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sexta-feira, 23 de julho de 2021

Dor no ombro em atividades cotidianas pode ser sinal da síndrome do impacto do ombro

Patologia é considerada a causa de 44% a 65% de todas as queixas de dor no ombro.


A síndrome do impacto do ombro é pouco conhecida da população. Entretanto, responde a maioria dos casos de dor nos ombros. Simples movimentos, como pentear os cabelos, vestir camisetas, escovar os dentes ou pegar um objeto em um móvel mais alto, podem desencadear um quadro doloroso na articulação.
 
Segundo a fisioterapeuta Walkíria Brunetti, especialista em RPG e Pilates, a articulação dos ombros é uma das mais complexas do corpo humano. Isso porque é a articulação que permite o maior grau de liberdade de movimentos.
 
“Uma das partes mais conhecidas dos ombros é o manguito rotador. Trata-se de um grupo de quatro músculos que se originam na omoplata e se conectam ao tendão do úmero, o osso do braço. Esse grupo muscular é usado em todos os movimentos que exigem rotação e atuam na estabilização da articulação dos ombros”.
 
“Contudo, o manguito rotador fica localizado num espaço pequeno, entre o úmero e a parte superior da omoplata, chamada de acrômio. Por esse motivo, o manguito rotador fica mais suscetível a ser pinçado ou pressionado entre esses dois ossos. Quando isso ocorre, é chamada de síndrome do impacto do ombro”, explica Walkíria.  


 
Outras causas

A síndrome do impacto do ombro também tem ligação com a tendinite e a bursite. A tendinite (inflamação nos tendões) é causada por movimentos repetitivos, como, por exemplo, jogar tênis ou praticar natação.
 
Já a bursite é a inflamação da bursa, estrutura cheia de líquido cujo principal objetivo é evitar o atrito entre os ossos, tendões e músculos.
 
Há ainda uma causa relacionada a alterações de nascimento no acrômio, que deixa o osso menos plano. Por fim, o surgimento de esporões ósseos também pode levar à síndrome do impacto do ombro.

“São lesões que se desenvolvem nas articulaoes que apresentam sinais de degeneração, ou ainda em áreas que sofrem tração por tendões ou ligamentos”, cita Walkíria.


 
Idosos e atletas

A síndrome do impacto do ombro pode atingir qualquer pessoa. “Porém, é mais comum em atletas, praticantes de natação, tênis, volei e em pessoas da terceira idade. O impacto do ombro também pode resultar de uma lesão, como uma queda com o braço estendido ou diretamente no ombro”, comenta a fisioterapeuta.


 
Dor em movimento

A síndrome do impacto do ombro pode se manifestar de várias maneiras. A dor está presente em praticamente todos os movimentos. “Pegar um objeto que esteja acima da altura da cabeça, dor ao abaixar o braço, dor ao mover o ombro para frente e para trás, dor ao deitar-se sobre o ombro afetado”, cita Walkíria.
 
Outros sintomas podem ser dor para lavar ou tocar as costas, fechar um zíper, escovar os cabeços, bem como fraqueza ou rigidez muscular nos ombros. “É importante dizer que as manifestações da síndrome do impacto do ombro se desenvolvem gradualmente. Podem ocorrer ao longo de semanas ou meses”, ressalta a especialista.


 
Como a síndrome do impacto do ombro é tratada?
 
Os objetivos do tratamento para a síndrome do impacto do ombro são reduzir a dor e restaurar a função do ombro.
 
“O tratamento é, na maioria dos casos, conservador. Ou seja, o paciente é encaminhado para a fisioterapia. Além disso, o médico também pode prescrever medicamentos anti-inflamatórios. A cirurgia é reservada para casos mais graves ou ainda quando o paciente não responde ao tratamento conservador”, relata Walkíria.
 
“Normalmente, o paciente chega com um quadro de dor importante. Nesse começo, usamos técnicas para alívio da dor. Quando há controle dos sintomas, iniciamos os exercícios para melhorar a amplitude de movimento e para fortalecer a musculatura dos ombros, especialmente para os músculos do manguito rotador”, explica a fisioterapeuta.
 
O reequilíbrio muscular, com alongamento do trapézio, do peitoral, bem como o fortalecimento dos rotadores externos e uma correção postural são os fundamentos da fisioterapia para tratar a síndrome do impacto do ombro.
 
“Com isso, o paciente pode retomar suas atividades, inclusive as esportivas. Entretanto, quando esse reequilíbrio não é alcançado na fisioterapia, a chance de recorrência é maior”, finaliza Walkíria.


Julho amarelo: 10 curiosidades sobre hepatites virais

Infectologista explica os tipos da doença e os seus tratamentos

 

Estabelecido em 2019, o Julho Amarelo é o mês de combate às hepatites virais. O intuito do mês é conscientizar as pessoas em relação aos diferentes tipos da enfermidade e reforçar ações de vigilância de saneamento como medida profilática contra essas doenças. "As hepatites virais são doenças infecciosas causadas por vírus e afetam o fígado ", explica o médico infectologista do Hospital Anchieta de Brasília, Victor Bertollo.

Um problema do sistema de saúde que tem diversas origens. O governo brasileiro se comprometeu em reduzir 90% das contaminações e 65% das mortes por hepatite até 2030, conforme firmado no Plano Estratégico Global das Hepatites Virais, da Organização Mundial de Saúde (OMS). "Apesar de infectar o fígado, cada tipo de hepatite tem sua peculiaridade", acrescenta Bertollo.

Você sabe quais as diferenças entre os tipos de hepatite? Pensando nisso, como forma de conscientizar, trouxemos algumas informações importantes e curiosidades sobre as hepatites virais.


1- Tipos de Hepatite

Atualmente, existem cinco tipos de hepatites diagnosticadas em humanos: A, B, C, D e E. "No Brasil, os tipos comuns são a A, a B e a C", explica o Dr. Victor. A hepatite D e E são comuns na Ásia e na África, mas também há casos na região Norte do Brasil. Ainda existem outros dois tipos de hepatites, a F e a G, mas que ainda não foram encontradas em pessoas.


2- Julho Amarelo e 28 de julho

Além de ter um mês dedicado à conscientização e sua prevenção, o dia 28 de julho é o Dia Mundial de Luta Contras a Hepatites Virais. A demanda de se criar uma data mundial para alertar a população partiu da representação brasileira na Assembléia Mundial da Saúde, da OMS, em 2012.


3- Transmissão

As formas de transmissão são diversas. Os vírus da hepatite A e E podem ser transmitidos de forma fecal-oral, ou seja, por meio de alimentos e água contaminados por resíduos fecais que contenham o vírus. "Esses tipos são mais comuns em locais com pouco saneamento básico, como encontrado em alguns locais no Brasil, principalmente nas regiões Norte e Nordeste", ressalta o infectologista.

Enquanto isso, os tipos B, C e D são transmitidos por vias sanguíneas e, também, por secreções. Dessa forma, esses tipos de hepatite podem ser consideradas doenças sexualmente transmissíveis. "O alerta para esses tipos é que o vírus pode ser transmitido de mãe para filho durante a gestação ou no parto", acrescenta o dr. Victor.


4- Sintomas e sinais

A grande preocupação com as hepatites virais é com a sua característica de ser, via de regra, uma doença silenciosa. "Existem pessoas que são portadoras dos vírus da hepatite B e C que não sabem que têm a doença", fala o especialista. Apesar disso, os sintomas, quando manifestados, são: enjoos, febre, perda de apetite, tontura, dor abdominal, mal estar, icterícia, urina escura e fezes claras.


5- Tratamento

O tratamento para tipo de hepatite possui as suas especificidades. A Hepatite A não tem tratamento específico. "O tratamento é de suporte e, nos casos mais graves, pode haver a necessidade de transplante hepático. A maioria das pessoas, no entanto, irá evoluir para cura espontânea, e a pessoa não pega o vírus mais de uma vez", clarifica o dr. Victor.

A hepatite A e B possuem atualmente vacinas. A vacina da hepatite B é administrada nos recém-nascidos 12 horas após o parto, e depois aos três e seis meses de idade. Ao total são 3 doses. Os adultos podem tomar vacina, caso não tenham recebido quando criança. A mesma vacina pode imunizar a pessoa contra a Hepatite D.

Já a Hepatite C não tem vacina, mas existe um tratamento com altas taxas de cura. "Atualmente o tratamento é bem curto e tem baixas taxas de efeitos colaterais", pontua o médico. Ele conclui que o tratamento tem duração média de três meses, apenas utilizando comprimidos, e está disponível gratuitamente no Sistema Único de Saúde (SUS).

Em todos os tipos, os médicos recomendam a suspensão da ingestão de bebidas alcoólicas e o início de uma dieta com pouca gordura.


6- Crianças vs Hepatite

As hepatites virais podem se manifestar diferente em um corpo infantil. No caso da Hepatite A, dificilmente o quadro se agrava, segundo o Dr. Victor. "Geralmente, as crianças que contraem o vírus não apresentam sintomas muito graves, podendo até ser assintomáticas, raramente evoluindo para formas graves", complementa.

No caso da Hepatite B, quando uma pessoa é infectada quando criança, as chances dela desenvolver um quadro crônico são maiores. "Essas pessoas podem desenvolver complicações na vida adulta caso não sejam diagnosticadas e tratadas de maneira oportuna", complementa o infectologista.


7- Hepatite C e HIV

Por conta da sua alta transmissibilidade, o vírus da Hepatite C é mais perigoso que o vírus HIV 5. Isso é explicado graças à capacidade de sobrevida do vírus da hepatite C, que fora do corpo, permanece vivo até 4 dias, e quando colocado em ambientes ou recipientes fechados, como uma seringa, sobrevive até dois meses.


8- Hepatites não virais

As hepatites podem também ser não virais, como a autoimune e a alcoólica. A hepatite autoimune acontece quando o próprio corpo começa a atacar o fígado com anticorpos. Com causa desconhecida, os principais sintomas da hepatite autoimune são dor nas articulações e abdominal, vermelhidão na pele, fadiga, redução da menstruação nas mulheres e aparecimento das veias na pele.

A hepatite alcoólica acontece por causa do consumo excessivo de álcool. Esse consumo pode levar a pessoa a ter cirrose e insuficiência hepática. Assim como na Hepatite A, os principais sintomas da hepatite alcoólica são febre, dores abdominais, falta de apetite, náusea e diarreia. No entanto, em casos mais graves, a pessoa pode ter acúmulo de fluidos no abdômen, convulsões, olhos e peles amarelados e perda de cabelo.


9- Medidas do governo

Em 2019, a Secretaria de Vigilância em Saúde, do Ministério da Saúde, publicou um Boletim Epidemiológico de Hepatites Virais no Brasil, com o objetivo de manter a população atualizada e informada sobre os casos da doença no Brasil. Os dados recolhidos vão de 1998 a 2018, e demonstram que 632.814 casos de hepatites virais foram confirmados. Desses casos, 36,8% deles eram de Hepatite B que, assim como a Hepatite C, está concentrada na região Sudeste. A região Norte concentra quase 75% dos casos de Hepatite D.


10- Prevenção e diagnóstico precoce

A prevenção contra as hepatites virais é de suma importância para diminuir a contaminação, enquanto o diagnóstico precoce diminui a chances de complicações. "O diagnóstico precoce é fundamental. Toda população acima de 40 anos deveria ser testada ao menos uma vez na vida, bem como pessoas que receberam transfusões de sangue antes de 1992, que tenha compartilhado seringas, faça uso de drogas injetáveis e inalatórias, e/ou que tenham práticas sexuais sem proteção", finaliza o infectologista, do Hospital Anchieta de Brasília.



Usar mais força na hora da escovação ajuda a limpar melhor os dentes?

Força excessiva e uso de escovas mais duras podem causar sérios prejuízos à saúde bucal


Escovar os dentes três vezes ao dia é um hábito essencial para garantir uma melhor saúde bucal. Mas, além da quantidade de vezes que a boca deve ser higienizada, é preciso se atentar à qualidade da escovação, ou seja, se ela é feita de forma correta ou não. Escovar os dentes com muita força, embora possa dar a ideia de que ajuda na limpeza e remoção de restos de alimentos, pode prejudicá-los mais do que beneficiá-los.

“Ao higienizar os dentes, o importante é desorganizar e eliminar a comunidade microbiana que está na superfície dentária, isto é, a placa bacteriana. Qualquer escovação mecânica tem força e energia suficiente para desorganizá-la e removê-la. Portanto, não há a necessidade de utilizarmos força excessiva para essa remoção”, explica o Dr. Ricardo Schmitutz Jahn, membro da Câmara Técnica de Periodontia do Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CROSP).

Quando é utilizada muita força durante a escovação, a boca pode sofrer lesões em seu interior, como na gengiva, nas bochechas, na língua ou embaixo dela, além do desgaste dental, o que pode levar à abrasão dos dentes. Esses fatores podem resultar na sensibilidade dentária, já que a base do dente fica exposta e sem a proteção do esmalte, além do risco de aparecimento de doenças bucais, como a cárie e o bruxismo.


Suavidade e calma na hora da escovação

A orientação para uma boa escovação bucal, segundo Ricardo, é que o processo de limpeza seja feito com cuidado e sem pressa. “A higienização com escova dentária deve ser realizada com calma e com bastante atenção para que a escova alcance a área entre os dentes e a gengiva e não machuque nenhuma estrutura. Lembre-se, o que deve ser escovado é o dente. A gengiva não precisa ser escovada. Gengiva gosta de dente limpo. Isso é o suficiente para ela”, diz o cirurgião-dentista.

A escovação também possui técnicas que variam conforme a idade, formato da arcada dentária, tamanho e posição dos dentes, mas a aplicação deve se basear na orientação de um profissional em saúde bucal que indique a técnica mais adequada para um melhor resultado. “De um modo geral, movimentos vibratórios das pontas das cerdas da escova sobre as coroas dos dentes, junto à gengiva, são efetivos para a remoção da placa”, comenta o Dr. Jahn.


Dê preferência a escovas com cerdas mais macias

Outro fator importante são as escovas utilizadas na hora da limpeza dos dentes. Há diversos modelos que são feitos para os mais variados casos, como idade, diferenças no tamanho do arco dental, tipo de gengiva e casos específicos, como aparelhos ortodônticos.

No caso de escovas com cerdas mais duras, sua utilização é indicada para a higienização de próteses dentárias removíveis. Porém, são contraindicadas para uso em geral, pois podem trazer lesões à cavidade bucal. “As escovas mais duras, ao invés de apenas remover a placa bacteriana, vão ajudar a desgastar as superfícies dentais, principalmente quando o indivíduo já tem retrações na sua gengiva”, detalha o Dr. Jahn.

O cirurgião-dentista explica que, para o uso diário, as escovas mais indicadas são as que possuem cerdas mais macias, o que não compromete a limpeza e diminui o risco de lesões. “Escovas macias são firmes o suficiente para remover o biofilme e diminuem o risco de abrasão dentária e ferimentos nas gengivas e outros tecidos da boca, uma vez que transferem menos força para a ponta das cerdas”.

Portanto, a escova ideal é aquela que se adequa melhor às condições e particularidades da boca de cada pessoa, mas o cirurgião-dentista ressalta: “O ruim mesmo é não usar escova. Em alguns lugares, o acesso a uma “boa” escova de dentes pode ser difícil. Nessas situações é melhor que se use uma escova fora de padrões do que não usar”.

 


Conselho Regional de Odontologia de São Paulo - CROSP

www.crosp.org.br


Manguezais são ecossistemas generosos e produtivos, que geram US$ 5 bilhões ao Brasil

 

·                     Dia Internacional de Proteção aos Manguezais, comemorado nesta segunda-feira, 26 de julho, chama a atenção para riscos e ameaças aos mangues e estuários
 

·                     Brasil possui uma extensão de 6.786 quilômetros ao longo de 16 estados costeiros – do Amapá até Santa Catarina
 

·                     Estão presentes em 338 municípios brasileiros, onde vivem 44 milhões de pessoas, o que representa 20% da população



O Dia Mundial de Proteção aos Manguezais, comemorado nesta segunda-feira, 26, lembra a importância de um dos ecossistemas mais produtivos e generosos da Terra, capaz de oferecer serviços ecossistêmicos valiosos e gerar ao Brasil benefícios socioeconômicos estimados em US$ 5 bilhões, especialmente com a pesca, turismo e valor de existência. Presentes em 338 municípios brasileiros, onde vivem 44 milhões de pessoas, o que representa 20% da população, os manguezais têm sua importância cada vez mais reconhecida pelos cientistas e, assim como outros ecossistemas, também sofrem ameaças. 

O Brasil possui uma extensão de 6.786 quilômetros ao longo de 16 estados costeiros – do Amapá até Santa Catarina. “Em algumas localidades, os manguezais contribuem com até 50% da pesca artesanal, alimentando o ciclo de vida de espécies marinhas de grande valor comercial, como robalos, tainhas, siris, ostras e caranguejos. Por suas paisagens únicas, o turismo é outra atividade que se beneficia desses ecossistemas”, explica Emerson Oliveira, gerente de Conservação da Biodiversidade da Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza.

Além de oportunidades para a geração de renda, os manguezais são reconhecidos por sua contribuição para a manutenção da vida marinha, sendo o espaço apropriado para a reprodução e desenvolvimento de inúmeras espécies, e também pela proteção costeira, oferecendo segurança diante do aumento do nível do mar provocado pelas mudanças climáticas. Esse ecossistema é capaz de prevenir a erosão da costa, preservando a infraestrutura urbana, e proteger as regiões costeiras contra a força das marés e dos ventos fortes vindos do mar, além do elevado potencial para a retenção de carbono em suas raízes. 


Fonte: “Oceano sem mistérios - Desvendando os Manguezais” - Fundação Grupo Boticário
 

“Apesar de serem berçários marinhos fundamentais para a conservação da biodiversidade, capazes de gerar trabalho e renda para milhares de brasileiros e serem reconhecidos como infraestrutura natural para mitigar os efeitos da crise climática, os manguezais sofrem pressão por diversas atividades, como mineração, sobrepesca, agricultura e carcinicultura; ocupação irregular e descarga de efluentes. A situação é bastante preocupante”, alerta Oliveira.

Com áreas de mangue conservadas, as regiões costeiras ficam menos expostas a inundações e à força dos ventos, ondas e marés. Estudos demonstram que 100 metros de manguezal reduzem a força das ondas em cerca de 60%. No tsunami que devastou Sumatra, na Indonésia, em 2004, nas comunidades onde havia manguezal a fúria das ondas foi reduzida e houve um impacto muito menor em comparação aos locais que substituíram os manguezais por resorts.

Sem manguezais, há redução da qualidade da água, há perda do carbono acumulado e redução dos estoques pesqueiros. Essas áreas sequestram 57% mais carbono do que outros tipos de vegetação tropical. “A integridade dos manguezais é capaz de mitigar o desequilíbrio do clima, um dos maiores desafios do nosso tempo.”, comenta o gerente da Fundação Grupo Boticário.

Estudos indicam que 25% de toda a extensão de áreas de manguezais já tenham sido perdidas no Brasil – sendo 36 mil hectares convertidos em tanques para criar camarões somente entre 2013 e 2016, conforme alertam os dados apresentados na publicação “Oceano sem mistérios: desvendando os manguezais”, organizada pela Fundação Grupo Boticário.


Década do Oceano

Ronaldo Christofoletti, professor do Instituto do Mar da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e membro da Rede de Especialistas em Conservação da Natureza (RECN), ressalta que a perda da biodiversidade não é apenas uma questão ambiental, mas também econômica, social, cultural e ética. “Difundir o conhecimento a respeito do valor dos manguezais e dos estuários, mostrando a importância dessas zonas de transição entre a terra e o mar, é também um dos desafios da Década da Ciência Oceânica para o Desenvolvimento Sustentável (2021-2030), uma iniciativa da Organização das Nações Unidas (ONU)”, comenta o professor, que é membro do Grupo Assessor de Comunicação para a Década do Oceano da UNESCO. “Precisamos chamar a atenção de toda a sociedade para a importância de proteger efetivamente esses berçários marinhos para que tenhamos um desenvolvimento sustentável dos ambientes costeiros e, consequentemente, possamos preservar a saúde do oceano e a vida em nosso planeta”, conclui.



Rede de Especialistas em Conservação da Natureza (RECN)

 www.fundacaogrupoboticario.org.br



Fundação Grupo Boticário


O ESG sendo acelerado pela tecnologia

Nestas últimas semanas de junho, o mês do Meio Ambiente, participei de vários debates e lives com empresas, acadêmicos e governos, ou seja, para os mais variados públicos. Fico muito feliz pela oportunidade e pela temática do ESG (Ambiental, Social e Governança, acrônimo ASG em inglês) estar cada dia mais em alta.

Foram diálogos muito produtivos, entretanto, ainda precisam ser inseridos no dia a dia das organizações, escolas, governos, casa das pessoas etc. É necessário avançar nesse processo, pois estamos na década da ação da Agenda 2030 da ONU, com os nossos 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS).

Um dos pontos que muito se questiona é o quanto a tecnologia pode acelerar o método de utilização nos processos e projetos, nas empresas e no governo. Neste caso, o livro “Como Evitar um Desastre Climático”, de Bill Gates, fundador da Microsoft, traz cinco perguntas para falar do clima: Como ligamos as coisas na tomada? Como fabricamos as coisas? Como cultivamos as coisas? Como transportamos as coisas? Como esfriamos e aquecemos as coisas?

Fantástico uma das pessoas mais ricas do planeta, que teve toda a sua trajetória mudando o mundo por meio da tecnologia, transformando o modus operandi da forma de trabalhar, criando um império em cima de bits e bytes, ter passado mais de dez anos estudando as causas e os efeitos das mudanças climáticas. E o bacana é que ele teve acesso aos principais especialistas mundiais para debater e ainda se preocupou em colocar de uma forma bem fácil de entender as repostas dessas perguntas.

Será que pessoas como ele, envolvidas nessa temática, podem abrir “janelas” (trocadilho para Windows) para que possamos nos desenvolver de forma inclusiva, acessível e justa, preservando e regenerando o planeta?

Essas cinco perguntas acima servem para nos questionarmos pessoalmente e perguntarmos para todas as empresas e governos. Mais do que isso, ir atrás dessa temática como uma oportunidade de negócios e melhorias dentro das companhias, não esquecendo que os grandes investidores estão de olho em perfis organizacionais que aprimoram sempre os seus indicadores de ESG.

Pensando nesses desafios como oportunidades, o Distrito Dataminer ratifica esse raciocínio na pesquisa com o título Inside ESG Tech, de 2021, explicando as questões atuais e entrevistando vários profissionais da área. Além disso, o relatório do estudo mostra um mapeamento totalizando 740 startups que estão trabalhando e tendo impacto diretamente em algumas das áreas do ESG.

Em 2000, eram somente 23 startups. Atualmente, no tema Social são 36% de startups, no Ambiental 35% e 29% na Governança, sendo que na última década as 260 startups sociais receberam aproximadamente 1 bilhão de dólares.

Ainda nesta pesquisa, aparecem muitas dessas startups trabalhando para resolver problemas sociais, ambientais e de governança das empresas, ou seja, no B2B. Sendo que 17,4% delas são para as questões de água e energia e 14,52% para Martech, diversas soluções para o relacionamento, comunicação e transparência com os consumidores, indicador importante relacionado ao social no ESG.

E, finalizando, o estudo apresenta empresas na área ambiental, como a Moss.Earth, fintech em crédito de carbono tokenizado; a Trashin, uma cleantech focada na gestão de resíduos 360 graus.

No social, apresenta a Zenklub, plataforma on-line que presta serviços de bem-estar e saúde emocional dentro das empresas; Opinion Box, startup de pesquisa digital dedicada às soluções de pesquisa de mercado; Incentiv.me, que atua na área de inovação tributária, criada para incentivar projetos de impacto social por meio da transformação dos impostos, em investimentos que gerem benefícios para a sociedade.

E na área de governança está descrito a Egalitê, que auxilia as pessoas com deficiência a entrarem no mercado de trabalho, além de as empresas a cumprirem a lei de cotas com um recrutamento assertivo; a Datarisk, que oferece uma plataforma de modelagem preditiva focada na concessão de créditos e análises de dados para gestão de riscos dos investimentos das empresas; a Ecotrace, que foca na rastreabilidade de alimentos ao longo da cadeia produtiva no Agronegócio; Eureciclo, que fica como o braço de compliance de logística reversa da New Hope Ecotech; e a Plataforma Verde, especializada no gerenciamento de resíduos por meio de blockchain.

Ótimos exemplos para respondermos às perguntas do Bill Gates e termos esperança de que conseguiremos sim, aliar a tecnologia ao ESG. Porém, precisamos acelerar e investir mais em empresas como essas. Mais do que isso, educar e informar uma quantidade maior de pessoas, sobre o movimento do desenvolvimento sustentável e a importância da tecnologia.

E você e a sua empresa, o que estão fazendo?

 


Marcus Nakagawa - professor da ESPM; coordenador do Centro ESPM de Desenvolvimento Socioambiental (CEDS); idealizador e conselheiro da Abraps; idealizador da Plataforma Dias Mais Sustentáveis; e palestrante sobre sustentabilidade, empreendedorismo e estilo de vida. Autor dos livros: Marketing para Ambientes Disruptivos, Administração por Competências e 101 Dias com Ações Mais Sustentáveis para Mudar o Mundo (Prêmio Jabuti 2019).

www.marcusnakagawa.com, www.blogmarcusnakagawa.com;

@ProfNaka


Fuso de 12 horas não será problema para acompanhar Jogos Olímpicos, aponta pesquisa

  • Levantamento da plataforma TIM Ads aponta que mais da metade dos entrevistados acompanhará competições ao vivo;
  • Dados apontam o futebol como esporte que mais desperta a atenção do público, seguido por vôlei e natação;
  • A TV e os smartphones são os aparelhos preferidos dos que vão assistir ao evento multiesportivo;



Um dos maiores eventos de massa do mundo e com origem que remonta à Grécia Antiga, os Jogos Olímpicos de Tóquio serão acompanhados por 66,2% dos brasileiros. O levantamento feito pela TIM, por meio da plataforma de pesquisa online TIM Ads, com 111,5 mil usuários da operadora de todo o Brasil, revela que a diferença de 12 horas do fuso horário parece não ser impedimento para manter o torcedor acordado na madrugada: um público fiel de 50,6% dos entrevistados disseram que vão acompanhar os esportes ao vivo.

Ainda em relação aos horários invertidos, outros 15% responderam que irão ver as gravações das competições em momentos mais convenientes. A pesquisa apontou ainda que o interesse pelo esporte em geral é maior que o de somente torcer pelo verde-e-amarelo: apenas 11,1% disseram que só acompanharão as disputas que só envolvam brasileiros. A TV é o aparelho preferido para assistir ao evento multiesportivo, citado por 60% dos participantes, seguida por smartphones, com 26,1%, computador (7,2%) e rádio (4,3%).


Destrinchando um pouco mais a pesquisa, descobre-se que 42,6% acompanharão as competições pela TV aberta, 19,1% por TVs a cabo e outro tanto pelas redes sociais. A seguir, 13,8% responderam que veriam por portais na internet e 7,9% pelos aplicativos TIM Bancas e TIM News — que surgem à frente dos serviços de streaming, preferidas por 4,8%.

Dos esportes favoritos dos brasileiros nas Olimpíadas, o futebol mantém a sua predileção. O levantamento mostra que 44,9% acompanharão a busca do bicampeonato olímpico pela seleção masculina e do ouro inédito pelo time liderado por Marta. Logo atrás, completando o pódio da preferência do público, surgem vôlei (26%) e natação (20,6%). Uma curiosidade: o interesse pelas lutas é o mesmo demonstrado pela ginástica olímpica: 18,6%.

Skate e surfe, duas modalidades que estreiam nos Jogos Olímpicos de Tóquio, serão a preferência de 14,7% e13% do público, respectivamente. À frente somente da esgrima (6,5%) e halterofilismo (4,6%), a canoagem, competição em que o Brasil conquistou quatro medalhas nos Jogos Rio 2016 e que tem o atual campeão do mundo, o mineiro Isaquias Queiroz, é a preferência de 7,7% dos entrevistados.



Série documental sobre os 100 anos de participações brasileiras em Olimpíadas


Patrocinadora oficial do Comitê Olímpico do Brasil (COB), a TIM apresenta a terceira temporada da série “100 Anos – O Brasil nas Olimpíadas”. Realizada pelo SporTV, em parceria com o Olympic Channel e a Federação Internacional de Cinema e Televisão do Comitê Olímpico Internacional, a produção estreou nesta semana no canal e na Globoplay, resgatando a história dos atletas brasileiros em mais de 20 modalidades esportivas, com imagens inéditas e raras do século XVII ao século XX.

A atual temporada tem 10 episódios e mostra a jornada do país em competições de ginástica artística, nado sincronizado, saltos ornamentais, tênis, maratona, handball, esgrima e triathlon. Apresenta também a origem do campeonato brasileiro de futebol, a supremacia dos atletas do País no surfe – que estreia como modalidade olímpica em Tóquio – e a forte ligação do brasileiro com o jiu-jitsu, que ainda não faz parte do programa da competição mundial.




TIM

 www.tim.com.br


Covid-19: Procura por testes de anticorpos neutralizantes podem aumentar até o fim do ano, diz especialista

Fora do Brasil, a procura é considerável e o especialista em negócios Diego Arruda diz que aqui não será diferente

 

O número de pessoas que estão relatando nas redes sociais que o organismo não está produzindo mecanismos de defesa contra a Covid-19, vem aumentando nos Estados Unidos nos últimos meses. São desabafos de indivíduos que tiveram seus testes de anticorpos neutralizantes negados, após tomarem a vacina.

 

Um ponto a ser ressaltado é que todas as vacinas disponíveis hoje no mercado - somente no Brasil temos quatro à disposição -, não impede que uma pessoa seja infectada, por isso, ainda é necessário usar máscara, álcool em gel e manter o distanciamento.

 

Outro ponto é que, tão importante quanto saber que já está vacinado, é procurar saber se o sistema imunológico está produzindo anticorpos para combater o vírus. Diferentemente da população estadunidense, segundo o consultor em negócios Diego Arruda, os brasileiros ainda não despertaram.

 

"Ainda não é uma procura, mas acredito que até o final do ano, depois de ser imunizado com as duas doses, boa parte da população vai despertar para saber se realmente estão protegidos contra o vírus", disse o especialista.

 

O teste de anticorpos neutralizantes foi aprovado pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), e tem como objetivo analisar se o indivíduo possui anticorpos capazes de neutralizar a entrada do coronavírus nas células. O exame é realizado através de uma coleta de sangue.

 

"Muita gente ainda não entendeu que, caso você esteja imunizada, muitos não vão produzir os anticorpos neutralizantes, pois existe a ideia de que esteja cem por cento protegido contra a doença. Pelo contrário, a pessoa só vai ter segurança depois de testado, depois de saber que realmente está produzindo anticorpos neutralizantes", pontua.

 

"A procura já está acontecendo em outros países e acredito que é só uma questão de tempo para isso chegar no nosso mercado", finalizou. 

 

 

Diego Arruda - especialista em ajudar pessoas a empreender e a descobrir oportunidades de negócios. Através de consultorias e treinamentos, ajuda a revelar nichos de mercado para parceiros e clientes. Com a chegada da pandemia, conseguiu o registro de teste rápido para a Covid19, o que gerou uma grande colaboração para a sociedade e um forte faturamento indo na contramão da crise. A meta agora para os próximos anos é continuar empreendendo e expandindo os negócios buscando novas oportunidades.


IA no desembaraço aduaneiro: a agilidade que o comércio exterior necessita

Quem trabalha com comércio exterior sabe como é rigoroso o processo de documentação. Uma informação errada pode gerar atraso na liberação da carga e, consequentemente, na entrega. Isso sem contar as multas e outros prejuízos financeiros, que podem variar de acordo com o tempo em que a mercadoria fica retida. Para evitar este tipo de dor de cabeça e facilitar a gestão de processos, a automação se tornou uma grande aliada na identificação de possíveis gargalos e falhas. Assim, a empresa pode atuar de maneira preventiva e, em caso de algum problema, solucioná-lo sem comprometer a operação logística.

Neste contexto de maior complexidade, que envolve a aprovação de documentos pela Receita Federal e outros órgãos anuentes na importação e exportação, a Inteligência Artificial ganha espaço. A tecnologia auxilia na captura e avaliação dos dados, além de preencher automaticamente informações que antes precisavam ser inseridas manualmente no sistema.

Com investimentos em novas soluções tecnológicas, as companhias evitam erros em função do volume de informações, ampliam a segurança e garantem conformidade nos processos em toda a cadeia. Outro ponto relevante é o ganho de agilidade nas etapas de entrada e saída de mercadorias de um país. Assim, processos que demandavam dias podem ser realizados em algumas horas e, muitas vezes, avaliados simultaneamente com a utilização de softwares robustos.
Ao combinar automação e Inteligência Artificial, as companhias acabam liberando os colaboradores de atividades maçantes e burocráticas para que se dediquem, de fato, aos negócios e aos clientes. O comércio exterior de hoje requer inovação para se tornar mais ágil, descomplicado, eficiente e competitivo.

De acordo com estudo da IDC, as receitas mundiais do mercado de IA devem crescer 16,4% em 2021, o que representa um volume de US$ 327,5 bilhões. A expectativa é que o mercado ultrapasse a marca de US$ 500 bilhões em 2024. O avanço na utilização das soluções de Inteligência Artificial, acelerado durante a pandemia, deve se manter.
Segundo a consultoria, a IA vem se tornando onipresente em todas as áreas funcionais de uma empresa, possibilitando experiências transformadoras para clientes e funcionários. O comércio exterior segue esta tendência e tende a se beneficiar cada vez mais do potencial analítico da tecnologia para gerar insights que poderão definir novas estratégias e futuros negócios. O céu (não) é o limite para a inovação!

 


Giancarlo Targa - Diretor Aduaneiro da Asia Shipping, maior integradora de cargas da América Latina

 

Como integrar novos funcionários em tempos de pandemia e home office

Uma experiência positiva de integração pode aumentar a retenção de novos contratados em 82%, de acordo com guia recente da Udemy

 

Quem nunca teve um primeiro dia de trabalho estressante? É difícil encontrar quem não tenha uma história como as seguintes para contar: saiu de casa mais cedo do que o necessário para estar no escritório no horário e ainda assim se atrasou porque não conhecia bem o trajeto, pegou chuva no caminho e chegou no trabalho com a roupa toda molhada ou precisou esperar horas para ter um computador e uma mesa para usar.

A boa notícia para os profissionais que estão trabalhando em home office durante a pandemia (e para os muitos que devem continuar assim mesmo quando ela acabar) é que situações constrangedoras como essas não vão mais acontecer tão cedo.

De acordo com o relatório “The Portrait of a Pandemic at Work” (em português, “O Retrato da Pandemia no Trabalho”), divulgado no segundo semestre de 2020 pela Udemy, o maior destino do mundo para cursos online, 48% dos profissionais americanos considerariam deixar os seus empregos se as empresas nas quais trabalham não oferecessem opções de trabalho flexíveis.

Além disso, uma experiência positiva de integração pode aumentar a retenção de novos contratados em 82% e elevar a produtividade em mais de 70% – segundo o “The Definitive Virtual Onboarding Guide for Distributed Teams” (em português, “O Guia Definitivo para Integração de Times Distanciados”), produzido pela Udemy no começo deste ano. Por isso, inclusive para os profissionais em home office, a experiência de integração é fundamental.

Mas como fazer isso bem de forma remota? O guia da Udemy diz que as empresas e os seus times de RH devem considerar três pontos ao adaptarem para o home office a integração de novos funcionários.

São eles: 1) incentivar os novos contratados a estabelecerem conexões sociais na empresa e também a tirarem períodos de tempo para se desconectar, com o objetivo de não se sentirem isolados nem esgotados; 2) ajudar os funcionários a conhecerem a cultura da empresa e 3) criar documentos claros e atribuir tarefas corretamente para que os funcionários otimizem o próprio tempo e confiem na empresa.

A instrutora de RH na Udemy e na Udemy Business Ana Cristina Moraes dá uma dica prática para integrar novos funcionários nos tempos de pandemia e home office que estamos vivendo: enviar para a casa do contratado um kit de boas-vindas (por exemplo, uma caixa de café da tarde com o logotipo da empresa) para ser consumido durante a reunião de integração, que deve incluir colegas e chefes com quem a pessoa conviverá no dia a dia.

Outras dicas da instrutora são designar um “padrinho” ou uma “madrinha” para acompanhar o novo contratado durante os seus primeiros 90 dias na empresa, enviar para o recém-chegado um material com as informações principais sobre a empresa e a área e oferecer treinamentos rápidos sobre temas com os quais ele irá se deparar no novo cargo, tanto ministrados por pares e colegas de áreas relacionadas como oferecidos por plataformas de cursos online, como a Udemy.

Por fim, Ana Cristina enfatiza a importância da empatia no trato com os funcionários (novos e antigos) nos tempos atuais. “Ela reforça a marca empregadora, diminui ruídos na comunicação interna e ajuda na manutenção da cultura organizacional”, afirma ela. “Todos nós estamos passando por momentos de incerteza atualmente e contar com o apoio da empresa em que trabalhamos é muito bom.”

 


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Com a alta dos juros, será que é hora de partir para a renda fixa?

A taxa de juros no Brasil, que estava em queda desde 2016 e chegou a bater uma mínima histórica de 2% no ano passado, voltou a subir desde março de 2021. Em junho, a taxa Selic alcançou 4,25% e as projeções de analistas de mercado colocam a possibilidade desse índice subir ainda mais, possivelmente alcançando ao menos 6,5% ainda neste ano.

Alterações macro sempre influenciam as decisões de investimentos de grandes e pequenos investidores, justamente porque mudam diretamente a rentabilidade dos ativos para a renda fixa. Com alta de juros, há um aumento dos investimentos remunerados ao CDI, mas não apenas. O rendimento da poupança também acaba melhorando nesse cenário. 

Mas será que é tão simples assim? Subiu juro, hora de partir para a renda fixa?


Hora de fazer cálculos

Como tudo no mercado financeiro, não existe resposta mágica ou simples na hora de montar uma carteira de investimentos. Mesmo com os juros subindo, a taxa Selic ainda está longe do patamar duplo dígito que não vemos no Brasil desde 2017. 

Além disso, a previsão para a inflação é alta pelo menos até o fim do ano. Em relatório, a XP Investimentos disse esperar IPCA de 6,2% em 2021. A alta da inflação vem por conta de pressões de custos sobre bens industriais e também por conta da crise hídrica no país, com anúncio do aumento da bandeira tarifária feito pela Aneel, que vai ter impacto no custo da energia elétrica.

Assim, é preciso avaliar qual será o rendimento real da renda fixa quando a alta dos juros é comparada à alta da inflação. Esses tipos de cálculos exigem cuidado e atenção, tanto do assessor financeiro quanto do investidor pessoa física. Para além das planilhas de Excel, hoje em dia é possível encontrar uma série de ferramentas que tornam esse cálculo mais simples e personalizado. Em nossas soluções, investidores e profissionais conseguem encontrar cálculos precisos sobre a rentabilidade dos títulos de renda fixa do mercado. 


Ativos na renda fixa

Mais do que mudar a alocação, o investidor precisa ter uma carteira diversificada. Assim, ativos de renda fixa têm o seu papel em uma carteira até mesmo dos investidores mais arrojados ou agressivos.

No cenário de alta de juros, conforme é esperado para os próximos meses, a tendência é que ativos pós-fixados, ou seja, aqueles atrelados à variação de um dia das taxas de juro básicas, tendem a se beneficiar. Ao mesmo tempo, uma carteira diversificada também se beneficia da existência de ativos que serão corrigidos por um índice inflacionário, por exemplo o IPCA.

Por conta da perspectiva de aumento da inflação, manter uma parte da carteira dedicada a ativos que sejam corrigidos pela inflação deve proteger o investidor dos efeitos da alta nos preços do consumidor nos próximos meses e os títulos de Renda Fixa com remuneração indexada ao IPCA (conhecidos como IPCA+) acabam se tornando também boas alternativas.

Já ativos pré-fixados, que não estão atrelados a nenhum indexador, acabam sendo mais atraentes quando há uma expectativa de baixa de juros. Apesar de não ser o caso, eles podem ser interessantes para investidores que buscam maior previsibilidade e, inclusive, podem ter rentabilidade maior do que pós-fixados, a depender dos juros e do prazo de vencimento. 

Desse modo, vale a pena para o investidor conferir as possibilidades, avaliar as perspectivas de juros e inflação para os próximos anos e fazer seus investimentos tendo em mente uma carteira diversificada, mas coerente com o perfil de cada investidor.

 


Ana Carolina Zogno - CCSO (Chief Customer Success Officer) da Smartbrain.



Com a pandemia, expectativas de ganhos com Jogos Olímpicos são frustradas no Japão

 País investiu 11 bilhões de euros na organização do evento, mas não terá retorno no curto prazo, diz professor da ESPM

 

Tóquio abriu hoje as Olimpíadas pela segunda vez em sua história. Diferentemente de 1964, quando o Japão sediou as competições com crescimento acelerado na economia, agora o país  enfrenta um cenário de estagnação há três décadas. Os Jogos, cuja organização consumiu investimentos de 11 bilhões de euros, eram a esperança para um impulso para a economia japonesa. “Havia uma alta expectativa de que a economia fosse crescer com o aumento do turismo e com uma renovação na imagem do país. Com o adiamento das Olímpiadas no ano passado e o avanço da covid-19, essas expectativas foram frustradas. Os altos investimentos ficarão sem retorno no curto prazo. A esperança é que as melhorias implementadas beneficiem o turismo após o fim da pandemia”, diz Alexandre Uehara, coordenador do Núcleo de Estudos e Negócios Asiáticos da ESPM. 

Para Uehara, essa frustração com o adiamento das Olimpíadas se tornou ainda mais negativa com a condução da política de saúde pública pelo governo local. “O governo japonês não se comunicou bem com a população durante a pandemia. O Japão é o país com maior proporção de idosos no mundo: são 30% da população. Essa parcela vulnerável não foi tratada como prioridade no discurso, que destacava mais a importância das Olimpíadas do que a contenção da pandemia para os grupos mais frágeis. A vacinação teve um cronograma mais lento do que o esperado e isso não foi bem visto”, diz.

Com esse cenário, cresceu a oposição de parte importante dos japoneses aos Jogos, o que provocou a redução de exposição de patrocinadores locais como a Toyota e a Panasonic. “Agora, a torcida dos organizadores é que não haja um surto de covid durante as Olimpíadas. Isso traria prejuízos ainda maiores para a organização e para o governo japonês”, afirma.


Brasil ultrapassa marca de 130 milhões de vacinas Covid-19 aplicadas

Campanha de vacinação avança rapidamente, mais de 58% do público-alvo já tomou a primeira dose

 

O Brasil atingiu a marca de mais de 130 milhões de doses de vacinas Covid-19 aplicadas nesta sexta-feira (23). São mais de 93 milhões de pessoas que já receberam a primeira dose do imunizante. Isso significa que 58% da população-alvo, de mais de 160 milhões de brasileiros maiores de 18 anos, já completou esta etapa da vacinação.

O ritmo acelerado da campanha reflete na situação epidemiológica da pandemia no país: só na última semana, de acordo com o último boletim epidemiológico, o Brasil registrou redução de 14% nas mortes em relação à semana anterior. A média móvel de óbitos registrada na terça-feira (22) - 1,2 mil - é a menor dos últimos quatro meses.

Mais de 600 milhões de doses estão contratadas pelo Ministério da Saúde até o fim de 2021, após acordos com diferentes laboratórios. Somente em agosto, está prevista a chegada de mais de 63 milhões de doses.

Até o momento, mais de 164 milhões de doses foram distribuídas a todos os estados e o Distrito Federal. A imunização no Brasil pode ser acompanhada pela plataforma LocalizaSUS.

 

 Nathan Victor

Ministério da Saúde


Embora legal, a demissão pelo whatsapp é recomendável?

 

Essa prática pode não ser a ideal. Entenda:


O século XXI trouxe muitas mudanças tecnológicas. Celulares, computadores em geral, internet… todas essas facilidades mudaram o nosso meio social. Com a pandemia do coronavírus, então, essas transformações se intensificaram ainda mais, de modo que, com o isolamento social, todas as áreas sofreram algum impacto, bem como o mercado de trabalho.

Visto que milhares de pessoas pelo mundo todo estão empregadas na modalidade remota, as relações entre funcionário e chefe foram bastante afetadas. “A tecnologia já ocupava um lugar bastante grande no mercado de trabalho; mas, com a pandemia, isso ficou ainda mais forte, a ponto de chegar nos momentos de demissão”, afirma a gestora de carreira e especialista em RH, Madalena Feliciano.

Atualmente, foi divulgado pelas mídias em geral, a notícia de que agora, a partir de meados de 2021, as demissões feitas pelo aplicativo de mensagens Whatsapp, serão aceitas legalmente. Isso porque, com a difusão desse meio de comunicação e os trabalhadores em formato remoto, as empresas passaram a utilizar mais essa ferramenta e, assim, os relacionamentos e questões firmadas por lá também são utilizadas em processos e outros cenários jurídicos.

O desligamento pode ser feito pelo Whatsapp?

Apesar de legal, entretanto, essa prática pode não ser muito indicada, “O processo de desligamento da empresa é sempre muito delicado”, afirma a profissional. Por isso, é importante levar em conta, além dos negócios, a humanidade de cada funcionário.

“Demitir pelo Whatsapp, embora legal, pode não ser recomendável. Afinal, é dispensado, nesse modo, uma conversa franca e sincera que deve ocorrer nesses casos”, explica Madalena. 


Qual a diferença com o modelo tradicional?

Ao passo que no modelo presencial haveria uma conversa reservada e explicativa sobre o motivo da decisão de desligamento da empresa, pelo Whatsapp são desconsiderados qualquer desejo e vontade do empregado. “Isso promove a ideia de desvalorização do funcionário”, alerta. 


Na pandemia

Isolados e ainda preocupados com os avanços do coronavírus, a saúde de todos deve estar em primeiro lugar. Por isso, ao invés de uma conversa presencial ou ainda pelo Whatsapp, “é recomendável uma demissão por videoconferência”, soluciona, Madalena. Uma reunião online, embora menos pessoal do que uma presencial, pode ser bastante resolutiva para ambas as partes. 

 



Madalena Feliciano - Gestora de Carreira e Hipnoterapeuta

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