Infecções bucais
são comuns em pacientes soropositivos; uso de luvas, máscaras e processos mais
rígidos nos consultórios ganharam força após primeiros casos de HIV
Mais de 38 milhões de pessoas vivem com HIV/Aids no
mundo, segundo dados da Unaids. No Brasil, de acordo com o Ministério da Saúde,
são mais de 920 mil infectados com o vírus, que tem como característica
favorecer o desenvolvimento de infecções, inclusive na boca, fazendo com que
dentistas tenham papel importante tanto no diagnóstico precoce quanto no
acompanhamento e tratamento dos pacientes.
“É comum o surgimento de lesões na boca, provocadas
pela baixa imunidade dos infectados ou pelo uso de medicamentos. Para o
tratamento, a segurança dos pacientes e profissionais é fundamental, por isso
há uma série de protocolos que garantem isso”, explica o dentista e diretor de
novos produtos da Neodent, Sérgio Bernardes. “Processos de preparação,
prevenção e proteção são atualizados constantemente com esse foco. Foi assim
quando surgiram os primeiros casos de aids e mais recentemente na pandemia da
covid-19”, complementa o profissional.
Biossegurança
Protocolos mais rígidos de segurança em
consultórios odontológicos surgiram em todo o mundo após a epidemia de
HIV/aids. O uso regular de luvas e máscaras começou a se intensificar nesse
período, como forma de proteger profissionais e pacientes. Outras ações de precaução
como a limpeza dos equipamentos e instrumentos, a esterilização e o descarte
correto dos materiais descartáveis foram práticas que ganharam maior força a
partir da década de 1980 e que hoje são essenciais na prática
odontológica.
“Já se sabe que os consultórios são preparados para
evitar qualquer tipo de transmissão de doenças, seja HIV, hepatites, covid-19,
entre tantas outras. Na odontologia, existe um reforço constante para treinar
profissionais e tranquilizar pacientes quanto à biossegurança e reforçar a
importância da saúde bucal”, ressalta o dentista, que participou, durante a
pandemia, da iniciativa Conta Comigo, desenvolvida pelo Grupo Straumann América
Latina para apoiar os profissionais nos momentos mais críticos da crise
sanitária.
O projeto teve o apoio institucional do Conselho
Federal de Odontologia (CFO), do International Team for Implantology Brasil
(ITI) e da Universidade Ilapeo, e do Sebrae. Uma série de treinamentos
gratuitos reforçou protocolos de biossegurança em quatro frentes: consultório,
profissional, equipe auxiliar e paciente.
Além de Sérgio Bernardes, os conteúdos foram
elaborados pelo presidente científico e fundador da Neodent, Geninho Thomé,
pelo professor da UFPR e especialista em biossegurança, Sérgio Guandalin, e
pela cirurgiã bucomaxilofacial e implantodontista, Maria Claudia Vieira
Guimarães. “Em momentos como a chegada de novas doenças de tão rápida
disseminação, é necessário reforçar e criar novas rotinas de segurança dentro
dos consultórios, que já são reconhecidamente ambientes preparados para evitar
qualquer tipo de transmissão de doenças”, avalia Sérgio.
Com temas como o uso adequado dos equipamentos de
proteção individual, as mudanças na rotina do paciente dentro do consultório e
os desafios constantes para os profissionais, a iniciativa chegou a ser
replicada em vários outros países.
Neodent®
Nenhum comentário:
Postar um comentário