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terça-feira, 15 de fevereiro de 2022

Era digital e doom scrolling: você sabe a diferença entre informar-se e inundar-se de informações?


Na teoria essa distinção não é simples e na prática o fato complica. Um dos aspectos mais estudados durante a pandemia do COVID-19 tem sido o impacto na saúde mental das pessoas considerando a forma/intensidade com que elas acessam informações. Os resultados encontrados não surpreendem nem cientistas e nem leigos: quanto mais negativas são as notícias - e maior o tempo acessando-às - maior a probabilidade das pessoas apresentarem sintomas emocionais, como ansiedade, pânico, paranóia, entre outros. Notícias ruins não faltam: novas variantes, picos de aumento no número de mortes, restrições, falta de infraestrutura mínima em saúde, colapso no sistema sanitário, crise política, disponibilidade das vacinas, entre tantos outros aspectos.

A verdade é que ficar alienado das notícias que acontecem no mundo é impossível. Porém, o que se observa é que as pessoas não estão mais só se informando sobre esse fenômeno novo chamado COVID, mas sim submersas em notícias, imagens, pesquisas e comentários sobre a crise sanitária (e humanitária) que assolou o mundo.

Para além da pandemia, esse é um comportamento desempenhado por muitas pessoas no seu dia-a-dia: acessar mais informações do que são capazes de absorver, assimilar e filtrar. Para isso, têm-se usado o termo "doomscrolling", que nada mais é do que o hábito de ficar rolando o dedo na tela do celular de maneira indiscriminada e pouco objetiva. O termo ainda refere-se à tendência de navegar na internet pesquisando notícias, mesmo que sejam deprimentes. Estamos, na verdade, “infoxicados”. O pior é que, quase sempre, não são conteúdos relevantes.

O "doomscrolling" pode tornar as pessoas mais ansiosas, cansadas (física e mentalmente), com a falsa sensação de estar informado (não sabemos mais distinguir informações reais de falsas), com o otimismo reduzido e menos emoções positivas no dia a dia.

Diante disso, é importante avaliar de forma contínua a relação com as redes sociais e o abuso de eletrônicos. Pergunte para si mesmo: eu controlo a informação ou ela me controla? Algo na mesma linha de raciocínio do documentário “O dilema das redes”, disponível na Netflix. Com o intuito de equilibrar os acessos e não sobrecarregar a saúde psicológica na era digital, destaco alguns pontos importantes para serem observados. Assim, a relação saúde mental e o uso de tecnologias se tornará mais saudável. Veja:

  • Evite pegar o celular logo ao acordar pela manhã;
  • Reserve um tempo para verificar as redes, limitando o tempo on-line;
  • Pratique a “atenção plena” (atenção exclusiva para o aqui e agora);
  • Exerça o ato de parar de “rolar” aleatório;
  • Desligue o celular, desconecte-se e foque na vida real.


O ideal é substituir o "doomscrolling" por uma leitura que lhe acrescente conhecimento; Opte por percorrer sites confiáveis, com alguma curadoria, ler sobre histórias inspiradoras e que despertem suas emoções mais positivas. Buscar mais leveza nos acessos às redes pode transformar a forma que você se sente e, portanto, a sua vida.

 

Ana Carolina Peuker - fundadora e CEO da Bee Touch, mental healthtech pioneira na mensuração, rastreamento e predição do risco psicossocial e em avaliações psicológicas digitais. Ela realizou mestrado, doutorado e pós-doutorado no Laboratório de Psicologia Experimental, Neurociências e Comportamento (LPNeC), da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).


COMO SE DAR BEM NO SISU 2022

Chegou a hora da disputa por uma das vagas oferecidas nas universidades do país e há estratégias para obter um melhor resultado, de acordo com o especialista do Bernoulli


 

O período de inscrição do primeiro semestre do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) 2022 estará disponível de 15 a 18 de fevereiro. Enquanto isso, é indicado que os estudantes já comecem a traçar as estratégias e possibilidades para a hora de preencher suas opções. Poderão concorrer quem realizou o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2021, em qualquer modalidade, não zerou a redação e não tenha participado na condição de treineiro.

 

O Sisu é o sistema informatizado do Ministério da Educação, no qual instituições de ensino superior oferecem vagas para candidatos participantes do Enem. “O Sisu é um leilão eletrônico de vagas. São vagas que serão distribuídas no Brasil e o INEP deseja leiloá-las, ou seja, quem tiver a maior nota leva a vaga. Como não é possível fazer isso num espaço físico, acontece na plataforma do Sisu”, explica o diretor executivo de unidades escolares do grupo Bernoulli Educação, Marcos Raggazzi. Ele dá dicas importantes para os candidatos:


 

1.        Faça as simulações

 

Durante os dias de inscrições, que terminam no dia 18 de fevereiro (sexta-feira), os candidatos podem modificar suas opções quantas vezes desejarem e assim simular os resultados. O sistema irá considerar a última opção preenchida, no quarto dia. “Fazer as simulações é fundamental para o aluno entender quanto vale cada vaga. Nessas simulações ele vai trabalhar com uma série de opções”, ressalta Raggazzi.

 

No primeiro dia, o candidato entra com seu cadastro e escolhe a primeira e a segunda opções. De madrugada tudo será processado e, no segundo dia, ele saberá se passaria ou não, e qual a sua colocação. Isso pode ser feito nos três dias sucessivamente e só no quarto dia é que valerá a opção final do aluno. “Incentivamos todos a fazer a simulação, pois só através dela é que você consegue ver sua colocação. Um grande erro é fazer uma única aposta ao se inscrever só no último dia”, reforça.


 

2. Procure saber como as instituições de ensino calculam as notas para fazer uma escolha estratégica

 

“Algumas instituições usam a notas do Enem com critérios diferentes. Algumas avaliam pela média das áreas cobradas, outras podem dar pesos diferentes às notas. Durante os três dias de inscrição, a nota de corte (nota do último aluno que está classificado no momento) oscila, por causa da entrada e saída de alunos com notas diferentes em uma mesma quantidade de vagas. É importante acompanhar essa movimentação”, aconselha.

 

O diretor do Bernoulli ressalta que há faculdades que trabalham com pesos diferenciados para ciências da natureza, ciências humanas e para linguagens. Logo, se o aluno foi muito bem em uma disciplina e não tão bem em outra, isso não significa que o estudante não possa conseguir a vaga.

 

Agora, não se preocupe em fazer as contas. O próprio sistema sabe da sua nota em cada área de conhecimento, calcula a sua média naquela faculdade e dos outros candidatos, e assim procede com a sua colocação.


 

3. Consultar os sites das instituições antes de optar

 

Se estiver em dúvida entre quais instituições colocar como primeira e segunda opções, o aluno deve entrar no site específico de cada uma delas e lá buscar informações sobre as notas de corte dos últimos três anos. Raggazzi explica que obviamente as notas variam, mas que é uma boa alternativa para saber se você tem chance de conseguir a vaga.


 

4. O que fazer após o resultado? Matrícula ou escolher a lista de espera?

 

O candidato selecionado em sua 1ª ou 2ª opção só terá essa oportunidade de fazer sua matrícula. Assim, fique atento aos prazos! Se o estudante for selecionado em 1ª ou 2ª opção, independentemente de efetuar sua matrícula, ele não poderá manifestar interesse em participar da lista de espera.

 

Para participar da lista de espera, o candidato deve acessar o seu boletim Sisu e manifestar o interesse no prazo especificado no cronograma. Pode participar quem não foi selecionado em nenhuma de suas opções na chamada regular, podendo escolher apenas uma das opções de vagas definidas na fase de inscrição.

 

Na lista de espera, é importante que o candidato acompanhe junto à instituição da vaga escolhida as convocações para matrícula. O candidato apto poderá manifestar interesse para a primeira ou segunda opção de curso escolhido em sua inscrição no Sisu. O acompanhamento das chamadas da lista de espera é feito no site da faculdade e não do Sisu.

  

Grupo Bernoulli Educação


Tem dinheiro esquecido no banco? Saiba o que fazer com esse valor


A notícia é muito boa para as pessoas, sendo que o Banco Central (BC) voltou a disponibilizar um site para a consulta de dinheiro esquecido em bancos e instituições financeiras. Essa é uma ótima possibilidade de resgatar valores esquecidos e obter um dinheiro extra. Para saber se tem direito é possível fazer a pesquisa no endereço do Sistema Valores a Receber (SVR)

Nesse site é possível que as pessoas saibam se possuem valores a receber, o que é informado no momento da consulta, também podem confirmar o montante e solicitar a transferência em março, dependendo da sua data de nascimento ou de criação da empresa (no caso de CNPJ).

Em um ano atípico, consequência da pandemia, essa é uma grande oportunidade, sendo que muitas famílias viram as contas de casa apertarem e aguardam ansiosas pelo benefício.

Contudo, segundo o PhD em Educação Financeira, Reinaldo Domingos, antes de sair gastando o correto é planejar o uso do dinheiro buscando honrar com os compromissos financeiros. “O valor recebido, pode ser utilizado para ajustar as finanças, ou então investido (para render) e destinado para a realização de sonhos de curto prazo (a serem realizados em até um ano), médio prazo (de um a dez anos) e longo prazo (acima de dez anos). O especialista também dá dicas e orientações do que é mais adequado fazer com o valor.

Fazer as compras

Segundo Reinaldo, se a intenção é fazer compras, uma programação antecipada deve ser feita.

“Muitas pessoas vão utilizar o dinheiro extra para fazer compras, o que não é errado, desde que isso já tenha sido programado. Mas, é fundamental que para isso a pessoa esteja já com a vida financeira organizada. Outro ponto é que, se houver parcelamentos esses devem caber no orçamento e é preciso pensar em novos gastos que esta compra proporcionará”, explica Domingos.

Quitar as dívidas

De acordo com o especialista, o dinheiro extra pode até ser utilizado para as dívidas, mas é importante ter em mente que essa não é a solução isolada do problema de endividamento.

“Para aqueles que estão endividados e veem esse dinheiro extra como a solução dos problemas, saiba que ele não é. O ideal é que os compromissos financeiros caibam no orçamento financeiro mensal”, destacou.

E acrescentou que é importante reunir todas as informações possíveis. “Antes de sair pagando as dívidas, analise todas elas, saiba o total, os juros, os prazos, enfim, reúnam todas as informações possíveis. A partir daí, tente renegociar esses valores com o credor e então veja a possibilidade de usar o extra para quitar uma dívida e resolver o problema”, disse.


Poupar e investir

Poupar e investir é sempre muito importante, de acordo com Reinaldo. “Há pessoas que estão em uma “zona de conforto”, ou seja, não devem, mas também não poupam. A esses, faço um alerta para que ajam com consciência, pois um passo em falso pode levá-los ao endividamento e até à inadimplência, uma vez que não possuem reserva financeira para se apoiar. É claro que cada pessoa usa o dinheiro como bem entender e julgar coerente, no entanto, já que não possui dívidas, é importante que se guarde boa parte dele, para começar a formar essa reserva e também para realizar mais sonhos, de agora em diante”, afirmou.

Reinaldo Domingos alerta que dinheiro extra é sempre bom quando é utilizado com cautela. “Para os investidores, mesmo que iniciantes, a melhor opção para utilizar esse valor é continuar investindo, tendo sempre um objetivo, seja ele qual for. A conclusão que podemos tirar é que dinheiro extra é muito positivo quando utilizado com educação financeira”, finalizou.


5 DICAS DO QUE NÃO FAZER EM UM INTERCÂMBIO

Quando falamos em intercâmbio sempre vem à cabeça pesquisar sobre dicas e informações sobre o destino e essa nova experiência. Mas você sabe o que não é interessante fazer? A CEO da Eagle Intercâmbio, explica tudo!

 

A experiência do intercâmbio é transformadora, acrescenta tanto na sua vida pessoal quanto na profissional, isso todos nós já estamos cansados de ouvir. Mas como vive-la da melhor maneira possível? Não existe uma fórmula perfeita.  Arleth Bandera, CEO da Eagle, primeira e única agência de intercâmbio feita 100% de brasileiros no Vale do Silício, dá algumas dicas do que não fazer durante a sua viagem, para que você consiga chegar o mais próximo possível do seu objetivo inicial. 

“Essa experiência pode ser uma das melhores que alguém pode ter, conhecer um novo país, seus costumes e sua cultura. O aprendizado vai muito além do que apenas o de um novo idioma. Lá, aprendemos a lidar com a saudade de casa, família e a gerenciar os próprios gastos. Mas é bom ficar alerta, para se ter uma imersão total é interessante evitar algumas coisas”. pontua a CEO da Eagle Intercâmbio. 

Confira algumas dicas do que não fazer durante sua vivência em outro país:

 

- Falar seu idioma nativo:
“Aqui entre nós, falar nosso idioma em um país estrangeiro é super confortável. Mas se esse for o método usado, pode ter certeza de que ele não te leva ao patamar de “bilíngue. Se o foco é aprender e aperfeiçoar outro idioma, sair da zona de conforto é o primeiro passo. Converse com os nativos, tente entender as placas, os cardápios, o principal é praticar!”, explica Arleth Bandera.

 

- Ficar preso na cultura:
“Sabemos que uma das partes mais legais, e particularmente a minha favorita, é a troca de culturas. Na prática podemos ficar presos à nossa e deixar de experimentar situações incríveis da cultura local. Não economize atenção na hora de observar os detalhes e se jogue nessa rica troca de conhecimento.”, alerta a CEO.

 

- Fazer amizades:
“Um dos erros mais frequentes e comuns para aqueles que ainda não dominam o idioma local e fazer amizade com pessoas do seu próprio país, outros intercambistas, apenas por conforto. Esse é um grande erro! Busque fazer amizades de todos os cantos do mundo, o maior mix de nacionalidades que você conseguir. Assim, além de aprender ou aperfeiçoar o idioma que está estudando, você pode aprender outros e a troca de conhecimento e cultura será muito mais gratificante.”, comenta Arleth Bandera.

 

- Visitar apenas lugares turísticos:
“Converse com a população local e descubra os lugares que eles frequentam, procure pequenos bares, restaurantes caseiros, comércios independentes, pontos fotográficos que nem todo mundo tem no Instagram e por aí em diante. É claro que visitar os pontos turísticos faz parte de toda viagem, mas quando se trata de um intercâmbio, no qual você tem mais tempo para conhecer a cidade, não se apegue apenas a isso.”, explica a CEO.

 

- Deixar as coisas para depois:
“Um erro que também é super comum entre os intercambistas é muita das vezes deixar as coisas para depois, achando que retornará naquele local. Quando se está viajando, conhecendo um lugar novo, tenha sempre em mente o espírito do “aqui e agora”. Quer entrar naquele lugar? Entre. Quer comer aquela comida? Coma. Quer comprar aquele objeto? Compre.”, conclui Arleth Bandera, CEO da Eagle Intercâmbio.

 

Bom, agora que você já pegou essas dicas, pode respirar com alívio, porque sua experiência será inigualável! O quê? Ainda não planejou seu intercâmbio? Entre em contato com a Eagle e fique por dentro de todos os programas e melhores opções para a grande aventura da sua vida.

  

Eagle

 www.eagleintercambio.com


O que os Partidos Políticos e candidatos devem saber sobre a LGPD para evitar sanções durante a campanha eleitoral?

A observância das regras de proteção de dados pessoais nas eleições é de grande importância para a integridade do pleito e preservação dos direitos dos titulares. Além da legislação eleitoral, os candidatos, candidatas, partidos políticos, coligações e federações deverão também observar as regras da Lei Federal nº 13.709/2018, mais conhecida como Lei Geral de Proteção de Dados ou, simplesmente, LGPD. 

As campanhas políticas dependem de informações pessoais. Os partidos políticos e seus candidatos e candidatas precisam entender e conhecer os eleitores, o que só é possível através da análise de dados pessoais. Todavia, a utilização das informações pessoais de forma indevida nas campanhas eleitorais pode trazer sérias consequências negativas para a democracia, que depende da lisura do processo eleitoral, da igualdade de oportunidades entre os candidatos e da não manipulação dos eleitores. 

Dado pessoal é toda informação capaz de identificar ou tornar identificável uma pessoa. Além de informações básicas como o nome completo, numeração de documentos e parentesco, também é considerado como tal a formação dos nossos perfis através da análise dos “rastros” que deixamos, principalmente no ambiente digital, como curtidas em postagens, matérias lidas, sites visitados, vídeos assistidos, pesquisas e compras realizadas etc. 

A LGPD ainda classifica como dado pessoal sensível determinadas informações para as quais impõe uma maior restrição e cautela no uso, em razão do seu potencial discriminatório. São considerados como dado pessoal sensível informações sobre a origem racial ou étnica, convicção religiosa, opinião política, filiação a sindicato ou organização de caráter religioso, filosófico ou político, dado referente à saúde ou à vida sexual, dado genético ou biométrico. 

Nota-se, portanto, que a opinião política e a filiação à organização de caráter político são consideradas como dados pessoais sensíveis, o que demanda maior atenção dos agentes de tratamento. 

No cenário eleitoral, os partidos políticos, coligações e candidatos, organizações e profissionais contratados para a realização de campanhas podem se enquadrar como agentes de tratamento. A correta definição da posição ocupada pelo agente - se controlador ou operador - é de grande importância para a definição das responsabilidades. Esta definição depende do completo mapeamento da operação. 

Pela LGPD, é considerado controlador aquele a quem compete as decisões sobre os tratamentos; já o operador é aquele quem executa o tratamento. A responsabilidade civil dos agentes de tratamento depende muito da posição ocupada na operação. Assim, é importante que as finalidades, prazo do tratamento, titulares envolvidos, meios de tratamento, entre outras medidas devem ser expressamente ajustadas e, de preferência, por meio de instrumentos contratuais. 

Cada operação envolvendo dado pessoal deve ser mapeada para a identificação do ciclo de vida dos dados. Importante ter em vista que, a definição da posição do agente varia a depender da sua atuação na operação. Assim, um agente provavelmente será ora operador, ora controlador, tendo, portanto, diferentes níveis de responsabilidade. 

Situações comuns que envolvam o uso de dados pessoais em campanhas eleitorais e que demandam cuidado são: uso de aplicativos e sites do partido ou candidatos, uso de mídias sociais para impulsionar conteúdos, lives, pesquisas de intenção de voto etc. Todas estas situações devem estar amparadas por uma das bases legais previstas na LGPD, sendo que, no art. 7º, estão as hipóteses que justificam a utilização de dados pessoais não sensíveis, e, no art. 11, as hipóteses que autorizam o uso dos dados pessoais classificados como sensíveis. 

A escolha da base legal deve ser feita pelo controlador, de acordo com a finalidade específica do tratamento. Por exemplo, o uso de disparo em massa de mensagens instantâneas com conteúdo de propaganda eleitoral, a base legal capaz de justificar este tratamento é o consentimento (art. 7º, inciso I e art. 11, inciso I, LGPD). 

Este consentimento deve ser livre, informado, destacado, específico, por escrito, com possibilidade de revogação em qualquer momento por procedimento facilitado e gratuito. Ou seja, deve ficar claro para o titular a razão, o prazo e a forma do tratamento dos dados, e garantir a real opção de aceitar ou não o tratamento, sem qualquer consequência negativa. 

Outro ponto importante é que o consentimento não pode ter a sua finalidade desviada. Se ele foi obtido para a participação em um evento do partido, os dados não poderão ser utilizados para outras finalidades, como o encaminhamento de mensagens eletrônicas. Para esta outra finalidade, será necessário um outro consentimento específico. 

Cabe ao controlador a responsabilidade de comprovar que o consentimento foi obtido de acordo com a LGPD, por isso é importante o registro desta documentação. 

Outra base legal que também deverá ser utilizada pelos partidos políticos é o cumprimento de obrigação legal. A Lei nº 9.096/95 determina que os partidos devem inserir os dados de seus filiados(as) no sistema da Justiça Eleitoral. Do mesmo modo, os partidos têm acesso às informações dos seus filiados(a) constante no Cadastro Eleitoral da Justiça Eleitoral. Nesse caso, cabe ao partido informar em seu aviso de Privacidade e Proteção de Dados esse tratamento. 

Outra base legal passível de utilização no contexto eleitoral é o legítimo interesse previsto no art. 7º, IX, da LGPD. Todavia, esta base não autoriza o tratamento de dados pessoais sensíveis e não pode se sobrepor aos direitos e liberdades fundamentais do titular. Trata-se de uma base que exige cuidado, sendo indicado a elaboração de um relatório de impacto para aferir a proporcionalidade entre os interesses do agente de tratamento e os direitos e legítimas expectativas dos titulares. 

Os agentes de tratamento também devem observar os princípios previstos na LGPD, em especial o da finalidade, adequação e necessidade. Todo tratamento deve ter uma finalidade específica, legítima, explícita e claramente informada ao titular. Com isso, os agentes não podem realizar tratamentos com finalidades incompatíveis com as originalmente definidas, sob pena de ser configurado o desvio. Atingida a finalidade, como regra, os dados devem ser descartados ou anonimizados. 

Por sua vez, a adequação exige a compatibilidade entre o tratamento e as finalidades informadas, e a necessidade exige que o tratamento se limite ao mínimo necessário para atingir os propósitos definidos pelo agente. 

Deve ser lembrado que a legislação eleitoral proíbe a cessão, doação ou venda de base de dados em favor de candidatas, candidatos, partidos políticos, coligações e federações, por pessoas físicas, jurídicas e pela administração pública. A violação desta regra enseja penalização pela Justiça Eleitoral e também pela ANPD, conforme previsto no art. 31, § 3º, da Resolução do TSE nº 23.610/2019. 

A Resolução do TSE acima mencionada expressamente determina a observância da LGPD nas campanhas eleitorais. Isso significa que a não observância da LGPD pode ensejar penalidades tanto no âmbito eleitoral, quanto perante a ANPD. Assim, as campanhas eleitorais deverão ter a cautela de informar aos eleitores as finalidades que justificam os tratamentos de dados, identificar o agente controlador, indicar os tipos de dados tratados, os prazos do tratamento, as medidas de segurança adotadas para evitar incidentes envolvendo os dados pessoais, bem como garantir meios para que os titulares possam exercer os seus direitos previstos no art. 18, LGPD. 

Estas informações devem ser levantadas através do Registro de Operações de Tratamento de dados pessoais (art. 37, LGPD) e divulgadas nas políticas e avisos de privacidades e proteção de dados dos agentes de tratamento. Portanto, os partidos políticos, candidatos(as) e coligações precisam desenvolver um Programa de Governança e Privacidade para que a campanha eleitoral não gere a aplicação de multas administrativas e/ ou processos judiciais.

  


Juliana Callado Gonçales - sócia do Silveira Advogados e especialista em Direito Tributário e em Proteção de Dados www.silveiralaw.com.br


Aumento de 12% nos preços faz brasileiro racionalizar compras e buscar praticidade

Embalagens econômicas ganham mais espaço no carrinho de compras para equilibrar gastos 

 

O brasileiro vem fazendo escolhas mais inteligentes para driblar a inflação dos preços de alimentos, bebidas e itens de limpeza, higiene e beleza. Entre janeiro e setembro de 2021 o preço médio da cesta de consumo massivo cresceu 11,8% em comparação ao mesmo período de 2020. É o que mostra o relatório trimestral Consumer Insights, da Kantar, líder global em dados, insights e consultoria. 

A análise da Kantar mostra que, por conta do aumento dos preços, os consumidores diminuíram frequência de idas aos canais de venda (-2,1%) e também as unidades por viagem realizada, com uma queda de 1,8% na comparação do período de janeiro a setembro 2021 com o mesmo período de 2020, e um aumento no valor menor do que o dos preços, da ordem de 9,7% nesse mesmo intervalo. 

Para as compras caberem no bolso, os brasileiros tiveram que fazer escolhas em 2021. Optaram por embalagens maiores em categorias de limpeza, principalmente em amaciantes, água sanitária e alvejante sem cloro. A cesta de limpeza cresceu 2% em toneladas e se manteve estável (-1%) em unidades. A racionalização está no preço médio. Para embalagens grandes o preço aumentou 6%, mas em unidades aumentou ainda mais (9%) no ano móvel, que são os últimos 12 meses terminados em setembro de 2021 versus o mesmo período de 2020. 

Para manter o consumo de perecíveis e mercearia doce, a saída encontrada pelos consumidores foi buscar embalagens menores. A cesta de perecíveis caiu 2% em toneladas e cresceu 2% em unidades, movimento contrário ao da cesta de limpeza doméstica. A cesta de perecíveis teve um aumento de preço de 19% tanto em embalagens maiores como menores. 

A racionalização também acontece muito forte na cesta de mercearia doce, com o consumo de embalagens grandes caindo 4% por conta de um repasse de preço de 14%, enquanto as embalagens menores tiveram aumento de preço de 9%. Os destaques positivos nestas cestas foram frango, leite fermentado, pães industrializados e empanados. Já biscoitos e leite condensado registraram desempenho negativo. 

Cestas de commodities, mercearia salgada e higiene e beleza tiveram desempenhos negativos, tanto em toneladas quanto unidades, o que revela que o consumidor priorizou categorias mais indulgentes e práticas, mesmo com a alta da inflação. 

Promoções tiveram papel relevante em 2021, principalmente na cesta de higiene e beleza, que conquistou 1,7% de share entre janeiro e setembro de 2021 versus o mesmo período do ano passado entre a classe AB, o que indica que até mesmo os consumidores de maior poder aquisitivo sentiram o impacto da inflação e tiveram que racionalizar na hora da compra. Promoções de higiene e beleza também foram importantes nas classes C e DE e ganharam 1,3% e 0,8% de share promocionado respectivamente. Mas mesmo as promoções não foram suficientes para o desempenho da cesta, que caiu 2,9% em unidades. 

Soma-se ao preço e orçamento familiar a consciência do consumidor, que vem cada vez mais optando por embalagens que causem menos impacto ao meio ambiente e que sejam sustentáveis. Atualmente, os Eco Actives, consumidores que se preocupam muito com o assunto e estão tomando as medidas necessárias para reduzir o desperdício, representam apenas 8% da população brasileira, mas têm um impacto na cesta de consumo massivo de R$ 7,9 bilhões. 

O grupo vem crescendo desde 2019, e as projeções indicam que ele representará mais da metade (56%) da população mundial nos próximos 10 anos. No Brasil, um em cada cinco consumidores terá esse perfil. Para as marcas, além dos desafios do bolso, há um desafio junto a um consumidor cada vez mais informado e engajado.

 

Kantar

www.kantar.com/brazil

 

Ano de 2021 bate recorde com mais de 4 milhões de tentativas de fraude, revela Serasa Experian

Segmento de Bancos e Cartões também tem número destaque sendo o mais afetado, com 2,3 milhões de ataques

 

O ano de 2021 chegou ao fim registrando 4,1 milhões de movimentações suspeitas no Brasil. De acordo com o Indicador de Tentativas de Fraude da Serasa Experian, esse número mostra um aumento de 16,8% em relação ao acumulado de 2020, quando o índice registrou 3,5 milhões de ataques. Os dados do ano passado ganham destaque por serem os mais expressivos de toda a série histórica, iniciada em 2011.

Além disso, o segmento de Bancos e Cartões foi o principal foco dos golpistas, marcando 2,3 milhões de tentativas de fraude, outro número recorde que representa um crescimento de 33,3% na comparação com o acumulado anual do ano anterior. Ainda no comparativo desse período, apenas os setores de Serviços e Telefonia tiveram baixas com -3,8% e -44,0%, respectivamente. Confira no gráfico e tabela a seguir os números completos:


De acordo com o Diretor de Soluções de Identidade e Prevenção a Fraudes da Serasa Experian, Jaison Reis, os avanços tecnológicos impulsionados pela pandemia são em sua maioria positivos, mas também trazem consequências para os consumidores. “o aumento das transações online em 2021 e os diversos novos serviços que passaram a ser oferecidos digitalmente são um prato cheio para os golpistas. Por isso, uma tentativa de fraude acontece no país a cada 7 segundos. Dessa forma, é preciso que a população tenha cada vez mais atenção aos dados que compartilham, aos sites que acessam e nas novas modalidades de golpes que surgem todos os dias. A prevenção e o cuidado com as informações pessoais ainda são as formas mais eficazes para evitar fraudes”.

O recorte por idade mostra que, ainda no acumulado anual de 2021, os consumidores que possuem entre 36 e 50 anos foram os que mais sofreram ataques, registrando 1,5 milhão. Aqueles de 26 a 35 anos marcaram 1,1 milhão. Na sequência temos as pessoas de 51 a 60 anos (587.791), os mais jovens de até 25 anos (477.512) e a parte da população com mais de 60 anos (461.737).  

Na análise por região o destaque fica para o Sudeste, com 2,1 milhões de movimentações suspeitas sinalizadas. Em ordem decrescente estão: Nordeste (726.761), Sul (651,416), Centro-Oeste (375.005) e Norte (250.691). Para conferir mais informações e a série histórica do indicador, clique aqui.
 

 

Serasa Experian

www.serasaexperian.com.br


Aumenta procura dos pequenos negócios por soluções de inovação

 Dados obtidos a partir do volume de atendimentos feitos pelo Sebrae mostram que os empreendedores brasileiros estão atentos à necessidade de aumentar sua competitividade

 

Os donos de pequenos negócios estão cada vez mais procurando inovar nas suas empresas. De acordo com levantamento feito pelo Sebrae, com base nos atendimentos realizados pela instituição, meio milhão de empresas buscaram apoio para desenvolver ações inovadoras nos seus estabelecimentos, em 2021. Esse número é 75% superior ao detectado em 2019, quando foram atendidas 301,8 mil empresas com esse mesmo objetivo.

“A pandemia mostrou para os empreendedores que inovação não é um tema apenas para as médias e grandes corporações, ou algo restrito ao universo das empresas de base tecnológica. Os microempreendedores individuais e donos de micro e pequenas empresas também podem inovar”, pontua o presidente do Sebrae, Carlos Melles. Ele destaca ainda que inovar vai além da digitalização e que mudanças no processo produtivo ou na gestão, também são formas diferentes de inovação que podem aumentar a competitividade do negócio, reduzir custos e aumentar faturamento. Os serviços mais procurados pelos empreendedores junto ao Sebrae, no ano passado, confirmam a afirmação de Melles. Em 2021, 155,5 mil donos de pequenos negócios procuraram o Sebrae para realizar ações de inovação em marketing e vendas; 118,3 mil buscavam soluções para inovar a gestão da empresa;  67,7 mil para os processos; 55,6 mil para melhorar as finanças;  30,7 mil desejavam lançar novos produtos e serviços e outros 15 mil planejavam realizar a transformação nas suas empresas.

 

Atendimentos

Em 2021, o Sebrae realizou 17,4 milhões de atendimentos para pessoas físicas que pretendiam abrir um negócio ou donos de micro e pequenas empresas. Esse número representou um crescimento de 46% sobre o total de atendimentos feitos pela instituição em 2020. Já o número de clientes atendidos registrou um incremento de 24% no mesmo período. No ano passado o Sebrae alcançou a marca de 7,8 milhões de empresários ou potenciais empreendedores assistidos.

A intensificação do ambiente digital, verificada desde a chegada da pandemia de Covid-19, também se refletiu nos atendimentos feitos pelo Sebrae. Em 2019, 38% dos atendimentos realizados pela instituição aconteceram por meio de plataformas digitais. Em 2021, essa participação cresceu para aproximadamente 69%. “Além da pandemia ter forçado as empresas a se digitalizarem, ela também provocou uma mudança no sistema Sebrae para permitir que pudéssemos continuar atendendo os donos de pequenos negócios, mesmo com as medidas de lockdown. Digitalizamos os nossos processos, cursos, consultorias e procuramos atualizar semanalmente o nosso portal, seja com o lançamento de novas funcionalidades ou capacitações”, esclarece o presidente do Sebrae. Carlos Melles ressalta ainda que apesar do significativo crescimento do volume de atendimentos e de empreendedores atendidos, a qualidade dos serviços oferecidos pela instituição continuou sendo bem avaliada pelos usuários. “A nossa avaliação positiva cresceu quase 20% entre o ano passado e 2020”, comentou.

 

9º Congresso de Inovação

O Sebrae e a Confederação Nacional da Indústria realizam nos próximos dias 9 e 10 de março a 9ª edição do Congresso de Inovação da Indústria, um dos maiores eventos do gênero na América Latina. O evento tem o objetivo de promover debates sobre como criar um mundo mais sustentável, tendo a inovação e a educação como motores de transformação e fazer da agenda de inovação uma estratégia de país.

Esta edição do Congresso vai acontecer em formato híbrido, em São Paulo (SP), devido à pandemia da Covid-19. Com isso, haverá oportunidade para que pessoas em todo o mundo assistam à programação por meio de uma plataforma com capacidade para mais de 15 mil acessos simultâneos. Para participar, é preciso fazer a inscrição no site do evento.


As dúvidas mais comuns de locadores e locatários de imóveis

Ana Beatriz, advogada de direito civil e consumidor, revela como lidar e resolver alguns problemas que podem aparecer durante o aluguel de imóvel

 

O mercado imobiliário é importantíssimo para a economia do país, mas existem muitas dúvidas que, caso o locador ou locatário não saibam como responder ou agir, necessitam do auxílio de um advogado especializado no setor.

Ana Beatriz, advogada atuante na área de direito civil e consumidor, do escritório Duarte Moral, esclarece algumas dúvidas comuns a respeito de contratos de aluguéis e suas repercussões jurídicas. "O atraso no pagamento do valor estipulado para o aluguel é um dos problemas mais enfrentados pelos locadores, nesse cenário, caso o locatário permaneça inerte no que se refere ao pagamento dos valores em atraso, poderá responder por uma ação de despejo com cobrança de aluguéis e encargos que estão em atraso, tais como despesas de condomínio e IPTU, como contratualmente registrado”, revela.

O momento para reajustar o valor cobrado, assim como o cálculo do reajuste, são outras dúvidas muito frequentes e, segundo a advogada, o tempo e a forma do reajuste do aluguel dependerão do que está previsto no contrato firmado: “Em regra, o reajuste é feito a cada doze meses a partir da data de assinatura do contrato, aplicando o percentual do índice previsto. Nesse sentido, deve ser calculado o acumulado de 12 meses do índice e transformado em números decimais. O número obtido deve ser multiplicado pelo valor do último aluguel, chegando-se no novo valor da prestação mensal da locação”, explica.

Ana Beatriz relata que, se o locatário desistir da locação, ou seja, devolver o imóvel antes do período estabelecido em contrato, o locador poderá exigir o pagamento de uma multa que é prevista contratualmente: “O valor da multa costuma ser de três aluguéis ou de um valor inversamente proporcional ao tempo de ocupação, ou seja, o valor é calculado de forma proporcional ao  período restante para o término da locação previsto contratualmente. Caso no contrato não haja previsão de multa, a multa poderá ser fixada judicialmente”, ressalta.

Além disso, importante pontuar que ao término da locação alguns procedimentos devem ser adotados para que seja feita a devolução do imóvel pelo locatário ao locador, sendo os principais: “Quando o locatário decide deixar o imóvel após ocupá-lo por prazo maior do que o estipulado no contrato de locação, deverá primeiramente notificar por escrito o locador ou a imobiliária 30 (trinta) dias antes de deixar o imóvel.”, não obstante acrescenta: “Ainda, é necessário verificar se as contas que estão sob responsabilidade do inquilino estão devidamente pagas, aproveitando para transferir a titularidade das contas de energia, água, internet, etc. para o nome do locador. No caso de desejar desocupar o imóvel antes do período determinado no contrato, também é necessário que o locatário verifique o valor da multa estipulada. Feito isso, já será possível tirar os móveis do ambiente e se preparar para a vistoria final antes de entregar as chaves ao proprietário”, finaliza a advogada. 

 

Ana Beatriz Moral Duarte - advogada formada pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, atuante nas áreas de direito do consumidor e cível, com mais de cinco anos de experiência em diversos escritórios renomados no Brasil, conhecida pela sua transparência, produção de conteúdo, eficiência, criatividade e empatia. Ademais, prestou assistência para clientes internacionais em um dos principais escritórios responsáveis por processos da Lava Jato. Já durante a faculdade dedicou-se ao estudo do direito norte-americano contemporâneo.

 

Duarte Moral

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Sebrae-SP abre seleção de startups para fazer negócios nos EUA

Até 15 empresas serão selecionadas para participar de rodadas de negócios durante a Miami Tech Week em abril; inscrições estão abertas

 

Startups paulistas que estão em busca de abrir mercado no exterior têm até o dia 21 de fevereiro para se inscrever no programa Miami for Startups, iniciativa inédita do Sebrae-SP que capacitará startups para fazer negócios nos Estados Unidos. O programa vai selecionar de dez a 15 startups para irem a Miami no período entre 16 e 23 de abril. Além da capacitação, os empreendedores selecionados receberão ingressos para rodadas de negócios com parceiros, visitas técnicas ao ecossistema de inovação local e participação nos eventos eMerge Americas e Miami Tech Week. Toda a programação técnica será subsidiada pelo Sebrae, cabendo aos selecionados os custos de passagem aérea e hospedagem. 

Para participar da seleção as startups devem estar em estágio avançado, com produto validado no Brasil, faturamento até R 4,8 milhões e sede no Estado de São Paulo. “Miami tem se tornado um dos principais destinos de startups brasileiras que querem crescer nos Estados Unidos e na América Latina. Vamos facilitar esse caminho gerando conexões relevantes”, afirma Michel Porcino, responsável pelo Sebrae for Startups, novo núcleo da instituição exclusivo para startups. 

O programa Miami for Startups está aberto para startups de todos os setores, mas haverá foco prioritário em dois segmentos: startups de saúde, ciências da vida e biotecnologia; e startups que atuam com fintechs, seguros, blockchain, crypto e correlatos. Para participar, os representantes também deverão ter fluência no inglês, além de estar com passaporte e visto americano válidos. 

O programa Miami for Startups abre uma nova agenda de atuação internacional do Sebrae, que implementará um conjunto de ações voltadas para promoção internacional do ecossistema de startups do Estado de São Paulo. A intenção é aumentar o grau de internacionalização das startups paulistas e promover conexões de longo prazo com outros ecossistemas. Ainda para este ano estão previstas missões de startups para Reino Unido, Portugal, México, Colômbia e Chile. 

Para inscrições e outras informações, basta acessar o link


BPO digital: por que a terceirização da gestão financeira é tão relevante para PMEs?

 

O departamento financeiro é um dos que requer maior atenção em todos os negócios – mas, nem sempre é possível dedicar a disciplina necessária para sua gestão. Felizmente, com os avanços tecnológicos e a crescente digitalização de diversas tarefas organizacionais, a terceirização das atividades administrativas e operacionais por meio do Business Process Outsourcing (BPO) é uma tendência que vem ganhando grande força no mercado para auxiliar essa missão – estratégia que, para as Pequenas e Médias Empresas (PMEs), se torna extremamente importante para que tenham um melhor controle e, assim, evitem riscos que possam impactar a operação.

Uma gestão financeira inadequada é fatal para qualquer empresa. Principalmente, diante de adversidades como vivenciamos na pandemia, que exigem um controle ainda maior para evitar o fechamento dos negócios. Um estudo feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revela que 48% das companhias brasileiras não conseguem permanecer operando por mais de três anos, justamente pela falta de controle financeiro. Mesmo com diversos recursos tecnológicos disponíveis e acessíveis para pequenas empresas, muitas ainda não aproveitam essas vantagens a seu favor.

Felizmente, alguns passos já vêm sendo dados para mudar essa realidade. Uma pesquisa conduzida pela Dell Technologies e a Forrester Consulting, revela que cerca de 73% das empresas brasileiras já orientam seus negócios por dados. No entanto, apenas 28% os gerenciam de forma eficaz. Ou seja, há muitas oportunidades a serem exploradas.

Obviamente, administrar um empreendimento não é fácil e requer muita organização além de planejamento para prosperar e driblar qualquer empecilho que possa surgir. Sem o auxílio de ferramentas modernas que tragam praticidade e otimização neste controle, fazer com que o negócio tenha sucesso se torna uma missão difícil – especialmente para as de menor porte, que têm recursos escassos.

Com o BPO digital, todas essas tarefas podem ser conquistadas de maneira muito mais simples e eficaz. Seja de maneira integral ou parcial, a terceirização possibilita uma maior automação dos processos que, antes, demandavam grande interferência humana. A dispensa dos processos manuais reduz, significativamente, erros nos processos, o que diminui as chances de inadimplência, juros e multas resultantes de atrasos de pagamentos, além da interrupção das atividades pela incapacidade de entrega das demandas.

Este ganho de produtividade é fundamental para as PMEs para que possam redirecionar seus esforços e atenções para ações realmente estratégicas que permitam seu crescimento e destaque no mercado. Afinal, com uma visão clara e crítica sobre seu fluxo de caixa, é possível tomar decisões de maneira muito mais assertiva, sem que as equipes estejam focadas majoritariamente nas rotinas de pagamento, faturamento e gestão financeira.

E, ao contrário do que parece, o BPO não é um benefício exclusivo para grandes organizações. Qualquer empresa pode terceirizar suas atividades financeiras tendo a tecnologia como principal aliada. Um bom Enterprise Resource Planning (ERP), com soluções embarcadas, proporciona grande eficiência operacional, elevando até pequenos negócios ao patamar de empresas inteligentes.

Para isso, o apoio de uma consultoria especializada é fundamental. Afinal, de nada adianta implantar um sistema de gestão se a empresa não desenvolver cultura e processos para extrair seu potencial máximo. Profissionais experientes e qualificados são indispensáveis para o sucesso do BPO digital, permitindo que as PMEs tenham uma melhor gestão financeira e, consequentemente, muito mais sucesso em seus negócios.

  

André Melo - Head de Delivery and Solutions, responsável por estruturar e liderar as equipes de implantação, desenvolvimento e suporte do SAP Business One na b2finance.

   

b2finance

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Direito de imagem: a decisão de Luana Piovani no BBB22

Especialista em direito, Gérlio Figueiredo, comenta recente polêmica da artista de não permitir que os filhos aparecessem em rede nacional 

 

O Big Brother Brasil 22 tem sido observado e comentado por espectadores em todo o país, porém, muitas vezes, o que acontece do lado de fora da casa ‘mais vigiada do Brasil’ chama tanta atenção quanto o que ocorre dentro do reality. Recentemente, Luana Piovani, ex-esposa e mãe dos três filhos do participante e surfista, Pedro Scooby, tornou-se um dos assuntos mais comentados da web por não permitir que os filhos gravassem um vídeo que seria exibido para o pai como forma de homenagem por ter ganho a prova do ‘anjo’. 

Após a revelação da decisão, Luana explicou-se em seu Instagram, afirmando que não autorizou as gravações por conta de cláusulas do contrato com a Rede Globo. De acordo com ela, as crianças teriam a possibilidade de ter suas imagens veiculadas de modo vitalício, mesmo que o pai fosse eliminado posteriormente. Por isso, ela julgou melhor não autorizar como forma de proteger os pequenos. 

De acordo com o especialista em direito, Gérlio Figueiredo, o artigo 5º da constituição federal determina que são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação. Porém, por meio de contrato, é possível determinar os moldes no qual a liberação de imagem ocorre. “Atualmente, com a internet, é difícil ter controle de como a exposição ocorrerá. Um caso recente que ilustra isso, é o da bebê Alice, que atuou em uma propaganda de um grande banco e acabou viralizando nas redes sociais por meio de memes, inclusive políticos e religiosos, o que incomodou muito os pais da criança”, relembra o especialista. 

Nesse contexto, Gérlio acredita que os casos de direitos de imagem devem ser tratados com ainda mais cuidado quando se tratam de crianças. “A lei abrange a preservação da imagem, da identidade, dos espaços e objetos pessoais das crianças e adolescentes”, pontua. 

Por isso, é necessário considerar que Luana Piovani, ao não autorizar a participação dos filhos no programa, estava pensando na preservação dos direitos dos pequenos que ainda não podem se proteger sozinhos. “São crianças, não compreendem o cenário maior das coisas. Um contrato vitalício é algo muito grandioso a ser prometido em nome de uma criança que não pode ainda exercer suas vontades plenamente”, opina.

 

 

Gérlio Soares Figueiredo -  empresário, é o retrato da cena cultural baiana. Com apenas 33 anos de idade, o empreendedor já acumula vasta experiência em diferentes nichos de mercado, como transportes, construção civil, pecuária, factoring, indústria de vestuário e entretenimento. Conhecido por sempre atuar em eventos artísticos e musicais pelo Brasil, ele também já esteve à frente de uma reconhecida boate em Vitória da Conquista, na Bahia. Sob seu comando, a Casa dos Primos Entretenimento foi palco para inúmeros artistas consagrados do forró, sertanejo e outros ritmos. Empreendedor e dinâmico, Gérlio já possibilitou o emprego de aproximadamente 350 pessoas por todos os segmentos que passou. Atualmente, Gérlio é formado em direito e pretende se aprimorar mais nos estudos para expandir conhecimento e aumentar sua capacidade de gerir novos negócios.


Mais de 60% das passagens aéreas para as férias de julho são para destinos internacionais, aponta ViajaNet


Os brasileiros já estão programando as viagens para as férias de julho. Planejando com antecedência, muitos procuram por destinos e alguns inclusive já compraram suas passagens para o meio do ano. Após quase dois anos de pandemia, a vacinação faz com que os brasileiros demonstrem estar mais entusiasmados e confiantes para viajar. 

 

Em um recente levantamento feito pela agência virtual de turismo, ViajaNet, apurada até o dia 15 de fevereiro, buscou analisar os destinos mais desejados pelos brasileiros que irão viajar de avião em julho. Em primeiro lugar, liderando com folga, apareceu São Paulo, com 14% de interesse, seguido por Rio de Janeiro, com 9% e Brasília com 8%. Porto Alegre (7,8%), Fortaleza (6%) e Salvador (6%) vieram na sequência e fecharam os seis lugares mais almejados pelos viajantes. 

 

Segundo o monitoramento, também entraram na lista Natal, no Rio Grande do Norte; Navegantes, em Santa Catarina, e Belém, no Pará, respectivamente. Todas as cidades citadas somam pouco mais de 62% dos bilhetes vendidos na plataforma para o meio do ano, época de alta temporada.

 

Viagens para as duas maiores capitais do país e Brasília ficaram na frente como uma tendência dos viajantes. “O ranking demonstra que os turistas brasileiros estão interessados em destinos com praia e natureza. No entanto, São Paulo e Brasília aparecem nas primeiras colocações, demonstrando também o desejo por cidades com grande oferecimento de atividades urbanas e turísticas. Vale reforçar, que é importante se ater às normas vigentes com relação ao coronavírus”, comenta Daniely Oliveira, Gerente de Comunicação do ViajaNet. 

 

Já dentre os destinos internacionais, se destacaram Santiago, no Chile, com 24%, e Paris, na França, com 16%. Na sequência, surgiu Lisboa, em Portugal, com 7% das compras de passagens. Os Estados Unidos assumiram quatro posições no ranking, com Orlando (5%), Nova Iorque (4%), Newark e Elizabeth (3%) e Miami (2,8%). Madrid, com pouco mais de 3%, e Grande Porto, em Portugal, com 2%, também apareceram e atingiram o interesse dos turistas. Juntos, todos esses destinos correspondem a pouco mais de 70% dos bilhetes emitidos para julho.

 

Outro dado que chama atenção e merece destaque é que o brasileiro se programa para as férias do meio do ano fora do país. A procura por passagens internacionais para o período (01/07 a 31/07) se sobressaiu e chegou a 62%, enquanto os voos domésticos ficaram com na casa de 38%. “A opção para Santiago demonstra o desejo de aproveitar o frio e a neve que faz no Chile nessa época do ano. Os outros destinos em alta já apontam para o desfrute do verão no hemisfério norte”, aponta Daniely. 

 

 

ViajaNet

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5G da inovação e da sustentabilidade: único caminho para as indústrias em 2022


OPINIÃO 

Sempre que alguém cita a palavra crise, lanço o desafio: tire o S da palavra e transforme crise em crie - temos o futuro em nossas mãos. É uma proposta para encarar momentos críticos como oportunidades. O mundo passa por um período de muitas mudanças e incertezas a respeito do cenário econômico. Mas, mesmo assim, é possível fazer uma aposta para o setor industrial brasileiro: será o ano da inovação aliada com a sustentabilidade. Ou seja, o ano de criar pensando nas consequências futuras.

A aposta não é apenas um desejo para o ano que começa, mas sim, fruto de um novo patamar que se abre com a instalação da tecnologia 5G no Brasil. O leilão foi realizado pelo governo federal em 2021, os contratos com as empresas vencedoras foram assinados em dezembro, e assim, já é possível iniciar a instalação da infraestrutura para a nova tecnologia. O prazo previsto pelo edital para que o serviço seja oferecido nas capitais vai até julho de 2022, e nas demais cidades, até 2029. Para toda a população, será a possibilidade de maior conectividade.

Para o setor industrial, de imediato, há benefícios como aumento de conectividade, transferência de arquivos e melhoria na qualidade de  reuniões por videoconferência. Mas, o grande avanço será na chamada Internet das Coisas (IoT), que significa uma revolução tecnológica ao permitir comunicação entre equipamentos, por meio de sensores, softwares e demais tecnologias, com o objetivo de conectar e trocar dados com outros dispositivos e sistemas pela internet.

A cadeia produtiva, dos mais diversos setores, avançará muito com a IoT e os mecanismos de nuvens, inteligência de dados, utilizados no dia a dia das empresas. Sem falar das possibilidades de inovação dos novos produtos, o que vai gerar ganho de consumo. Não são consequências de curto prazo, mas a hora de planejar e investir é agora.

Sairá na frente quem já mantém no DNA a pesquisa para inovação. Porém, tal avanço será um salto para a reputação da empresa se estiver aliada às ações de sustentabilidade e demais pilares da agenda ESG – environmental, social and governance. De nada adiantará investir em inovação de procedimentos e produtos se as diretrizes para uma cadeia mais sustentável, social e que envolva um novo tipo de governança não estiverem no escopo.

Os avanços tecnológicos devem permitir a diminuição no desperdício de recursos naturais, uso de energias alternativas para a produção, melhoria da cadeia produtiva, diminuição de tempo nos processos, organização dos dados e melhor comunicação. Empresa, colaboradores, consumidores e toda rede de relacionamentos ganham se o avanço tecnológico e de processos estiver aliado com a sustentabilidade.

Não é possível ignorar as consequências da crise econômica, como a escassez de insumos e matérias-primas, e elevação dos preços no mercado mundial. Mas é razoável prever, apostando em um novo marco tecnológico e política industrial que incentive a inovação, que o ano de 2022 possa representar a retomada da indústria e de forma responsável.

 


Matthias Schupp - CEO da Neodent e EVP do Grupo Straumann da América Latina

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