Nódulo endurecido, fixo e, geralmente, indolor. Mudança na aparência, posição ou formato do mamilo, saída espontânea de líquido de um dos mamilos, pele da mama vermelha ou parecida com a casca de uma laranja, pequenos nódulos no pescoço ou nas axilas - esses são alguns dos sinais do câncer de mama. Dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), mostram cerca de 66.200 novos casos em 2020, representando 29,7% de todos os canceres listados no Brasil.
Nem sempre a mastectomia (retirada da mama) está
indicada, porque vai depender de diversos fatores, mas principalmente da
extensão do tumor, porém, quando ela é necessária, além de todo medo,
insegurança e trauma que a doença já traz, pode vir com ela a perda da
autoestima.
O cirurgião plástico Dr. Fernando Amato conta que é preciso
analisar o tratamento oncológico proposto, já que nem sempre a reconstrução da
mama com prótese de silicone pode ser realizada de imediato, principalmente,
nos casos em que se retira muita pele ou mesmo precedem um tratamento
complementar com radioterapia.
“A reconstrução mamária pode fazer a diferença para o
resgate da autoestima e da confiança feminina, contribuindo até mesmo para o
fortalecimento da batalha contra a doença”, explica Dr. Amato.
Diferentemente de uma cirurgia estética, a mama
reconstruída tem características distintas. Dr. Fernando conta que, muitas
vezes, os mamilos precisam ser refeitos. “A mama reconstruída não terá a mesma
aparência da mama saudável, já que pode ficar com cicatrizes e consistência
diferente. Por isso, sempre oriento que a paciente busque suporte psicológico
para superar esse momento”, comenta Dr. Fernando Amato.
Ainda como resgate da autoestima, durante e depois
do tratamento de câncer, praticar atividade física, ter uma alimentação
saudável e manter o peso adequado, além de contribuírem para uma melhor
qualidade de vida, ajuda muito no resgate da autoestima.
Cirurgia Reparadora é Lei - A realização de cirurgia
plástica reparadora, com ou sem o uso de dispositivo médico implantado (
prótese de silicone), passou a ser garantida para todas as pessoas graças ao Projeto de Lei 9657/18, aprovado pela Comissão de
Seguridade Social e Família da Câmara dos Deputados e que altera as Leis nº
8.080, de 19 de setembro de 1990, e nº 9.656, de 3 de junho de 1998, ampliando
as leis existentes para os casos de cirurgia plástica reparadora para todas as
mutilações, reforçando a cobertura da cirurgia pelo planos de saúde, de acordo
com o projeto de lei aprovado.
“E isso vale independentemente de quais sejam as
mutilações, ou qualquer que seja a deformidade e até mesmo para o uso de
materiais implantáveis, como a prótese de silicone na mama como também outros
materiais para outras áreas do corpo. Preferencialmente, realizados no mesmo
tempo cirúrgico da cirurgia mutiladora ou deformante”, explica Dr. Amato, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia
Plástica (SBCP).
Dr.
Fernando C. M. Amato – Graduação, Cirurgia Geral, Cirurgia Plástica e
Mestrado pela Escola Paulista de Medicina (UNIFESP). Membro Titular pela
Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, membro da Sociedade Internacional de
Cirurgia Plástica Estética (ISAPS) e da Sociedade Americana de Cirurgiões
Plásticos (ASPS).
https://www.instagram.com/meu.plastico.pro/
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