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segunda-feira, 3 de outubro de 2022

A SAÚDE BUCAL DAS CRIANÇAS É MUITO IMPORTANTE!

SAIBA O QUE HÁ DE MAIS MODERNO E EFICIENTE PARA LIMPAR E PRESERVAR OS DENTES 

Uma boa higiene bucal promove qualidade de vida e ajuda a manter os dentes permanentes por toda vida 

 

Cuidar dos dentes desde cedo, preserva-os e os torna mais saudáveis. Além disso, uma boca saudável leva a um corpo saudável e por isso é importante cuidar da saúde bucal das crianças. 

Ao tratar precocemente os problemas orais dos pequenos, o dentista pode detectá-los antes que ocorram danos permanentes. Mas, a partir de que idade se deve levar a criança à primeira consulta dental? A Dra. Denise Carvalho, Mestre e especialista em Odontopediatria e Presidente da Associação Brasileira de Odontopediatria do Rio de Janeiro (ABOPERJ), explica que existe um consenso mundial de que a criança deve ir ao odontopediatra no primeiro ano de vida ou no momento do nascimento do primeiro dente. 

Já que a ida ao consultório do dentista deve acontecer em tenra idade, a primeira consulta será de avaliação e orientação aos pais quanto à higienização. “As famílias devem receber informações sobre sintomas relacionados ao nascimento dos dentes, quais utensílios usar para higiene bucal, infecções virais que apresentam repercussão bucal, importância da alimentação saudável, da mastigação, da respiração, ordem de nascimento dos dentes, hábitos de sucção e suas consequências, além de anteciparmos como proceder em casos de trauma dental. No exame físico as estruturas bucais como freios, bridas, mucosas, dentes, forma dos arcos já são avaliadas”, explica Ana Carla Robatto, especialista em Odontopediatria e Ortodontia e cirurgiã-dentista da Clínica Éfika Odontologia Digital, de Salvador.
 

Dente de leite x Dente definitivo 

A primeira dentição possui características distintas e é tão importante quanto a que será definitiva. “Os dentes de leite (decíduos) são menos mineralizados, por isso mais brancos (daí a expressão ‘de leite’) e têm uma anatomia diferente dos dentes permanentes que são mais mineralizados e com coloração mais amarelada”, relata Dra. Denise. 

“Os dentes decíduos são menores em todas as suas dimensões quando comparados aos permanentes. A quantidade de esmalte, dentina e polpa (tecidos dentais) obviamente é reduzida, por isso as lesões de cáries parecem progredir mais rapidamente nos dentes decíduos”, completa Dra. Ana Carla. 

Apesar das diferenças em tamanho, cor e quantidade de tecidos dentais, as duas dentições demandam cuidados e atenção. É importante salientar que não há recomendação da higiene da boca antes da presença dos dentes.
 

Os primeiros tratamentos

Nas crianças, um dos primeiros tratamentos é a profilaxia dentária, que é o procedimento de limpeza dos dentes feita por um dentista. Por meio dessa intervenção é removida a placa bacteriana (biofilme) da superfície dentária, proporcionando a melhor saúde bucal. “A profilaxia dental é importante para a criança entender o que é o biofilme e como ele pode influenciar negativamente na saúde bucal”, diz a Dra. Denise Carvalho. 

Para Ana Carla Robatto, a profilaxia dental periódica ajuda no controle das bactérias bucais e auxilia na manutenção da saúde dos tecidos dentais e de suporte. “A periodicidade das consultas permite que consigamos reforçar os hábitos para manter a saúde bucal, diagnosticar lesões de cárie iniciais e acompanhar o crescimento e desenvolvimento dos maxilares”, alerta a especialista. 

Embora os pacientes, em especial as crianças, manifestam “medo de ir ao dentista”, a dor, a sensação ruim do som estridente dos equipamentos, a água fria, constituem fatores que contribuem negativamente para a aderência às consultas de acompanhamento. A prática da profilaxia dental profissional moderna, agora conta com alguns métodos que ajudam a eliminar a placa bacteriana (biofilme) e o tártaro (enrijecimento da placa bacteriana) da dentição e da gengiva, de modo eficiente e indolor. 

Com o avanço da tecnologia, hoje os especialistas contam com um moderno protocolo que proporciona bem-estar e conforto aos pacientes. Trata-se da Guided Biofilm Therapy® (GBT -- Terapia Guiada pelo Biofilme), que propicia a revelação do biofilme, tornando-se possível visualizá-lo a olho nu e guiar o profissional para eliminá-lo eficientemente com o jateamento de um pó especial, o AIR-FLOW® Plus, extremamente fino e que preserva os tecidos bucais. 

“O protocolo GBT é lúdico e confortável, fazendo com que a criança curta ir ao dentista e tenha mais consciência sobre a necessidade de ter uma boa higiene. Outro ponto importante é que ele é essencial para o paciente que está em tratamento ortodôntico com aparelho fixo ou alinhadores invisíveis. Estes dispositivos usados para alinhar os dentes geralmente têm brackets ou attachments que ficam colados aos dentes, aumentando o acúmulo de biofilme e predispõem o paciente a lesões de cárie que surgem como manchas brancas. São manchas que comprometem muito a estética e a saúde do sorriso”, comenta a Presidente da ABOPERJ. 

“A GBT ajuda na motivação da manutenção da saúde bucal dos pacientes jovens. Trata-se de processo educativo, pois permite que o agente etiológico das doenças bucais, as bactérias, sejam visualizadas pelo paciente. Isso possibilita ao dentista identificar os locais mais vulneráveis e traçar estratégias para melhorar. Por exemplo: as crianças que escovam com a mão direita, normalmente higienizam melhor o lado esquerdo. Assim, orientamos que ao fazer a higiene a criança lembre de caprichar dos dois lados”, explica a Dra. Ana Carla. “Outro exemplo: alguns adolescentes têm resistência em usar o fio dental com frequência. Quando evidenciamos o biofilme e usamos o fio dental conseguimos mostrar o quanto este item é importante no controle da placa bacteriana. Eles conseguem ver o fio dental em ação e ficam impressionados vendo como o fio remove o biofilme entre os dentes”, conta. 

Para as duas especialistas, que atuam em estados diferentes, o melhor da GBT é o fato dela envolver o paciente no processo de autocuidado da saúde bucal mostrando onde deve ser melhor higienizado. Além disto a GBT é minimamente invasiva preservando ao máximo os tecidos dentais e é indolor ao paciente. O dentista deve orientar e sugerir estratégias para que o paciente consiga realizar sua higiene da melhor forma. “Não é mágica! É um processo educativo e interativo”, finaliza Robatto.

 

SEM - Electro Medical System

 

Câncer de Mama - As Três Perguntas que Salvam

Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama - FEMAMA propõe três reflexões como forma de encorajar o diagnóstico precoce, informar sobre os novos tratamentos e estimular o letramento sobre câncer de mama à população

 

Em 2022 a Campanha Outubro Rosa da FEMAMA - Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama - consolida uma sequência de questionamentos que levam reflexão à população. A campanha é baseada em três perguntas que reforçam a importância do diagnóstico precoce e estimulam a busca por informações sobre os avanços tecnológicos dos tratamentos. “As três perguntas desse ano expressam as nossas dificuldades, como brasileiros e brasileiras, e direcionam as atenções para reduzir os índices de mortalidade relacionados ao câncer de mama”, afirma Maira Caleffi, mastologista, Chefe do Serviço de Mastologia do Hospital Moinhos de Vento e Presidente Voluntária da Femama. O cenário da doença no Brasil exige atenção e não faltam dados que apontem para essa emergência agravados com a pandemia do COVID.


Câncer de mama no Brasil

Uma em cada 12 mulheres serão diagnosticadas com câncer de mama no Brasil. Essa informação impactante pode ser amenizada quando se depara com outro dado: 95% dos casos de câncer de mama tem chances de cura quando diagnosticados e tratados na fase inicial da doença. Essa é uma prova de como a informação é uma ferramenta crucial para lidar com a doença e também para exigir o cumprimento das leis que defendem os pacientes. “Precisamos cobrar mais investimentos na atenção primária, nos postos de saúde, que são as portas de entrada no SUS para solicitar exames de mama, realizar biópsias em até 30 dias (Lei n.º 13.896/2019) e iniciar o primeiro tratamento via Sistema Único de Saúde em, no máximo, 60 dias após o diagnóstico (Lei 12.732/12). As leis precisam ser cumpridas”, reforça a Dra Maira Caleffi, mastologista, Chefe do Núcleo Mama do Hospital Moinhos de Vento e Presidente Voluntária da Femama.


Garantido por lei

O direito à realização do exame gratuito para mulheres acima dos 40 anos, via SUS, é garantido pela Lei n° 11.664 e apoiado pelas principais sociedades médicas. A mamografia, aliada ao autocuidado e ao conhecimento do próprio corpo, são caminhos fundamentais contra o câncer de mama. Importante lembrar que o exame de mamografia deve ser realizado anualmente por mulheres a partir desta faixa etária, uma vez detectado um nódulo ou lesão pequena na mama. é o melhor caminho para a cura. O diagnóstico tardio, que já passa dos 50% dos casos no pós-pandemia, aumenta os índices de mortalidade. “Observe o seu corpo, interprete os sinais, procure atendimento e mantenha-se informada para priorizar sempre a sua saúde!”, recomenda a Dra Maira. Conheça, a seguir, as três perguntas que salvam e mais informações sobre o câncer de mama.

 

AS TRÊS PERGUNTAS QUE SALVAM 

1. Sabia que descobrir antes aumenta as chances de cura?

Quando diagnosticado e tratado na fase inicial da doença, as chances de cura do câncer de mama chegam a até 95%. Mantenha seus exames em dia, cuide de você e de quem você ama!

2. Você conhece os tratamentos para cada tipo de câncer?

Conhecer mais sobre o tipo de câncer e os tratamentos disponíveis é seu direito! Cada tipo de câncer tem um tratamento. Há vários tipos de câncer de mama. Alguns se desenvolvem rápido enquanto outros crescem lentamente. A maioria dos casos, quando tratados precocemente, apresentam bom prognóstico. Questione o seu médico e mantenha uma rotina saudável.

3. Você conhece os avanços da ciência contra o câncer de mama?

Sobretudo nos últimos 10 anos, os avanços científicos e tecnológicos trouxeram novas perspectivas para o combate ao câncer.Exames que permitem a identificação precoce de tumores, novos medicamentos, imunoterapia, marcadores moleculares e técnicas de cirurgia minimamente invasivas fortaleceram de forma expressiva o arsenal terapêutico contra a doença. O acesso a essas novidades permite que o paciente com câncer viva mais e melhor.

 

NÚMEROS SOBRE O CÂNCER DE MAMA

66.280 novos casos de câncer de mama devem ser diagnosticados no Brasil até o final de 2022

66 mil novos casos de mama eram esperados em 2020 (números não confirmados)

1 em cada 12 mulheres terá q câncer de mama no Brasil

40% dos novos casos de câncer de mama acontecem em mulheres com menos de 50

10% dos cânceres de mama são hereditários

95% de chances de cura são possíveis quando o câncer é identificado no estágio inicial

  

Sinais que merecem atenção

Em muitos casos, o câncer de mama não apresenta sintomas. O surgimento de um nódulo é o mais comum porém existem outros sinais de que há doença. A auto-observação é importante, contudo não exclui a necessidade do exame mamográfico.

• Secreção pelo mamilo

• Rugosidade e irregularidades nas mamas

• Irritação ou retração na pele dos seios

• Nódulo ou dores no mamilo ou nas axilas

• Inchaço irregular, feridas, vermelhidão ou escamação na região das mamas

• Mudança na textura ou irritação na pele

 

FEMAMA - Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama

Causado pelo estresse, bruxismo afeta 30% da população mundial, segundo OMS

Shutterstock
Especialista do Hospital paulista alerta que mulheres estão entre as principais afetadas 

 

Considerado o mal do século, o estresse é um importante desencadeador de sintomas e questões da vida contemporânea. Entre os danos que ele pode trazer à saúde estão a insônia, ansiedade e o bruxismo, condição que afeta 30% da população mundial e 40% dos brasileiros, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). 

Dra. Juliana Mussi, cirurgiã buco-maxilo-facial do Hospital Paulista, explica que o problema é caracterizado pelo apertamento ou rangido dos dentes e causa uma desordem funcional marcada pelas atividades repetitivas dos músculos utilizados para a mastigação. 

Incômodo e doloroso, o bruxismo conta com duas manifestações distintas: no sono, que ocorre o enquanto as pessoas dormem; ou em vigília, caracterizado como o apertamento dos dentes no decorrer do dia, quando o indivíduo está acordado. 

Segundo a especialista, um dos pontos dessa disfunção é o acometimento da articulação temporomandibular (ATM), que liga a mandíbula ao crânio, podendo causar dificuldade mastigatória e de abertura da boca. 

“Desgastes e fraturas dentárias, retração gengival, lesões na língua/mucosa oral estão entre principais resultados dessa condição tão incômoda que é o bruxismo.” 

Além dos sintomas, a cirurgiã alerta que o bruxismo pode levar ao surgimento da ATM, e as pessoas podem sofrer dos chamados sintomas otológicos, que incluem dores de ouvido, zumbidos e sensação de ouvido tapado. “Isso acontece devido à proximidade de estruturas anatômicas”, reitera.

 

Diagnóstico

O bruxismo pode se manifestar na infância, adolescência e na vida adulta, e tem como principais causas tensão, ansiedade, estresse. Além disso, ele pode surgir associado a outras doenças. Segundo Dra. Juliana, a condição pode afetar tanto adultos, como crianças. 

A especialista explica que o bruxismo pode acometer indivíduos em qualquer idade, no entanto, é mais comum em pessoas com alto índice de estresse. “Poucos sabem, mas as mulheres têm mais chances de desenvolver o problema, e representam a maioria dos casos.” 

O diagnóstico pode ser feito por meio de avaliação odontológica e dos sintomas ou pelo exame de polissonografia, recomendado para identificar o grau do distúrbio e orientar o especialista sobre o melhor tratamento.

 

Tratamento

Segundo a especialista, algumas pessoas acreditam que a condição não tem tratamento, o que não é verdade, o que acontece é que de fato, o bruxismo não tem cura. 

“No entanto, é possível controlar os sintomas e diminuir consideravelmente os danos causados por meio dos tratamentos e da abordagem individualizada para o quadro de cada paciente”, explica. 

A placa oclusal -- tipo de aparelho odontológico que evita o atrito entre os dentes -- é um dos tratamentos clínicos mais populares. Segundo a cirurgiã, de acordo com cada quadro, uso de medicamentos, fisioterapia, terapias alternativas para minimizar o estresse e até avaliação psicológica podem ser recomendados. 

"Apesar de existirem opções de tratamento e as pessoas conseguirem conviver relativamente bem com a disfunção, é necessário levar em consideração que o bruxismo é incômodo. É possível prevenir por meio de ações simples, como estilo de vida leve e hábitos saudáveis. Eles podem ajudar a evitar o problema, assim como evitar o aumento da ansiedade e estresse”, finaliza.


Hospital Paulista de Otorrinolaringologia


Mamografia aumenta as chances de cura do câncer de mam

Rastreamento mamográfico é capaz de identificar sinais em estágios iniciais do câncer/DIVULGAÇÃO

Coordenadora de Enfermagem da Anhanguera explica que a técnica é capaz de reduzir a mortalidade e sequelas de quimioterapia

 

O câncer de mama é o segundo mais incidente em mulheres do Brasil, como indicam dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca), e, para o ano de 2022, foram estimados cerca de 66.280 novos casos pelo órgão. Os números preocupam especialistas, que defendem que a mamografia é o caminho mais rápido para o diagnóstico precoce. Segundo estudo da UK Age Trial, a técnica é capaz de reduzir até 25% a taxa de mortalidade.

De acordo com a coordenadora do curso de Enfermagem da Faculdade Anhanguera, professora Fernanda Ingrid da Silva Toledo Santos, o fator mais importante para o sucesso nos tratamentos é o estágio em que a doença é identificada. “O rastreamento mamográfico é a melhor maneira de se prevenir, aumentar as chances de cura e contribui na redução de sequelas dos processos de radioterapia e de quimioterapia”, explica a docente.

“É de extrema importância a assiduidade na consulta de enfermagem nas UBS (Unidades Básicas de Saúde),”, destaca. “Com isso, é possível o acesso ao programa da saúde da mulher, no qual são feitas orientações por enfermeiros sobre o autoexame de mama, o exame físico, o rastreamento, a prevenção e a necessidade do acompanhamento ambulatorial”, completa.

O Ministério da Saúde preconiza que o exame deve ser realizado a cada dois anos para o grupo na faixa etária entre 50 e 69 anos -- após a menopausa, quando é possível identificar melhor as lesões mamárias e alterações como calcificações, nódulos e tumores. Antes desse período, a densidade das mamas é maior, o que aumenta o risco de resultados falso-positivos e falso-negativos e representa uma exposição desnecessária à radiação.

A Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) indica que houve crescimento na incidência de casos entre jovens, com o aumento de 2% para 5% das ocorrências nos últimos dois anos, o que representa um alerta para o público de alto risco. Mulheres com histórico familiar da enfermidade em primeiro grau (mãe, irmãs ou filhas que desenvolveram a doença antes dos 45 anos) devem investigar sinais de irregularidades a partir dos 35 anos, com periodicidade anual.

 

PROCEDIMENTO

A mamografia identifica problemas da fase pré-clínica assintomática, quando os nódulos ainda não são palpáveis, o que impede sua detecção tanto em autoexame quanto em consultas com um profissional de saúde. O raio-X é realizado em um equipamento denominado mamógrafo, que permite exames de alta resolução em modo digital ou analógico. Durante o procedimento, as mamas são submetidas a uma leve a moderada compressão.

O tratamento clínico e cirúrgico na fase inicial do câncer permite uma abordagem menos agressiva ou mutiladora em pacientes e aumenta as chances de cura. “As consultas periódicas precisam ser realizadas com disciplina, não somente em épocas de campanhas”, ressalta da professora.

 

Anhanguera

https://www.anhanguera.com/ e https://blog.anhanguera.com/category/noticias/ 

Kroton

www.kroton.com.br


Hérnia de disco afeta mais de 5,4 milhões de brasileiros e tratamento é fundamental para qualidade de vida, alerta especialista

Foto: André Kazé / Comunicore

A hérnia de disco é uma patologia da coluna provocada pelo desgaste dos discos intervertebrais, estruturas entre as vértebras que amortecem os impactos da coluna. Quando os discos se extravasam ou rompem, o conteúdo cartilaginoso comprime as terminações nervosas da medula espinhal, causando dor, fraqueza e formigamento nos membros. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cerca de 5,4 milhões de brasileiros apresentam algum grau de hérnia de disco, com prevalência principalmente entre os 25 e 50 anos.

Segundo o médico ortopedista especialista em cirurgia da coluna, Dr. Antônio Krieger, na maioria dos casos, a predisposição genética é responsável pelo enfraquecimento do disco, seguida pelo envelhecimento, sedentarismo, obesidade e também pelo tabagismo. Má postura e levantar pesos de forma incorreta também podem prejudicar a coluna, contribuindo para a formação de uma hérnia de disco. As áreas mais afetadas são a região lombar e cervical, pois carregam mais carga e são mais suscetíveis ao movimento.

“O disco é uma estrutura de cartilagem que funciona como amortecedor entre as vértebras da coluna. Quando o anel dele se rompe ou deforma e comprime as estruturas nervosas, nós temos uma hérnia de disco”, explica o cirurgião. “Essa compressão pode causar dor nas costas, no pescoço, dormência dos membros e em casos mais graves até mesmo a perda de sensibilidade ou déficit neurológico, sendo estes casos elegíveis para o tratamento cirúrgico”, complementa o especialista.

 

Tratamentos através da pele - Conhecidos como procedimentos percutâneos, essas técnicas são realizadas usando agulhas ou cânulas, colocadas em pontos específicos da coluna com o auxílio de radioscopia, sem cortes ou com cortes muito pequenos, de poucos milímetros. Essas técnicas podem ser utilizadas para tratar outras patologias que afetam a coluna além da hérnia de disco, como a artrose, desgaste dos discos e até alguns tipos de fratura.

"Os procedimentos percutâneos como a rizotomia, o bloqueio neural e a denervação facetária por radiofrequência permitem que realizemos procedimentos com anestesia local sem a utilização de cortes, sangramento ou implantes", explica Krieger.

 

Cirurgia endoscópica da coluna é realizada por vídeo com dano mínimo às estruturas da coluna e musculatura. Incisão é de 0,5 cm fechada com apenas um ponto. Foto: André Kazé / Comunicore

Cirurgia endoscópica da coluna - Quando o tratamento conservador falha, o paciente é orientado sobre as melhores opções cirúrgicas. Hoje, segundo o especialista, é possível ter alta no mesmo dia do procedimento. A cirurgia endoscópica da coluna é reconhecida como “técnica padrão ouro” para o tratamento de hérnias de disco lombares. O procedimento é realizado por meio de vídeo com uso de instrumentos de alta precisão, possibilitando a remoção da cartilagem do disco herniado, o que descomprime e alivia a pressão no nervo.

"Atualmente é possível tratar a hérnia de disco por meio de cirurgia minimamente invasiva, realizada com pequeno corte e uso de câmera de vídeo, o que facilita a retirada da hérnia com o mínimo de agressão às estruturas do corpo. Isso permite que o paciente tenha alta e vá para a casa no mesmo dia do procedimento", explica o cirurgião.

O uso do endoscópio associado a uma câmera é similar ao uso do equipamento em cirurgias abdominais e na artroscopia de joelho e ombro. O cirurgião acessa e remove a hérnia de disco com dano mínimo às estruturas da coluna e musculatura através de uma incisão de 0,5 cm, que é fechada com um ponto e recebe um pequeno curativo.


Quais são outras vantagens para os pacientes?

De acordo com o especialista, o objetivo do tratamento da hérnia de disco, seja conservador ou cirúrgico, é a qualidade de vida do paciente. Além da recuperação mais rápida, os pacientes são orientados a não descartar a prática de atividades físicas. Exercícios regulares previnem dores nas costas, uma vez que fortalecem o "escudo muscular" que estabiliza a coluna.


Outubro Rosa: Mulheres com câncer de mama passam por expressões emocionais semelhantes às do luto

Indicada pelos médicos, a psicoterapia é o primeiro ponto de autocuidado com a saúde mental para pacientes com diagnóstico de câncer 


O 10º mês do ano é marcado como Outubro Rosa, campanha de conscientização das mulheres e sociedade sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de mama e, mais recentemente, também sobre o câncer de colo do útero. Além das questões médicas, é importante que a atenção esteja voltada também para a saúde mental dessas mulheres. Ao lidarem com as incertezas que um diagnóstico de câncer traz, essas pacientes costumam passar por expressões emocionais similares às do luto, que vão desde a negação até a aceitação. 

De acordo com Luciene Bandeira, psicóloga e diretora de saúde mental da Conexa, maior player de saúde digital da América Latina, a principal angústia das mulheres que descobrem um câncer de mama é o risco de morte, vivendo algo como um “luto de si mesma”. “Após o diagnóstico, existe a possibilidade de a pessoa ter sentimentos ou expressões emocionais de negação e não aceitação, com possível omissão da família, quando as mulheres lidam de forma próxima com a possibilidade de morte, com dúvidas sobre a eficácia do tratamento ou o risco de uma recidiva. E é muito difícil lidar com todas essas incertezas sozinha. A psicoterapia é o primeiro ponto de autocuidado que um paciente que descobre um câncer precisa ter com a saúde mental, inclusive é indicada pelos médicos. Durante a consulta é importante expor todos os sentimentos, não só relacionados ao câncer, mas também de outras situações enfrentadas durante a vida como um todo”.  

A autoestima em relação à aparência também é uma preocupação dessas mulheres, devido à queda de cabelo e pelos do corpo e à perda da mama e muitas chegam na psicoterapia se sentindo fisicamente incapazes. “O apoio de um psicólogo ajuda no enfrentamento do problema. São estimuladas atitudes para a prática da autoestima e da autocompaixão. É preciso acolher e mostrar que há opções positivas para enfrentar a doença e seu tratamento”, explica Luciene, que também é responsável técnica pela plataforma Psicologia Viva. 

Também é papel do psicólogo estimular para que a paciente realize diferentes tipos de atividades para que não perca a esperança na vida, pois apesar de ser um dos cânceres de maior índice de mortalidade em mulheres, quando diagnosticado e tratado na fase inicial da doença, as chances de cura do câncer de mama chegam a até 95%. “Atividade física é importante para a saúde mental desses pacientes quando a condição de saúde permite, mesmo que seja uma caminhada no quintal. Isso ajuda a amenizar o impacto do diagnóstico de câncer”, finaliza a psicóloga.  

 

 Conexa    


Portador de necessidade especial deve ter tratamento odontológico especializado

Dentista do Seconci-SP explica a importância das consultas regulares para prevenir problemas

 

Pacientes portadores de necessidades especiais (PNE) requerem um cuidado, atenção e atendimento odontológico diferenciados. São pessoas afetadas por alguma disfunção que pode ser de origem ou causa física, de inteligência, congênita, comportamental, psíquica, sensorial, de audiocomunicação, sistêmica, metabólica e fisiológica. Trata-se de pacientes com transtorno do espectro autista, Síndrome de Down, paralisia cerebral, e também os diagnosticados com câncer, diabetes, idosos e até mulheres grávidas.

De acordo com a dra. Leticia Rodrigues de Oliveira, dentista do Seconci-SP (Serviço Social da Construção), para melhor assistir esses pacientes, em 2002 o Conselho Federal de Odontologia criou a especialidade “Odontologia para pacientes portadores de necessidades especiais”. Embora o número de especialistas na área cresça a cada ano, apenas cerca de 800 profissionais são capacitados na área no Brasil, número ainda pequeno frente a gama de pacientes que precisam deste atendimento especializado. 

A dra. Leticia é uma das duas profissionais especializadas em PNE que atuam no Seconci-SP. Ao marcar a primeira consulta, o paciente com necessidades especiais (ou seu responsável) deve informar sobre sua condição, para que seja direcionado a estas profissionais. 

A dentista explica que a abordagem odontológica de PNE deve estar embasada em uma anamnese detalhada na primeira consulta, a fim de se conhecerem todos os dados do indivíduo, como o seu diagnóstico, medicamentos de que faz uso e possíveis alterações sistêmicas. “Todas essas informações auxiliam no planejamento, no prognóstico e na condução do tratamento odontológico, uma vez que algumas condições do paciente requerem adaptações no manejo odontológico”. 

Segundo a dra. Leticia, pacientes que usam anticoagulantes orais como a varfarina (marevan), antes de procedimentos que envolvam sangramento, como a cirurgia ou tratamento da gengiva, devem fazer exames de sangue específicos, para que haja uma maior segurança, evitando complicações indesejadas, como sangramento pós-operatório. 

Pacientes diagnosticados com câncer também devem ser avaliados por um cirurgião dentista, antes do início de seu tratamento do câncer. “A depender da localidade do tumor e do tipo de tratamento a ser realizado, complicações bucais podem ocorrer durante ou até mesmo após o tratamento oncológico”.

 

Autismo e Down 

Com relação às manifestações bucais nos PNE, elas variam bastante, dependendo do perfil do paciente, mas aqueles que apresentam alteração e comprometimento neuropsicomotor, como as pessoas com transtorno do espectro autista, Síndrome de Down e paralisia cerebral, geralmente têm uma higiene bucal comprometida por uma dificuldade na escovação e uso de fio dental, e acabam apresentando maior número de lesões de cárie e doença na gengiva. 

“O paciente pode se tornar mais agressivo por conta de uma dor de dente e essa dor pode até acarretar na mudança de comportamentos. Nem sempre este paciente sabe comunicar e expressar que está com dor”. 

Desta forma, destaca a dra. Leticia, “é fundamental que o PNE compareça às consultas odontológicas principalmente para a prevenção dessas alterações bucais, e quando necessário, ser submetido ao tratamento odontológico. Vale dizer que não somente o paciente, mas também o cuidador/responsável devem receber instruções de higiene bucal para melhoria do cuidado e também para evitar possíveis complicações bucais”. 

“Portanto, é de suma importância que um paciente que se enquadre na classificação de PNE seja atendido por um profissional capacitado, para que todas as suas demandas sejam supridas, sendo atendido em sua totalidade e da melhor maneira possível, uma vez que suas necessidades específicas e modificações necessárias serão realizadas, visando um tratamento mais humanizado, atuando de forma preventiva e inclusiva”, conclui.


Outubro Rosa

Buscas por exames de mamografia voltam a crescer em 2022 na rede pública de saúde 

Outubro Rosa relembra que exame é o principal aliado no diagnóstico precoce do câncer de mama

 

Um levantamento realizado pela Fundação Instituto de Pesquisa e Estudo de Diagnóstico por Imagem (FIDI) -- gestora de serviços de diagnóstico por imagem em na rede pública -- aponta que, entre os primeiros semestres de 2021 e de 2022, o número de mamografias realizadas na rede pública onde FIDI atua cresceu 26% (foram 66 mil exames em 2021 e 81 mil em 2022). Em 2020, em razão dos períodos críticos da pandemia e do isolamento social, o número de exames realizados de mamografia caiu 35% em relação ao ano anterior. 

“Com o avanço da vacinação contra a Covid-19 e maior controle da pandemia, é essencial que as mulheres retomem com os exames periódicos, uma vez que o diagnóstico precoce ainda é a melhor maneira de garantir o sucesso do tratamento”, observa Vivian Milani, médica radiologista da FIDI. A maioria dos casos, quando tratados adequadamente e em tempo oportuno, apresentam bom prognóstico. 

De acordo com o último levantamento realizado pelo Instituto Nacional de Câncer (INCA), em agosto de 2022, o câncer de mama, é a primeira causa de morte por câncer na população feminina em quase todas as regiões do Brasil. A taxa de mortalidade por câncer de mama, ajustada pela população mundial, foi 11,84 óbitos/100.000 mulheres, em 2020, com as maiores taxas nas regiões Sudeste e Sul, com 12,64 e 12,79 óbitos/100.000 mulheres, respectivamente.

 

Prevenção 

Para reduzir os fatores de risco, é importante adotar hábitos saudáveis, como praticar atividades físicas regularmente, ter uma alimentação balanceada, evitar o consumo excessivo de álcool, não fumar e fazer a mamografia anualmente. “Algumas mulheres, que apresentam fatores de risco, como o histórico da doença na família, estar entre 40 anos e 70 anos, precisam redobrar o cuidado porque as chances de desenvolver a doença é maior. O diagnóstico precoce é fundamental para aumentar as chances de cura”, explica Vivian Milani, radiologista de FIDI. 

A mamografia pode ser indicada para pacientes que não tenham a idade mínima de 40 anos, mas que tenham risco aumentado para o desenvolvimento de tumores mamários, como aquelas com histórico familiar de câncer de mama. 

Já em mulheres grávidas, em caso de solicitação médica, o exame de ultrassom das mamas é o mais indicado.

 

Tratamento 

O tratamento para a doença depende da fase em que ela se encontra, do tipo de tumor, da idade da paciente, entre outros fatores. A alta tecnologia na área da saúde tem possibilitado opções terapêuticas cada vez mais eficazes e menos invasivas para tratar este tipo de tumor. “As inovações implementadas no tratamento oncológico têm revolucionado a estratégia de combate à doença. Um método que vem se mostrando bem-sucedido é fazer uso de terapias conjugadas, combinando a quimioterapia com medicamentos biológicos de alta qualidade”, explica Katia Beltrão, gerente de marketing hospitalar de oncologia da Biomm. 

Os biomedicamentos têm demonstrado segurança e eficácia nos tratamentos de câncer de mama, inibindo a multiplicação das células tumorais e preservando os tecidos saudáveis. Além de ampliar o acesso aos tratamentos biológicos, os biossimilares apresentam perspectivas muito positivas para as pacientes. 

Dentre as opções terapêuticas, o medicamento biológico à base do princípio ativo trastuzumabe tem sido utilizado em tratamentos nas chamadas terapias alvo, em combinação com a quimioterapia. “A implementação de soluções inovadoras requer alto investimento e o uso de biomedicamentos apresenta benefícios para o paciente, com a ampliação do acesso, bem como para o setor de saúde por viabilizar o equilíbrio financeiro e a alocação de recursos para a incorporação de novas tecnologias no âmbito assistencial”, finaliza Katia.

 

Biomm

 FIDI - Fundação privada sem fins lucrativos que reinveste 100% de seus recursos em assistência médica à população brasileira, por meio do desenvolvimento de soluções de diagnóstico por imagem, realização de atividades de ensino, pesquisa e extensão médico-científica, ações sociais e filantrópicas.


Gasolina fecha setembro a R$ 5,33 e o etanol apresenta vantagem para abastecimento em Estados do Sudeste e do Centro-Oeste, diz Ticket Log

A redução acumulada desde julho para a gasolina chega a 18% e, no comparativo com um ano atrás, o recuo registrado nas bombas é de 15%

 

O último levantamento do Índice de Preços Ticket Log (IPTL), apontou que o preço do litro da gasolina fechou setembro a R$ 5,33, valor 7,23% mais barato se comparado ao fechamento de agosto. Com 10,98% de recuo, em relação ao mês anterior, o etanol encerrou o período a R$ 4,41.

“Somadas, as reduções ocorridas desde julho para o preço da gasolina representam 18% de economia para os motoristas brasileiros. No comparativo com um ano atrás, a redução média no País para esse combustível chega a 15%. Já o etanol, que vem apresentando queda no preço desde junho e já registra recuo acumulado de 26%, e de 18% em relação a setembro de 2021, de acordo com o último levantamento da Ticket Log”, destaca Douglas Pina, Diretor-Geral de Mainstream da Divisão de Frota e Mobilidade da Edenred Brasil.

No recorte regional, o Sul registrou a gasolina mais barata do País, comercializada a R$ 5,05, porém, o recuo mais expressivo, em relação a agosto, foi identificado nos postos de abastecimento do Sudeste, onde o valor do combustível reduziu 8,07% e passou de R$ 5,59 para R$ 5,13. Já o etanol mais barato foi encontrado nas bombas de abastecimento do Centro-Oeste, a R$ 3,71, e também com a maior redução entre as regiões, de 14,14%.

Ainda, na análise por Estado, o IPTL identificou que o Rio Grande do Norte teve o recuo mais expressivo, ante o mês anterior, para a gasolina, de 9,58%, que passou de R$ 5,72 para R$ 5,17. O Rio Grande do Sul ocupou o lugar que era de Goiás no início de setembro e registrou o menor preço médio para a gasolina no fechamento do mês, que foi encontrada a R$ 4,93. Roraima comercializou esse combustível pela média mais cara, a R$ 6,11.

A Paraíba se destacou com a maior redução entre os Estados para o preço do litro do etanol, de 18,59%, se comparado a agosto, e fechou setembro a R$ 4,06. Já a menor média para esse combustível foi encontrada no Mato Grosso, a R$ 3,37, com recuo de 15,19%. Assim como para a gasolina, Roraima também registrou a média mais cara para o etanol, que foi comercializado a R$ 5,64.

No período, São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso e Goiás apresentaram o etanol como o combustível mais vantajoso para abastecimento. 

O IPTL é um índice de preços de combustíveis levantado com base nos abastecimentos realizados nos 21 mil postos credenciados da Ticket Log, que tem grande confiabilidade, por causa da quantidade de veículos administrados pela marca: 1 milhão ao todo, com uma média de oito transações por segundo. A Ticket Log, marca de gestão de frotas e soluções de mobilidade da Edenred Brasil, conta com mais de 30 anos de experiência e se adapta às necessidades dos clientes, oferecendo soluções modernas e inovadoras, a fim de simplificar os processos diários.

 

 

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Kantar: Brasileiros estão menos engajados no consumo sustentável

Novo estudo Who Cares, Who Does? mostra que 80% dos consumidores estão menos comprometidos com a causa devido ao cenário econômico e que as marcas Natura, Omo e Ypê são as mais lembradas por ações sustentáveis

 

A inflação nos preços dos bens de consumo massivo no Brasil tem sido uma barreira na adoção de comportamentos de consumo mais sustentáveis. Este ano os consumidores nacionais estão menos engajados na causa do que em anos anteriores, e estão abaixo da média global nesta questão. É o que mostra a 4ª edição do estudo Who Cares, Who Does?, da Kantar, líder em dados, insights e consultoria, que correlaciona atitudes em torno da sustentabilidade ao comportamento de compra de alimentos, bebidas, cuidados pessoais e limpeza do lar (FMCG – Fasting Moving Consumer Goods, ou bens de consumo massivo).

 

O estudo divide os consumidores em três grupos de relação com o meio ambiente: EcoDismissers, que têm pouco ou nenhum interesse pelos desafios ambientais do planeta e não estão fazendo nada para mudar esta postura; EcoConsiderers, que tomam algumas medidas para reduzir seu impacto ambiental; e EcoActives, que trabalham constantemente para diminuir os níveis de resíduos plásticos e para proteger o meio ambiente. 

 

Até 2021, o engajamento eco estava otimista globalmente, enquanto avançava com menos força na América Latina. Este ano, pela primeira vez, os EcoActives estão em declínio e os EcoDismissers estão aumentando globalmente, e isso acontece em todos os países, sendo a maior queda na Espanha. Entre as maiores preocupações mencionadas estão a guerra, a economia e os impactos da inflação.

 

O Brasil sempre esteve abaixo dessa média, e hoje a diferença é ainda maior. Em 2022 são menos brasileiros engajados e mais desinteressados pela questão do meio ambiente do que em 2021 e 2019. Os actives representam atualmente apenas 5% dos consumidores, 3 pontos percentuais a menos do que em 2021 e 2,8 a menos do que em 2019; já os considerers hoje são 16%, -6,4 pontos percentuais em relação ao ano passado e -8 a 2019. A marca dos que têm pouco ou nenhum interesse pelo tema chegou a 80% este ano, um salto de +10,5 pontos percentuais em relação a 2021 e +12 pontos percentuais em relação a 2019.

 

Esses números são reflexo do atual momento da economia. Com a inflação nos preços de alimentos, bebidas, itens de higiene pessoal e de limpeza do lar, os brasileiros têm que fazer escolhas para equilibrar o orçamento e acabam  deixando de lado as preocupações com produtos sustentáveis, que geralmente são mais caros que os que não têm esse apelo. 

 

Mais da metade dos consumidores brasileiros que são ativos ou consideram ser, concordam que têm tido dificuldades em manter comportamento sustentável por reflexos econômicos. Mais de 50% dos respondentes concordam totalmente com a seguinte afirmação: “Recentemente, achei mais difícil agir de forma sustentável por causa de outras questões sociais ou econômicas”, mostrando o peso da questão econômica para um consumo mais sustentável.

 

O Who Cares, Who Does? mostra também que produtos produzidos localmente, recarregáveis e com ingredientes naturais são as escolhas mais frequentes quando estão disponíveis, e que o cenário é desafiador para o entendimento de temas mais complexos como biodegradáveis, redução da pegada de carbono e tendências como o veganismo.

 

Apesar de a maioria dos consumidores alegar ter preocupação em comprar produtos mais sustentáveis, com embalagens que respeitam o meio ambiente (54,6%), produzidos localmente (43,2%) ou com embalagens recicláveis (48,7%), no geral, menos de 30% tomam atitudes efetivas sobre plásticos em suas compras. Cerca de 44% tentam comprar embalagens ecologicamente corretas, mas apenas 9% evitam regularmente embalagens plásticas, por exemplo.

 

A reciclagem das embalagens ainda é mal compreendida pelo consumidor. Cerca de 40% das pessoas não sabem como descartar seus resíduos em casa por não entender as etiquetas ou não encontrar as informações nas embalagens.

 

Outro ponto de atenção do estudo é sobre a credibilidade das ações sustentáveis empenhadas pelas marcas. Quase metade dos entrevistados (46%) concorda que empresas só se preocupam com lucro e as ações ecológicas são apenas ferramentas de marketing. Porém existem grandes oportunidades a serem trabalhadas, já que 43,4% dos brasileiros conseguem associar a sustentabilidade a alguma marca. Marcas com históricos bem construídos conseguem se destacar, sustentando a performance de anos anteriores. As mais lembradas pelos consumidores por suas ações sustentáveis foram, nesta ordem: Natura, Omo, Ypê, O Boticario, Nestlé,  Avon, Coca Cola, Johnson & Johnson, Unilever, Brilhante e Sadia.

 

Sobre o estudo Who Cares, Who Does?

 

As conclusões da 4ª edição do estudo são baseadas em entrevistas com 50.000 famílias de 26 países para identificar tendências de comportamento sustentável. Foram realizadas 18.300 entrevistas na América Latina, entre Brasil (3.430), Chile (770), Colômbia (1.100), Costa Rica (300), Equador (600), Peru (2.900) e México (9.200) entre os meses de julho e agosto de 2022. Mais informações em www.kantar.com/whocareswhodoes

 


Kantar

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