Rastreamento mamográfico é capaz de identificar sinais em estágios iniciais do câncer/DIVULGAÇÃO |
Coordenadora de Enfermagem da Anhanguera explica que a técnica é capaz de reduzir a mortalidade e sequelas de quimioterapia
O
câncer de mama é o segundo mais incidente em mulheres do Brasil, como indicam dados
do Instituto Nacional de Câncer (Inca), e, para o ano de 2022, foram estimados
cerca de 66.280 novos casos pelo órgão. Os números preocupam especialistas, que
defendem que a mamografia é o caminho mais rápido para o diagnóstico precoce.
Segundo estudo da UK Age Trial, a técnica é capaz de reduzir até 25% a taxa de
mortalidade.
De
acordo com a coordenadora do curso de Enfermagem
da Faculdade Anhanguera, professora Fernanda Ingrid da Silva Toledo Santos, o
fator mais importante para o sucesso nos tratamentos é o estágio em que a
doença é identificada. “O rastreamento mamográfico é a melhor maneira de se
prevenir, aumentar as chances de cura e contribui na redução de sequelas dos
processos de radioterapia e de quimioterapia”, explica a docente.
“É
de extrema importância a assiduidade na consulta de enfermagem nas UBS
(Unidades Básicas de Saúde),”, destaca. “Com isso, é possível o acesso ao
programa da saúde da mulher, no qual são feitas orientações por enfermeiros
sobre o autoexame de mama, o exame físico, o rastreamento, a prevenção e a necessidade
do acompanhamento ambulatorial”, completa.
O
Ministério da Saúde preconiza que o exame deve ser realizado a cada dois anos
para o grupo na faixa etária entre 50 e 69 anos -- após a menopausa, quando é
possível identificar melhor as lesões mamárias e alterações como calcificações,
nódulos e tumores. Antes desse período, a densidade das mamas é maior, o que
aumenta o risco de resultados falso-positivos e falso-negativos e representa
uma exposição desnecessária à radiação.
A
Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) indica que houve crescimento na
incidência de casos entre jovens, com o aumento de 2% para 5% das ocorrências
nos últimos dois anos, o que representa um alerta para o público de alto risco.
Mulheres com histórico familiar da enfermidade em primeiro grau (mãe, irmãs ou
filhas que desenvolveram a doença antes dos 45 anos) devem investigar sinais de
irregularidades a partir dos 35 anos, com periodicidade anual.
PROCEDIMENTO
A
mamografia identifica problemas da fase pré-clínica assintomática, quando os
nódulos ainda não são palpáveis, o que impede sua detecção tanto em autoexame
quanto em consultas com um profissional de saúde. O raio-X é realizado em um
equipamento denominado mamógrafo, que permite exames de alta resolução em modo
digital ou analógico. Durante o procedimento, as mamas são submetidas a uma
leve a moderada compressão.
O tratamento
clínico e cirúrgico na fase inicial do câncer permite uma abordagem menos
agressiva ou mutiladora em pacientes e aumenta as chances de cura. “As consultas
periódicas precisam ser realizadas com disciplina, não somente em épocas de
campanhas”, ressalta da professora.
Anhanguera
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Kroton
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