Mais do que vaidade, a relação com o espelho é uma construção emocional. Especialistas explicam como entender a própria imagem pode impactar a segurança e a autenticidade.
A autoimagem é uma lente invisível por meio da qual
cada pessoa se vê e, a partir disso, define como vai se apresentar ao mundo.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 60% das mulheres relatam
insatisfação com a própria aparência. O dado, embora pareça estético, revela
algo mais profundo: a desconexão entre identidade e imagem.
Para a terapeuta e consultora de imagem Carla
Fabião, a forma como uma mulher se enxerga está diretamente
ligada à sua autoestima e ao modo como se posiciona socialmente. “A imagem é o
reflexo de um estado interno. Quando uma mulher não se reconhece, tende a se
esconder, usar roupas que disfarçam, que muitas vezes não revelam quem ela é!
Mas quando ela está alinhada com quem é, a imagem se torna um meio de
expressão, não uma defesa”, explica.
A psicologia já comprova que a percepção visual de
si mesma influencia diretamente o comportamento. Um estudo da Universidade de
Stanford mostrou que mulheres que se sentem bem com sua aparência têm três vezes
mais chances de adotar atitudes assertivas no ambiente de
trabalho.
Carla observa esse reflexo no dia a dia de suas
clientes. “Há mulheres que chegam inseguras, repetindo padrões visuais que não
têm mais a ver com sua fase atual. À medida que se reconectam emocionalmente,
passam a usar a roupa como aliada, e não como disfarce. Não é sobre seguir
tendências, é sobre se reconhecer de novo.”
De acordo com ela, a consultoria de imagem vai
muito além do que vestir. É uma ferramenta de autoconhecimento que ajuda a
traduzir visualmente a essência de cada mulher. “Quando você entende suas
cores, seus estilos e o que comunica através deles, começa a viver com mais
coerência e liberdade”, afirma.
“Autoimagem é o espelho da alma. Quando o olhar
interno se cura, o reflexo também muda”, conclui Carla.

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