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segunda-feira, 3 de outubro de 2022

A importância da mamografia no diagnóstico do câncer de mama

Saiba qual a diferença entre os modelos tradicional e digital antes de fazer o exame


O câncer de mama é o segundo tipo de câncer que mais mata mulheres no mundo: são cerca de 25% de casos novos todos os anos. No Brasil, essa realidade é ainda mais alarmante: a doença é a primeira causa de morte por câncer em mulheres. 

De acordo com a American Cancer Society, uma em cada 8 mulheres que viverem até os 75 anos terão o diagnóstico de câncer de mama na vida. A preocupação, portanto, não é algo a ser deixado para depois. Por isso, no mês de outubro, marcado internacionalmente como o período da campanha de prevenção a este tipo de câncer, diversos alertas e orientações são realizados no intuito de estimular a realização de exames regulares. 

Apesar desse alto índice, as chances de cura podem chegar a 90% dos casos. Mas, para isso, é preciso que a doença seja detectada o mais precocemente possível. Afinal, quanto mais cedo, maior também são as possibilidades de cura. Uma das maneiras mais simples e eficientes que toda mulher pode fazer é o exame de toque, durante o próprio banho. A outra forma de detecção precoce é a realização periódica dos exames de rotina. 

O mais importante deles é a mamografia, pois este é o procedimento que consegue detectar o câncer de mama ainda em sua fase inicial. A mamografia identifica eventuais lesões nos tecidos da mama antes mesmo da mulher perceber algum sintoma mais evidente, como dor ou a liberação de líquido pelo mamilo, por exemplo.

 

Prevenção é primordial para o tratamento 

A mamografia, atualmente, é o melhor procedimento de detecção do câncer de mama de forma precoce. Mas ela não deve ser uma prioridade só quando a doença já é uma suspeita. O ideal é que o exame seja incluído na rotina de exames de toda mulher assim que ela completar 40 anos. Já aquelas que possuem a doença no histórico familiar, o procedimento deve se dar a partir dos 35 anos. 

Embora o diagnóstico precoce seja a principal forma de aumentar as chances de cura do câncer de mama, muitas mulheres ainda não realizaram a mamografia. Muitas pacientes deixam de realizar o exame por medo de sentir dor durante a compressa que é feita na mama durante a realização das imagens. O avanço no desenvolvimento dos equipamentos mais modernos e precisos, no entanto, contribuiu para reduzir qualquer o possível desconforto que algumas mulheres reclamam durante o exame de mamografia.

 

Tipos de equipamentos de mamografia: digital e analógico 

A mamografia convencional e a mamografia digital são bastante parecidas por terem o mesmo propósito de diagnóstico. As duas, por exemplo, utilizam o mesmo princípio físico para a obtenção de imagens e necessitam que seja feita a compressão da mama, para fornecer imagens de alta qualidade, já que a compressão é necessária para a separação dos tecidos mamários, permitindo assim, a visualização de pequenas lesões, microcalcificações, as quais podem ser o prenúncio de uma Câncer de mama. 

No caso do exame convencional, as imagens  da mama, ficam documentadas em um filme, muito parecido com os antigos filmes fotográficos. Os laudos emitidos a partir da mamografia analógica costumam ser mais demorados, já que dependem da revelação desse filme. Esse processo, que resulta na impressão das imagens, é o que permite ao médico visualizar e interpretar o seu conteúdo, fazendo o diagnóstico. 

Na técnica digital, o sistema de mamografia gera imagens que são transmitidas de forma imediata à tela do computador. Ou seja: o profissional que realiza o exame já pode verificar, em tempo real, se as imagens estão dentro do padrão. A emissão dos laudos, portanto, pode ser feita em apenas 30 minutos. 

Outra diferença está no tempo de realização do exame. Na mamografia digital o equipamento leva em torno de dez segundos ou menos, para capturar a imagem de uma mama e posteriormente enviar essa imagem para o processamento. Esse tempo curto de aquisição das imagens, permite a realização de exames em inúmeras pacientes por hora. Já no caso do mamógrafo analógico, o mais comum em hospitais e clínicas, a realização de um exame completo em uma única paciente, pode levar em torno de 15 a 20 minutos. 

Como é possível perceber, o desenvolvimento da tecnologia e os avanços da medicina diagnóstica garantem a paciente exames cada vez mais precisos e confiáveis. Por isso, a utilização de tecnologia moderna como a de uma mamógrafo digital de alta qualidade, é indispensável para o diagnóstico precoce e precisa fazer parte da rotina de cuidados da mulher. 

Com o objetivo de proporcionar resultados mais seguros, agilidade na realização do exame e maior conforto às mulheres, a Imex Medical Group, empresa brasileira que atende unidades de saúde em todo Brasil, se diferencia por entregar ao mercado mamógrafos digitais produzidos com tecnologia internacional, sendo equipamentos ultra modernos e com tecnologia de ponta, fundamentais nesta etapa.

 

Benefícios da fisioterapia na terceira idade

A fisioterapia visa a promoção do diagnóstico, prevenção e restabelecimento dos movimentos corporais que estão comprometidos. Os idosos, em especial, veem nessa prática um importante aliado para a diminuição de dores musculares e melhora na coordenação motora, que tende a ficar comprometida com o avanço da idade. 

Com foco exclusivo para as pessoas dessa faixa etária, a fisioterapia geriátrica – por meio de um estudo minucioso do paciente, identificando e estudando todo o histórico clínico e físico do mesmo – irá desenvolver um plano personalizado para cada tipo de organismo, no intuito de auxiliar as limitações e mudanças ocorridas no corpo dentro do processo natural do envelhecimento. 

Alongamentos e exercícios focados na prevenção de dores, artrose e lesões crônicas, além do fortalecimento muscular e equilíbrio, ajudam no bem estar e melhor qualidade de vida, dando mais liberdade para realização de caminhadas e atividades físicas, auxiliando também na diminuição dos casos de quedas e acidentes, que acometem, em muitos casos, quadros clínicos graves na vida do idoso. 

A fisioterapia surge então como importante alternativa, utilizando previamente técnicas e exercícios posturais que trarão mais equilíbrio e reconhecimento do próprio corpo. 

A ação inevitavelmente colabora também para que o idoso mantenha sua autonomia, realizando tarefas corriqueiras do dia a dia da melhor forma possível, sem se preocupar com qualquer impedimento imposto à idade. Melhorando a parte física e mental e aumentando a expectativa de vida em comparação aos idosos considerados inativos. 

Comum para as pessoas dessa faixa etária – em especial nas épocas de outono e inverno – a prática da fisioterapia ajuda também em doenças e complicações cardiovasculares e respiratórias, frequentes para essa população por conta das mudanças imunológicas e funcionais ocorridas com o passar dos anos. 

Com a idade avançada, o pulmão se torna menos elástico e a musculatura torácica prejudicada pela dificuldade em distender, perdendo a capacidade de força da respiração profunda. Através de exercícios indicados pelo fisioterapeuta, melhora-se a chegada de oxigênio no corpo, combatendo a dificuldade de respiração.

A prática ainda ajuda na desobstrução de vias aéreas, bem como libera as secreções destas e do pulmão, sendo importante aliado também em doenças cardiovasculares. 

É importante ainda salientar que pacientes debilitados, que tenham sofrido AVE (Acidente Vascular Encefálico), por exemplo, encontrem na fisioterapia uma grande saída para recuperar as atividades e coordenação motora, ou, ao menos, reduzir as limitações provocadas. 

Por conta dessas e de outras limitações, é fundamental que o profissional entenda e estude individualmente cada caso, trabalhando, de preferência, em conjunto com outros médicos em que o paciente faça acompanhamento, como o geriatra. 

Apesar dos problemas oriundos da idade, o fisioterapeuta especialista em geriatria pensará na adoção de práticas que propiciem uma vida com uma menor possibilidade de limitação física ou de dependência cotidiana para realização de qualquer tipo de tarefa. 

 

Lucia Palma - profissional de marketing e fundadora do Portal Casas de Repouso. Vive a angústia e o prazer de conviver com a minha mãe que está hoje com 91 anos e tem doença de Alzheimer.

 

Saiba tudo sobre trombose hospitalar e seus tratamentos


Pacientes internados ou que acabaram de ter alta hospitalar possuem maior pré-disposição para desenvolver tromboembolismo venoso (TEV); em entrevista, médico alerta que pacientes, parentes e profissionais de saúde devem prestar ainda mais atenção à doença durante o período de internação
 

 

Ficar internado no hospital devido a algum problema de saúde já implica uma série de dores de cabeça aos pacientes e pessoas próximas a eles. Mas as internações podem se desdobrar em problemas ainda mais sérios, como o desenvolvimento do tromboembolismo venoso (TEV). Dados da Sociedade Internacional de Trombose e Hemostasia (ISTH) indicam que 60% dos casos de trombose ocorrem durante ou após o período de hospitalização. Além disso, determinados procedimentos médicos são considerados de maior risco para o desenvolvimento de trombose, como cirurgias ortopédicas, cirurgias plásticas, neurocirurgias, cirurgias urológicas e gineco-obstétricas, cardiotorácicas e quimioterapia em pacientes em tratamento oncológico. 

O TEV é uma condição em que ocorre a formação de coágulos do sangue, denominados trombos, nas veias. Trata-se de uma doença responsável por pelo menos 43 mil internações na rede pública brasileira em 2021, de acordo com levantamento do Sistema Único de Saúde (SUS), porém perigosa e que deve ser tratada com atenção. 

Por isso, no mês em que se lembra o Dia Mundial da Trombose, em 13 de outubro, para alertar, conscientizar e prevenir a doença, Marcelo Melzer Teruchkin, médico graduado pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), cirurgião vascular formado no Hospital das Clínicas de Porto Alegre (HCPA), membro da Sociedade Brasileira de Trombose e Hemostasia (SBTH) e de Cirurgia Vascular (SBACV) e coordenador do Grupo de Medicina Vascular do Hospital Moinhos de Vento (Porto Alegre, RS), responde perguntas importantes sobre a TEV e sua ocorrência em pacientes hospitalizados.

 

O que é trombose e quais os seus tipos?

A trombose é a obstrução (“entupimento”) de qualquer vaso sanguíneo do organismo humano. Ela pode ocorrer no sistema arterial, sendo causada, na maioria das vezes, por placas de colesterol (gordura) no sistema venoso, causada pela formação de um coágulo. A trombose arterial pode ocasionar eventos como o infarto agudo do miocárdio, a isquemia cerebral (bloqueio do fluxo sanguíneo no cérebro) ou a má oxigenação das artérias dos membros. Já a trombose venosa causa dificuldade de retorno do sangue das extremidades para a sua oxigenação nos pulmões. Nesse caso, falamos na trombose venosa profunda (TVP), que acomete uma veia profunda dos membros inferiores, e na embolia pulmonar (TEP), que ocorre quando o trombo se desloca pela corrente sanguínea e se aloja nas artérias do pulmão.

 

O que é tromboembolismo venoso e quando ele ocorre?

O tromboembolismo venoso (TEV) é a presença de trombose em alguma veia (as mais comuns ocorrem nas veias das pernas), sendo que os sintomas incluem dor, edema, enrijecimento e mudança da coloração. Em alguns casos, esse coágulo de sangue pode se desprender das veias das extremidades e se deslocar, causando uma obstrução da circulação pulmonar. Esse quadro pode acarretar casos menos graves, com dor torácica e certa falta de ar, até quadros críticos, levando à parada cardiorrespiratória e até a morte.

 

Quais os tipos mais frequentes de trombose em uma internação hospitalar?

O TEV é a principal causa de morte evitável em pacientes internados em hospitais gerais e clínicas geriátricas.

 

Quais são as condições que favorecem o tromboembolismo venoso em pacientes hospitalizados?

A trombose venosa, ao acometer pacientes internados, tem como principais causas a restrição ao leito, desidratação, paralisia de alguma parte do corpo, cirurgias, infecções, trauma, algumas medicações (como anticoncepcionais), reposição hormonal, tabagismo, alguns tipos de câncer, obesidade e gestação e puerpério.

 

Como evitar trombose no hospital?

Algumas recomendações para evitar a doença são manter-se bem hidratado, estimular a movimentação dos pacientes, controlar doenças associadas, usar dispositivos como meia de compressão, fase uso de compressão pneumática para pacientes cirúrgicos e de medicamentos anticoagulantes (em casos específicos). Além disso, também são recomendados a aplicação de protocolos institucionais para prevenção do TEV, com uma comissão de especialistas em cada hospital, e a discussão do tema entre o médico e o paciente.

 

Quem tem trombose venosa tem que ficar internado?

Cada caso deve ser analisado separadamente. De forma geral, dependendo da gravidade, um paciente pode iniciar seu tratamento no hospital e continuar em casa ou, quando a equipe médica julgar adequado, todo o tratamento pode ser feito em casa.

 

Como é o tratamento para pacientes com tromboembolismo venoso?

O tratamento é realizado mediante medicações anticoagulantes para impedir a progressão e migração do trombo. Em casos nos quais os anticoagulantes sejam contraindicados, por risco aumentado de sangramento, pode-se usar um dispositivo chamado filtro de veia cava que impede a migração do trombo para o pulmão ou outras regiões. Em casos graves, em que há risco de vida ou de perda do membro, podemos utilizar medicações que dissolvem o trombo, intervenção por meio de cateterismo (tratamento endovascular) ou até mesmo cirurgias.

 

Quanto tempo uma pessoa com trombose venosa permanece em tratamento no hospital? 

O tratamento médio da trombose é de três a seis meses, sendo que a internação hospitalar pode ser curta ou evitada, conforme o caso de cada paciente. Alguns pacientes necessitam de um tempo maior de anticoagulação, como pacientes oncológicos e pacientes acamados. Em algumas situações específicas pode ser necessário o uso da medicação por toda a vida, como nos casos de tromboses de repetição.

 

Após a alta médica, quais são os cuidados a serem tomados pelo paciente que teve trombose hospitalar?

Usar corretamente medicações prescritas e meias de compressão em caso de trombose dos membros inferiores. Também deve haver o controle das doenças associadas, obesidade, tabagismo e sedentarismo. Cuidados com sinais de sangramento (nasal, dentário, digestivo e urinário). Prevenção de acidentes com material cortante e traumas em geral. Por fim, estimular bons hábitos como hidratação, prática de atividade física e o acompanhamento médico sistemático.

 

Há alguma outra observação relevante sobre o tema que a doutora gostaria de acrescentar?

É muito importante salientar que a prevenção do TEV e seu diagnóstico e tratamento precoce minimizam a gravidade da doença e suas sequelas.

 

Sobre o Dia Mundial da Trombose

No dia 13 de outubro é lembrado o Dia Mundial da Trombose, que tem como objetivo a conscientização sobre a trombose entre profissionais da saúde, pacientes e entidades do governo e do terceiro setor. No entanto, devemos estar em alerta para essa afecção todos os dias. Em âmbito global, a campanha desta enfermidade é liderada pela Sociedade Internacional de Trombose e Hemostasia (SITH) e, no Brasil, por entidades médicas, entre as quais se destaca a Sociedade Brasileira de Trombose e Hemostasia (SBTH).


Conheça os principais riscos e cuidados da gravidez madura

Ginecologista e obstetra, Dra. Evelyn Prete esclarece as dúvidas sobre a gestação de mulheres acima de 40 anos e revela detalhes do acompanhamento e atenção na gravidez tardia

 

No dia 19 de setembro, a atriz e bailarina Claudia Raia movimentou a internet ao anunciar sua gravidez aos 55 anos de idade. A atriz brasileira, que é mãe de Enzo Celulari (25) e Sofia Raia (19), compartilhou a notícia com seus seguidores no Instagram, ao divulgar a novidade em um vídeo com a participação de seu marido e pai do bebê, o ator e cantor Jarbas Homem de Melo (53). Em virtude disso, o tema ficou entre os trending topics da web e vem levantando questionamentos e dúvidas sobre a gravidez tardia. “Não existe idade certa para engravidar. Entretanto, os óvulos de mulheres acima de 40 anos são considerados menos propícios para a fecundação, além do risco maior de aborto natural e outras intercorrências”, explica a ginecologista e obstetra Evelyn Prete. 

Estabilidade financeira, carreira e novas técnicas de controle de fertilidade são os principais fatores que favorecem e encorajam a gestação na idade avançada. “Não é regra, mas é preciso alertar que, na gravidez madura, os riscos que o bebê tem de desenvolver algum tipo de síndrome ou má formação congênita aumentam consideravelmente”, revela a médica, que é especialista em medicina fetal pela Conceptus.  

Segundo a obstetra, sócia e proprietária da clínica Alve Medicina, localizada na cidade de Guarulhos, além dos riscos para o bebê, as chances da mulher desenvolver algumas doenças crônicas durante a gravidez tardia também se agravam. “Diabetes mellitus, pré-eclâmpsia e hipertensão são as principais enfermidades que ocorrem, com maior frequência, na gravidez madura”, explica. Dessa maneira, é essencial que a gestante disponha de assistência e acompanhamento médico específico durante todas as fases da gestação, do pré-natal ao parto e também no pós-parto. 

Com o objetivo de esclarecer os principais temas e cuidados sobre a gestação na idade avançada, Evelyn elenca alguns assuntos importantes que toda mulher deve saber para uma gestação saudável. Confira, a seguir:  

 

Idade versus fertilidade

A idade afeta, diretamente, a natureza fértil da mulher. Além do número de óvulos diminuírem conforme os anos passam, os remanescentes também envelhecem, aumentando o risco de alterações genéticas e dificultando a fertilização pelos espermatozoides. Segundo a médica, para mulheres saudáveis, entre 20 e 30 anos, a chance de gravidez é de uma a cada quatro mulheres, enquanto a gestação após 40 anos é de apenas uma para cada dez. “É importante citar que a fertilidade do homem também diminui conforme a idade, porém, não como a feminina”, revela a ginecologista.   

 

Pré-natal diferenciado

A importância de realizar o pré-natal é essencial para acompanhar a saúde da mãe e do bebê, em todas as fases da vida. Porém, quando se trata de uma gravidez madura, os riscos da mulher já ter ou desenvolver doenças crônicas são maiores. “O pré-natal da gestação tardia deve ser ainda mais meticuloso e prudente. Em decorrência dos possíveis problemas, a gravidez madura exige um acompanhamento específico e de caráter preventivo, visando a saúde da mulher e do bebê”, sugere a obstetra.

 

Maior probabilidade de gêmeos ou múltiplos

Muitas mulheres que possuem dificuldade para engravidar, seja por idade ou qualquer outro fator, recorrem a reprodução assistida e este método intensifica as chances de uma gestação gemelar ou múltipla - como foi o caso da cantora e apresentadora Ivete Sangalo, que também engravidou tardiamente, aos 45 anos, das gêmeas Helena e Marina, hoje com quatro anos -, visto que são colocados mais de um embrião para aumentar as possibilidades de fecundação. “Ainda que concebida de forma natural, na gravidez tardia também há um aumento da probabilidade de uma gestação gemelar ou múltipla. Isso se deve ao fato de que, a partir de certa idade, os óvulos tendem a ovular de forma irregular, podendo ser de forma dupla e até mesmo tripla, o que aumenta as chances”, esclarece.

 

Climatério e menopausa

Termo médico utilizado para definir o período entre a fase fértil e a menopausa, o climatério é causado pela diminuição dos hormônios sexuais e corresponde à transição da fase reprodutiva para a não reprodutiva da mulher, conhecida como menopausa. Segundo a especialista em medicina fetal, ainda que as chances de engravidar durante o climatério sejam menores, em decorrência da baixa fertilidade, a ovulação ainda ocorre, mesmo que irregular e com menos efetividade. “Já na menopausa, que corresponde ao último ciclo menstrual, é necessário utilizar algum método de reprodução assistida, como a fertilização in vitro e até mesmo a ovodoação”, explica. 

 

Possíveis síndromes e malformações congênitas

Segundo a especialista em medicina fetal, na gestação madura, há uma probabilidade maior de alterações genéticas e/ou malformações congênitas. “Uma das principais alterações genéticas é a Síndrome de Down, causada por uma divisão celular atípica durante a divisão embrionária”, comenta. A médica também alerta para a importância de realizar o ultrassom morfológico durante o pré-natal. “Esse exame permite identificar possíveis malformações, além de verificar os batimentos cardíacos, idade gestacional e o sexo do bebê”, finaliza.

 

Evelyn Prete - formada em Medicina pela Universidade Cidade de São Paulo, com residência em Ginecologia e Obstetrícia pela Maternidade Jesus, José e Maria de Guarulhos, uma das maiores em volume de partos do estado de São Paulo. Passou por estágios nos hospitais Pérola Byngton e Unifesp e, atualmente, é especialista em Medicina Fetal pela Conceptus, além de sócia-proprietária da clínica Alve Medicina, em Guarulhos e realiza atendimento de ginecologia, obstetrícia e medicina fetal na Unimef Conceptus – Unidade de Medicina Fetal, no bairro do Paraíso, em São Paulo. 


Como Melhorar Sua Saúde Mental e Emocional: Conheça Hábitos Para se Livrar do Estresse

Padrões de pensamento preocupantes e ruminantes muitas vezes podem ser desencadeados pelo estresse. Esse tipo de pensamento é, na verdade, um mecanismo de enfrentamento para algumas pessoas -- embora não seja particularmente útil. 

O estresse persistente ao longo do tempo é um risco para a saúde porque aciona o sistema nervoso simpático do seu corpo, que é responsável pela sua resposta de luta ou fuga. Quando essa resposta é ativada, o corpo começa a bombear uma enxurrada de hormônios, como a adrenalina, que lhe dá energia para fugir do perigo.

Também libera cortisol, que tem inúmeras funções no corpo, como ajudar a regular o metabolismo e o sistema imune. Embora essa resposta possa ser útil no caso de uma emergência repentina, como ser perseguido por um cão agressivo, a exposição contínua a níveis elevados desses hormônios pode produzir inflamação no corpo e diminuir sua resposta imune. 

A hipnoterapeuta, Madalena Feliciano, cita que as mulheres por exemplo, muitas vezes não percebem o quanto estão sob estresse. Costumamos usar muitos chapéus -- em nossas carreiras profissionais e como mães, esposas e filhas. Fazemos tudo. As mulheres geralmente realizam várias tarefas e são ótimas em criar listas de tarefas e cuidar de todos os outros. Mas muitas vezes negligenciamos nossas próprias necessidades ou nos colocamos em último lugar na lista. 

O estresse crônico pode produzir uma série de sintomas físicos desagradáveis, como aperto no peito e dificuldade para respirar, palpitações cardíacas, problemas digestivos, insônia e enxaquecas. Também induz mudanças em sua saúde mental, fazendo com que você se sinta ansioso ou deprimido. 

Considerando isso, Madalena Feliciano conta que existem vários passos que você pode tomar para mudar esses padrões prejudiciais à saúde, melhorar sua saúde mental e emocional e manter o seu cérebro saudável:

Defina um limite

Compreenda que, de vez em quando, é normal reconhecer pensamentos e preocupações negativas. Mas quando esses pensamentos e preocupações surgirem, estabeleça um limite de quanto tempo você se permite focar neles. Por exemplo, diga: “Vou pensar sobre essa preocupação ou falar com um amigo sobre isso do meio-dia às 13h de hoje, mas depois tenho que passar para outra coisa”.
 

Adote hábitos saudáveis para o cérebro

Muitos dos passos que você segue para proteger a sua saúde física também são eficazes na promoção do seu bem-estar mental geral e da sua saúde cerebral. Isso inclui seguir uma dieta saudável rica em frutas e vegetais, praticar atividade física regular, socializar-se com amigos e familiares, dormir o suficiente, estar aberto para novas experiências e participar de atividades que lhe proporcionem uma sensação de alegria e de propósito.
 

Procure ajuda

As ideias listadas acima são os princípios básicos por trás de uma prática conhecida como terapia cognitivo-comportamental. Se você não conseguir mudar os seus padrões de pensamento por conta própria, consulte um profissional capacitado que poderá te ajudar a encontrar melhores maneiras de lidar com o estresse e a ansiedade, “a hipnoterapia por exemplo, também chamada de hipnose clínica, consiste na aplicação de técnicas hipnóticas como ferramentas terapêuticas. Dessa forma, a hipnoterapia é utilizada como auxílio para o tratamento de transtornos emocionais e físicos, assim como para combater hábitos e sentimentos indesejáveis.” explica a hipnoterapeuta.
 

Entendendo a respiração e faça dela um hábito

O estresse pode prejudicar sua respiração quando você não está ciente disso. Seu peito tende a apertar à medida que seus níveis de tensão aumentam. 

As pessoas também podem prender a respiração ou respirar irregularmente quando estressadas. A respiração pode tornar-se mais superficial, fazendo com que o ar viciado permaneça nos pulmões em vez de ser expelido. Isso evita que o ar novo flua da maneira que deveria. A inalação fica mais curta, o que por sua vez limita a quantidade de ar usado que pode ser exalado. Isso leva à respiração torácica. 

Para voltar ao hábito, as pessoas devem incorporar sessões breves e conscientes de respiração profunda em seu dia. Os exercícios de respiração podem ajudá-lo a ativar o sistema nervoso parassimpático, que contraria o sistema nervoso simpático. O sistema nervoso simpático prepara o corpo para agir, e o sistema nervoso parassimpático entra em ação quando você está relaxado, regulando sua frequência cardíaca em repouso, metabolismo e outras funções corporais básicas.
 

Faça uma pausa

A razão pela qual as pessoas geralmente não percebem a resposta ao estresse do corpo é porque estão ocupadas. Para reconhecer melhor o estresse, você precisa parar periodicamente e escutar seu corpo. A especialista, Madalena Feliciano comenta que quando nos tornamos mais autoconscientes, começamos a perceber os sinais de angústia, como contração e tensão muscular.
 

Alongue seus músculos

Ao fazer suas pausas diárias, incorpore alguns alongamentos simples para ajudá-lo a reconhecer os músculos tensos e relaxá-los. Faça alguns movimentos lentos do pescoço, alongue o tronco girando de um lado para o outro ou faça alguns círculos com os ombros. Alivie a tensão das costas, curvando-se para tocar os dedos dos pés com as pernas retas.
 

Concentre-se em si mesma

As mulheres muitas vezes sentem que estão sendo egoístas se reservarem um tempo para si mesmas. Mas fazer isso é crucial para o seu bem-estar. Portanto, reserve alguns minutos por dia para fazer algo que você goste, sem um objetivo em mente. 

“Em última análise, você pode não ser capaz de parar os estressores da vida, mas pode aprender a responder a eles de uma maneira mais positiva, evitando assim, problemas mais graves para o seu corpo e o desenvolvimento de crises de ansiedade.” finaliza Madalena Feliciano. 

 

Madalena Feliciano - Empresária, CEO de três empresas, Outliers Careers, IPCoaching e MF Terapias, consultora executiva de carreira e terapeuta, atua como coach de líderes e de equipes e com orientação profissional há mais de 20 anos, sendo especialista em gestão de carreira e desenvolvimento humano. Estudou Terapias Alternativas e MBA em Hipnoterapia. Já concedeu entrevistas para diversos programas de televisão abordando os temas de carreira, empregabilidade, coaching, perfil comportamental, postura profissional, hipnoterapia e outros temas relacionados com o mundo corporativo. Master Coach, Master em PNL e Hipnoterapeuta, Madalena realiza atendimentos personalizados para: Fobias, depressão, ansiedade, medos, gagueira, pânico, anorexia, entre muitos outros.


Estatinas são recomendadas para a prevenção primária de doenças cardiovasculares em adultos

 

A Força-Tarefa de Serviços Preventivos dos EUA (USPSTF) concluiu que pessoas de 40 a 75 anos com alto risco de doença cardiovascular (DCV) devem receber estatinas. Essa descoberta constitui a base de uma recomendação final publicada na edição de 23/30 de agosto do Journal of the American Medical Association. 

Roger Chou, da Oregon Health & Science University em Portland, e colegas atualizaram a revisão de 2016 sobre estatinas para prevenção primária de DCV. Os dados foram incluídos a partir de 26 estudos. Os pesquisadores descobriram que as estatinas estavam significativamente associadas a um risco reduzido de mortalidade por todas as causas, acidente vascular cerebral, infarto do miocárdio e desfechos cardiovasculares compostos (razões de risco, 0,92, 0,78, 0,67 e 0,72, respectivamente); a associação com mortalidade cardiovascular não foi estatisticamente significativa. Em grupos definidos por características demográficas e clínicas, os benefícios relativos foram consistentes, mas os dados foram limitados para aqueles com mais de 75 anos. 

Com base nesses achados, a USPSTF recomenda que as estatinas sejam prescritas para prevenção primária de DCV em adultos de 40 a 75 anos sem histórico de DCV e com um ou mais fatores de risco e um risco estimado de evento de DCV em 10 anos de 10% ou maior (recomendação B). Para adultos de 40 a 75 anos sem histórico de DCV, que têm um ou mais desses fatores de risco e um risco estimado de evento de DCV em 10 anos de 7,5 a <10%, as estatinas podem ser oferecidas seletivamente (recomendação C). Para aqueles com 76 anos ou mais sem histórico, as evidências são insuficientes para determinar o equilíbrio entre benefícios e malefícios do uso de estatinas (afirmação I).> 

"As estatinas previnem de forma eficaz e segura os primeiros ataques cardíacos e derrames para algumas pessoas", disse o membro da USPSTF, John Wong, MD, em um comunicado. "Se alguém deve começar a tomar uma estatina, depende da idade e do risco de ter um primeiro ataque cardíaco ou derrame".


 

Rubens de Fraga Júnior - professor de Gerontologia da Faculdade Evangélica Mackenzie do Paraná (FEMPAR) e é médico especialista em Geriatria e Gerontologia pela Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG).

 

Fonte: 

Evidence Report
Final Recommendation Statement
Editorial 1
Editorial 2
Editorial 3
Editorial 4

 

Dores crônicas: é possível tratar e eliminá-las de vez?

Substância da indústria farmacêutica que caiu em desuso, pode ser a esperança dessas pessoas. 

 

Segundo dados da Sociedade Brasileira de Estudos da Dor (SBED) em média 30% e 50% da população brasileira possuem sintomas de dores crônicas. Pessoas que lidam com esse tipo de problema sofrem não apenas com a dor, mas com toda a influência que ela causa em sua vida, atingindo não apenas a Saúde-Física mas também a Intelectual, Socio-afetiva, Profissional, Espiritual e até financeira.

Diante do impacto que uma dor crônica pode ter na vida de alguém, é comum que as pessoas busquem todo tipo de recurso para eliminá-las, porém nem sempre é fácil apontar as causas dessas dores permanentes e desconfortáveis, mesmo com exames e diversos tratamentos. Na maioria dos casos, dores crônicas estão associadas a manifestações do próprio corpo, ou seja, ele está respondendo de acordo com as mensagens que recebe do sistema nervoso vegetativo, que controla a maioria das funções viscerais do organismo, considerado como parte do sistema motor.

O sistema nervoso vegetativo está presente nos músculos lisos, músculo cardíaco, glândulas e parte do tecido adiposo e seu funcionamento também está associado aos estímulos externos, ou seja, quando nosso corpo sofre algum tipo de trauma (cortes, machucados, emocionais, impactos, entre outros), nosso sistema nervoso vegetativo é diretamente impactado, influenciando no funcionamento do nosso corpo.

De acordo com o Prof. Ms Leonardo Kenji Nakamura, ao longo da vida, nosso sistema nervoso vegetativo registra diversos eventos, sofrendo alterações em sua performance. “Esses eventos registrados no sistema nervoso vegetativo alteram a comunicação do organismo, causando dores, entre outras sensações” – comenta.

Ou seja, nem sempre as dores crônicas estão associadas a eventos recentes ou pontuais, elas podem estar registradas no seu organismo há anos e se manifestarem em períodos diferentes e em locais opostos ao trauma. “Uma cicatriz na perna, por exemplo, pode ser a causadora de uma dor lombar crônica” – afirma o dr. Leonardo.

Embora seja mais complexo, é possível chegar ao diagnóstico por meio de uma investigação. A avaliação do paciente é baseada no histórico de vida, exames físicos, inspeção e palpação e radiografias que identificam onde estão os campos com irritabilidade, para iniciar um tratamento.

O que muita gente não sabe é que uma substância que por muitos anos foi usada como anestésico e está caindo em desuso, pode ser a chave para a cura dessas dores -  a Procaína. Estudos feitos por universidades europeias apontam que doses especificas de procaína podem regular o sistema nervoso vegetativo, restabelecendo essas terminações e realinhando seu funcionamento.

O tratamento que faz uso do fármaco é conhecido como Terapia Neural. O método usa injeções de procaína – substância bacteriostática de efeito analgésico, em regiões especificas do corpo com o objetivo de reativar os mecanismos de autoregulação que o próprio organismo produz, levando a uma nova ordem através da própria força vital. É anti-histaminico, anti-inflamatório, relaxante muscular, inibe inflamações, tem ação antialérgica e é vasodilatadora, regulando a circulação. Entre outras ações, exerce uma influência direta sobre as funções vitais celulares, protegendo da despolarização electrostática. O método faz parte do hall de tratamentos da medicina integrativa e faz parte da lista de práticas integrativas presentes no Sistema Único de Saúde (SUS).

Os resultados já são sentidos na primeira sessão. Após a avaliação e as primeiras aplicações, o paciente já sente uma melhora significativa na dor, em alguns casos, saindo da sessão sem dor alguma. Ao longo dos dias, é comum em que, destravados alguns traumas, o paciente sinta diferença até em seu comportamento ou na mudança de padrões de pensamento em relação a diversos assuntos. A dor muitas vezes nos paralisa, influencia até nos padrões de pensamentos que temos. 

 

Prof. Ms Leonardo Kenji Nakamura - Fisioterapeuta e enfermeiro, é Mestre em Psicogerontologia – Educatie e formado em Acupuntura, pela universidade de Chengdu, na China. Pós-graduado em Fisiologia do Exercício na saúde, Fisioterapia do Esporte, Fisioterapia dermatofuncional e Quiropraxia. Professor de pós-graduação em Ozonioterapia e especialista em terapia neural.


25% dos bariátricos podem apresentar a troca de compulsão


O cirurgião do aparelho digestivo Dr. Rodrigo Barbosa, da capital paulista, explica que esse é um tema que tem que ser abordado antes da cirurgia na consulta pré-operatória do paciente para compreender a dinâmica do álcool na vida do paciente, porque o álcool é um problema que, muitas vezes, começou antes e, após a bariátrica, pode agravar.

O médico explica que o paciente que ingere álcool - nem que seja uma vez por semana - já tem um hábito que faz parte da vida e precisa ser olhado. Além disso ser um grande fator no reganho de pós após a cirurgia, há ainda a questão que envolve a compulsão, que pode ser trocada pelo hábito de comer, pelo de beber. “É comum que paciente com indicação de bariátrica não comam para se satisfazer do ponto de vista calórico. Elas comem para satisfazer do ponto de vista emocional e do ponto de vista social”, fala.

Dr. Rodrigo ressalta que ao analisar a população de obesos submetidos à bariátrica, 25% deles chegam a ter problemas com álcool. Esse pode ser um efeito também pós cirúrgico já que a partir do momento em que elas vão ganhando autoestima pela perda de peso, naturalmente vão trocando as roupas, vão entendendo que a dinâmica social se tornar outra, começam a sair mais e o álcool passa a estar mais presente na vida. “Então, o paciente acaba trocando um problema por outro”, alerta.

Toda essa triagem tem que ser abordada em conjunto do cirurgião, do psicólogo, do nutricionista e fazer entender que regra é regra e exceção é exceção. “Qualquer dose de álcool, desde que seja de modo repetitivo, semanal pode ser considerado um problema para quem precisa ser submetido à bariátrica, para quem precisa perder peso e para quem já tem alguma compulsão -- seja ela qual for”, finaliza. 

 

Dr. Rodrigo Barbosa - cirurgião do aparelho digestivo. Médico graduado pela Faculdade de Ciências Médicas da Paraíba com internato médico pelo Hospital Sírio-Libanês - SP. Cirurgião geral pela Faculdade de Medicina da Santa Casa de São Paulo e cirurgião do aparelho digestivo pela Faculdade de Ciências Médicas da Paraíba. Especialista em coloproctologia pelo Hospital Sírio-Libanês-SP e titulação de mestrado pelo Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual de S. Paulo (IAMSPE).

Outubro Rosa: Conheça mitos e verdades sobre o câncer de mama

Em tempos de fake news, Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica aproveita o mês de conscientização sobre o câncer de mama para esclarecer dúvidas sobre a doença 

 

Criada nos anos 90, o Outubro Rosa se tornou uma das campanhas mais conhecidas para a conscientização sobre o câncer de mama. Com o intuito de difundir informações e adotar medidas de prevenção para esse tipo de tumor, o movimento busca fomentar o diagnóstico precoce, que significa maior chance de sucesso no tratamento e na cura. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), este é o segundo câncer que mais acomete mulheres no Brasil, e até o fim de 2022 são esperados mais de 66 mil novos casos1.

Por isso, no mês do movimento mundial para a conscientização e combate deste tumor, as oncologistas Daniela Rosa e Laura Testa, membros do Comitê de Tumores Mamários da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), esclarecem uma série de mitos e verdades para elucidar alguns conceitos sobre o câncer de mama e chamar atenção para o rastreamento e a prevenção dessa doença tão frequente no país.


Desodorante pode causar câncer de mama                                                                                                                             

Mito. Estudos demostram que a axila pode absorver os componentes dos antitranspirantes, como o alumínio, que se alojam nas mamas. No entanto, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) afirma que não existe comprovação científica de que a formulação contribua para o desenvolvimento do câncer de mama.


Atividades físicas ajudam na prevenção do câncer de mama

Verdade. Segundo o INCA, a obesidade e o sedentarismo estão ligados ao risco de desenvolvimento da doença3. Por isso, a prática regular de atividades físicas, sendo no mínimo 150 minutos por semana, pode diminuir o risco do câncer de mama.


Câncer de mama só aparece em quem tem histórico familiar

Mito. As estatísticas mostram que apenas 10% dos casos têm origem hereditária, de acordo com dados do INCA4. Ou seja, as medidas preventivas são essenciais para qualquer pessoa. “Apesar disso, o histórico familiar influencia quando o parentesco é de primeiro grau, ou seja, se a mãe, a irmã ou a filha foram diagnosticadas. E ainda mais quando o tumor apareceu antes dos 40 anos. Nesse caso, a mulher deve redobrar a atenção e procurar o médico para a orientação da conduta adequada” completa a Dra. Daniela Rosa.


Mulheres mais velhas têm maior chance de desenvolverem o câncer de mama

Verdade. Segundo a organização americana Breast Cancer5, dois em cada três casos de câncer de mama ocorrem em mulheres acima dos 55 anos de idade. Ou seja, há uma relação direta entre a idade e o desenvolvimento da doença. Porém, o rastreamento e a prevenção da doença devem ser feitos antes dessa idade.


Quem faz autoexame não precisa fazer a mamografia 

Mito. Embora o autoexame seja um aliado, nem sempre o nódulo é palpável, pois depende da sua localização e extensão. Ademais, o chamado “caroço no seio” não é o único sinal do câncer de mama. Por isso, mesmo que seja desconfortável, a mamografia é fundamental para o diagnóstico precoce. “O exame analisa microcalcificações, nódulos menores e irregularidades no entorno da mama. Além disso, é ideal que todas as mulheres, sobretudo as de 40 anos ou mais, façam o exame anualmente. No Brasil, há uma lei federal que garante esse direito” explica a Dra. Daniela Rosa.


Amamentar diminui o risco de câncer de mama

Verdade. A Dra. Laura Testa explica que durante a produção de leite as células mamárias se multiplicam em menor quantidade, reduzindo o risco da doença. “Fora isso, a amamentação diminui o número de ciclos menstruais e, por consequência, diminui a exposição da mulher a certos hormônios que podem estar ligados a tumores, como o estrogênio”.


Todo caroço na mama é início de um câncer

Mito. Os nódulos mamários são comuns e a maioria é benigno, ou seja, não se desenvolvem em câncer. Ainda assim, se notar o surgimento de um nódulo novo, este deve ser avaliados em consulta.

 

 SBOC – SOCIEDADE BRASILEIRA DE ONCOLOGIA CLÍNICA  


Psicodermatologia: lesões de pele influenciam na saúde mental da população

Adolescente com acne, quadro que desencadeou a depressão
Divulgação
Pesquisas brasileiras na área mostram que o estresse, ansiedade e depressão são as doenças mais enfrentadas por pessoas com doenças de pele 

 

O surgimento das lesões ou doenças de pele influenciam diretamente nas emoções, inclusive em quadros crônicos, segundo a Psicodermatologia. O estresse, depressão e ansiedade, além de doenças de saúde mental - emocionais, cognitivas e comportamentais, estão entre os gatilhos que podem desencadear a acne, por exemplo, inflamação muito comum entre jovens e adolescentes.

De acordo com o estudo do Brazilian Journal of Health Review, essa situação pode ser explicada pela importância que a imagem tem, principalmente para os adolescentes e pelo impacto da pele na qualidade de vida dos jovens e nos problemas ocorridos com a pele, que podem levar à baixa autoestima, revolta, ansiedade e depressão.

A médica especialista em Dermatologia, Flávia Villela, explica os avanços que acontecem em casos frequentes da atualidade: ‘’A acne é um reflexo de quadro psicodermatológico porque atinge as emoções dos pacientes, provocando reações características e visíveis na pele, desde vermelhidão e simples cravos à espinhas cheias de pus e grandes caroços sensíveis. Os problemas de autoimagem, autoestima, elevação do nível de estresse, do humor deprimido e outros relacionados à qualidade de vida, também fazem com o que o paciente se culpe, imaginando a reprovação da sociedade ao ver a sua pele reativa naquele momento e até possíveis dúvidas sobre o contágio, que às vezes não existe’’, diz.


Queixas dermatológicas faciais e corporais

É preciso compreender de fato a interação da mente com o corpo e buscar amenizar e controlar os altos níveis de estresse e ansiedade, que além da acne, podem causar queda capilar, manchas de melasma e outras queixas dermatológicas faciais e corporais que surgem nesse período. As pesquisas tratam a influência das afecções dermatológicas nos aspectos emocionais dos indivíduos, onde fatores psicológicos e emocionais ‘’provocam’’ o sistema imunológico para reagir e tentar proteger o corpo humano.

A consequência do sofrimento mental pelo foco no impacto social é a população oprimindo a saúde, dando lugar ao pensamento ansioso, pessimista e melancólico para a sua rotina, o que pode ocasionar o aumento das crises dessas doenças.

‘’Existem mecanismos para gerenciar essas questões, como a prática de exercícios físicos, alimentação saudável, meditação, lazer com amigos e família, mas a busca por profissionais da área da saúde é indispensável. Por isso, é tão importante que o paciente visite regularmente o seu médico dermatologista, para obter a indicação do tratamento ideal, seja através da terapia, medicamentos ou tratamentos estéticos específicos e focados nas doenças de pele, cabelo, unhas e demais sintomas ’’, ressalta a especialista.

 

Tratamento preventivo na infância pode evitar uso de aparelho ortodôntico na adolescência

Alguns anos atrás era comum os jovens desfilarem seus sorrisos metálicos, até que surgiram os aparelhos estéticos e até transparentes, fazendo com que os mais envergonhados encarassem o tratamento de forma mais tranquila. No entanto, para além dos avanços do material utilizado na sua produção, a própria ortodontia avançou. E hoje, com tratamentos já a partir da infância, é possível evitar alguns problemas que futuramente necessitariam de aparelho para corrigi-los. 

A odontopediatra e ortodontista Vivian Farfel explica que boa parte dos problemas resulta do mau desenvolvimento facial da criança, que pode ter diferentes causas. "A ortodontia integrativa permite reconhecer quando o rosto de uma criança está crescendo incorretamente e entender o que pode ser feito para influenciá-lo. Se essas causas são identificadas e tratadas precocemente, muitos problemas ortodônticos podem ser evitados", alerta a especialista.

Ela explica que, por várias razões, a maioria das crianças consideradas "normais", entre 3 e 4 anos de idade, adota uma postura errada e permanece de boca aberta por mais de 80% do tempo. "A postura de boca aberta, a respiração bucal e a postura errada da língua são as principais causas de crescimento facial desfavorável, bases ósseas subdesenvolvidas e dentes tortos em crianças. Mas é possível reverter isso por meio da ortodontia integrativa", garante Vivian Farfel. 

Portanto, se o desenvolvimento das bases ósseas for corrigido em tenra idade, os dentes permanentes terão uma chance maior de alinhamento, diminuindo ou eliminando totalmente a necessidade de aparelhos ortodônticos na adolescência. Ou seja, ao contrário do que muitos pais fazem, não é recomendado que esperem até que todos os dentes permanentes estejam na boca, o que geralmente acontece entre 11 e 12 anos de idade.

“Quando se trata de modificação do crescimento da face, sete ou oito anos de idade já pode ser tarde demais. Nessa faixa etária, 90% do crescimento facial estará completo e as chances de influenciar o crescimento facial serão muito pequenas. Logo, é na infância que conseguiremos guiar o crescimento e desenvolvimento e conseguir maior harmonia da face, mais saúde e garantia de dentes alinhados sem necessidade de contenção", conclui a especialista.


5 tendências da saúde digital a serviço do coração


A saúde digital está chegando a passos lentos e de forma bastante atrasada no Brasil, mas definitivamente em boa hora. Apesar de ainda não podermos contar com a telemedicina como parte da rotina, como já acontece no sistema de saúde de países mais evoluídos, a exemplo da Inglaterra, essa metodologia é muito valiosa para ampliar o acesso à saúde nas cidades mais afastadas das capitais, seja em uma primeira consulta, para resolver problemas pontuais ou para realizar o acompanhamento de pacientes. 

Na cardiologia não é diferente. Mesmo com limitações, o atendimento médico especializado intermediado por tecnologia consegue ser resolutivo em até 80% dos casos, auxiliando principalmente pacientes com hipertensão arterial -- doença cardíaca com maior índice de casos no país. Além disso, a telemedicina também é capaz de aproximar o profissional de saúde do paciente, garantindo um atendimento de maior qualidade. 

Confira 5 tendências da saúde digital a serviço do coração:
 

Telemonitoramento

Condições crônicas de saúde, especialmente doenças cardiovasculares e metabólicas, as quais dependem de indicadores para dar sequência ao atendimento, podem tirar proveito do telemonitoramento com dispositivos eletrônicos, como smartwatches, roupas inteligentes, smart rings e dispositivos embarcados no celular, a fim de monitorar dezenas de indicadores de saúde, ente eles o nível de pressão arterial, a frequência cardíaca e o número de passos diários.
 

5G

Graças à latência extremamente baixa (redução no tempo entre o comando e a execução) e ao alto grau de confiabilidade proporcionado pelo 5G, a cirurgia robótica ganha muito em precisão, viabilizando até mesmo procedimentos cardíacos.
 

Interoperabilidade de dados

A saúde hoje em dia ainda é muito fragmentada. Ou seja, os sistemas hospitalares não conversam entre si. A interoperabilidade de dados chega como uma tendência de prontuário único, com compartilhamento de informações armazenadas em nuvem, para uma melhor tomada de decisão médica, principalmente em casos cardíacos de urgência.
 

Telemedicina mais armada

O atendimento médico mediado por tecnologia vem ganhando cada vez mais dispositivos. Hoje já existem equipamentos como estetoscópios digitais -- que permitem a escuta cardíaca e respiratória à distância, além de câmeras de alta definição, com adaptadores para ver ouvidos, gargantas e lesões de pele, e tradutores de ultrassom.
 

Inteligente Artificial

O desenvolvimento da IA auxilia cada dia mais na assistência do paciente. Aliada ao telemonitoramento com smartwatch capaz de aferir batimentos cardíacos, por exemplo, ela pode fazer uma derivação eletrocardiográfica e identificar a presença de arritmias cardíacas, alertando o médico ou a equipe de enfermagem.

 

Dr. Denilton da Silva Guedes Oliveira - Médico Cardiologista parceiro da Docway, empresa pioneira em soluções de saúde digital.


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