SAIBA O QUE HÁ DE MAIS MODERNO E EFICIENTE PARA LIMPAR E PRESERVAR OS DENTES
Uma boa higiene bucal promove qualidade
de vida e ajuda a manter os dentes permanentes por toda vida
Cuidar dos dentes desde cedo, preserva-os e os torna mais saudáveis. Além disso, uma boca saudável leva a um
corpo saudável e por isso é importante cuidar da saúde bucal das crianças.
Ao tratar precocemente os problemas orais dos pequenos, o dentista
pode detectá-los antes que ocorram danos permanentes. Mas, a partir de que
idade se deve levar a criança à primeira consulta dental? A Dra. Denise
Carvalho, Mestre e especialista em Odontopediatria e Presidente da Associação
Brasileira de Odontopediatria do Rio de Janeiro (ABOPERJ), explica que existe
um consenso mundial de que a criança deve ir ao odontopediatra no primeiro ano
de vida ou no momento do nascimento do primeiro dente.
Já que a ida ao consultório do dentista deve acontecer em tenra
idade, a primeira consulta será de avaliação e orientação aos pais quanto à
higienização. “As famílias devem receber informações sobre sintomas
relacionados ao nascimento dos dentes, quais utensílios usar para higiene
bucal, infecções virais que apresentam repercussão bucal, importância da
alimentação saudável, da mastigação, da respiração, ordem de nascimento dos
dentes, hábitos de sucção e suas consequências, além de anteciparmos como
proceder em casos de trauma dental. No exame físico as estruturas bucais como
freios, bridas, mucosas, dentes, forma dos arcos já são avaliadas”, explica Ana
Carla Robatto, especialista em Odontopediatria e Ortodontia e cirurgiã-dentista
da Clínica Éfika Odontologia Digital, de Salvador.
Dente
de leite x Dente definitivo
A primeira dentição possui características distintas e é tão importante quanto a que será definitiva. “Os dentes de leite (decíduos) são menos mineralizados, por isso mais brancos (daí a expressão ‘de leite’) e têm uma anatomia diferente dos dentes permanentes que são mais mineralizados e com coloração mais amarelada”, relata Dra. Denise.
“Os dentes decíduos são menores em todas as suas dimensões quando comparados aos permanentes. A quantidade de esmalte, dentina e polpa (tecidos dentais) obviamente é reduzida, por isso as lesões de cáries parecem progredir mais rapidamente nos dentes decíduos”, completa Dra. Ana Carla.
Apesar das diferenças em tamanho, cor e quantidade de tecidos
dentais, as duas dentições demandam cuidados e atenção. É importante salientar
que não há recomendação da higiene da boca antes da presença dos dentes.
Os primeiros tratamentos
Nas crianças, um dos primeiros tratamentos é a profilaxia
dentária, que é o procedimento de limpeza dos dentes feita por um dentista. Por
meio dessa intervenção é removida a placa bacteriana (biofilme) da superfície
dentária, proporcionando a melhor saúde bucal. “A profilaxia dental é
importante para a criança entender o que é o biofilme e como ele pode
influenciar negativamente na saúde bucal”, diz a Dra. Denise Carvalho.
Para Ana Carla Robatto, a profilaxia dental periódica ajuda no
controle das bactérias bucais e auxilia na manutenção da saúde dos tecidos
dentais e de suporte. “A periodicidade das consultas permite que consigamos
reforçar os hábitos para manter a saúde bucal, diagnosticar lesões de cárie
iniciais e acompanhar o crescimento e desenvolvimento dos maxilares”, alerta a
especialista.
Embora os pacientes, em especial as crianças, manifestam “medo de
ir ao dentista”, a dor, a sensação ruim do som estridente dos equipamentos, a
água fria, constituem fatores que contribuem negativamente para a aderência às
consultas de acompanhamento. A prática da profilaxia dental profissional
moderna, agora conta com alguns métodos que ajudam a eliminar a placa
bacteriana (biofilme) e o tártaro (enrijecimento da placa bacteriana) da
dentição e da gengiva, de modo eficiente e indolor.
Com o avanço da tecnologia, hoje os especialistas contam com um
moderno protocolo que proporciona bem-estar e conforto aos pacientes. Trata-se
da Guided Biofilm Therapy® (GBT -- Terapia Guiada pelo Biofilme),
que propicia a revelação do biofilme, tornando-se possível visualizá-lo a olho
nu e guiar o profissional para eliminá-lo eficientemente com o jateamento de um
pó especial, o AIR-FLOW® Plus, extremamente fino e que preserva os
tecidos bucais.
“O protocolo GBT é lúdico e confortável, fazendo com que a criança
curta ir ao dentista e tenha mais consciência sobre a necessidade de ter uma
boa higiene. Outro ponto importante é que ele é essencial para o paciente que
está em tratamento ortodôntico com aparelho fixo ou alinhadores invisíveis.
Estes dispositivos usados para alinhar os dentes geralmente têm brackets ou
attachments que ficam colados aos dentes, aumentando o acúmulo de biofilme e
predispõem o paciente a lesões de cárie que surgem como manchas brancas. São manchas
que comprometem muito a estética e a saúde do sorriso”, comenta a Presidente da
ABOPERJ.
“A GBT ajuda na motivação da manutenção da saúde bucal dos
pacientes jovens. Trata-se de processo educativo, pois permite que o agente
etiológico das doenças bucais, as bactérias, sejam visualizadas pelo paciente.
Isso possibilita ao dentista identificar os locais mais vulneráveis e traçar
estratégias para melhorar. Por exemplo: as crianças que escovam com a mão
direita, normalmente higienizam melhor o lado esquerdo. Assim, orientamos que
ao fazer a higiene a criança lembre de caprichar dos dois lados”, explica a
Dra. Ana Carla. “Outro exemplo: alguns adolescentes têm resistência em usar o
fio dental com frequência. Quando evidenciamos o biofilme e usamos o fio dental
conseguimos mostrar o quanto este item é importante no controle da placa
bacteriana. Eles conseguem ver o fio dental em ação e ficam impressionados
vendo como o fio remove o biofilme entre os dentes”, conta.
Para as duas especialistas, que atuam em estados diferentes, o
melhor da GBT é o fato dela envolver o paciente no processo de autocuidado da
saúde bucal mostrando onde deve ser melhor higienizado. Além disto a GBT é
minimamente invasiva preservando ao máximo os tecidos dentais e é indolor ao paciente.
O dentista deve orientar e sugerir estratégias para que o paciente consiga
realizar sua higiene da melhor forma. “Não é mágica! É um processo educativo e
interativo”, finaliza Robatto.
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