para o suporte emocional. Um aluno pode se sentir diminuído porque os colegas estão evoluindo em um ritmo diferente do seu e o professor deve mostrar o seu apoio e orientá-lo a não se comparar aos demais.
O papel do educador, em geral, é ser um mediador no processo, ajudar o aluno a despertar o interesse pelo assunto e conduzir técnicas, metodologias e estratégias de acordo com o progresso e necessidade de estudante.
Tiemi ainda explica que a alfabetização é essencial para o desenvolvimento de toda a trajetória de estudos da criança e ao longo de sua vida: “É o que vai fazer com que ela continue a aprender e resolva questões complexas. Ter essa habilidade não influencia apenas no conteúdo que ela pode acessar e produzir, mas no seu emocional e físico”.
Escola Roberto Norio
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