Os filmes de terror são os queridinhos de muitos, em especial no período do Halloween, mas você sabe como nosso cérebro processa esse filme e porque temos medo deles?
Você gosta de filme de terror? Apesar
de estarem recheados de alguns sustos e provavelmente seguidos de uma noite mal
dormida, eles são amados por um público fiel que, em especial no período de
Halloween, tem o compromisso com as produções do gênero.
Mas por que temos medo? Por que nosso
cérebro tem medo de um simples filme? Por que apesar de sentirmos medo não
paramos de assistir os filmes de terror?
Porque os seres
humanos sentem medo
Antes de mais nada, o medo é um
processo natural do ser humano e fundamental para a preservação da vida, é um
sinal de alerta diante do perigo que desencadeia uma série de reações físicas e
mentais que o tornam mais preparado para lidar, ou escapar, de determinada
situação.
O medo teve uma importância fundamental
para a sobrevivência da nossa espécie, ele possui raízes profundas, desde os
primórdios do desenvolvimento do Homo Sapiens, onde o medo foi desenvolvido
como um mecanismo de alerta diante de situações que punham em perigo a sua
integridade física.
Mas para cumprir o seu papel, o medo
precisa despertar algumas reações no organismo, como explica o Pós PhD em
neurociências e Biólogo, Dr.
Fabiano de Abreu Agrela.
“O medo desperta uma série de
importantes reações biológicas no organismo como o tensionamento dos músculos,
aumentando o estado de alerta, o aumento da glicose no sangue, fornecendo maior
energia para lidar com a situação, o corpo libera adrenalina, cortisol,
epinefrina, dentre outros hormônios que ajudam a dilatar as pupilas e aumentar
a atividade do coração e pulmões”. Explica.
Mas, por que
sentimos medo de filmes de terror?
Existem diversos tipos de
artifícios cinematográficos para estimular sensações de medo e ansiedade no
espectador, seja por meio de imagens, sons e pela imersão do espectador na
história.
Além disso, os famosos “jump scares”,
ou sustos, são recursos que os filmes de terror usam para estimular um susto
rápido, no entanto, apesar de termos a sensação e os reflexos característicos
do medo, a sensação de estarmos no conforto de nossas casas ou na poltrona do
cinema nos impede de ter a sensação completa, uma espécie de “medo controlado”,
o que nos leva a outra dúvida.
Por que gostamos
de assistir filmes de terror mesmo com medo?
Se arrepiar, sentir aquele frio na
espinha e até mesmo ficar com medo até da própria sombra não parece ser uma
experiência muito boa não é? Pelo contrário, ela pode até mesmo ser prazerosa.
As sensações desencadeadas pelo medo no nosso organismo são muito similares às
de prazer e a liberação de adrenalina e outros hormônios também pode tornar a
sensação satisfatória.
Além disso, as sensações de “alívio
pós-medo” também pode ser um dos causadores do gosto por filmes de terror, como
explica o Dr. Fabiano de Abreu.
“Quando
você sente medo seu corpo fica em estado de alerta, essa reação é regida pelo
seu cérebro emocional, mais impulsivo, no entanto, em situações como em um
filme de terror ou em um trem fantasma, por exemplo, logo seu “cérebro
racional” identifica que não há perigo real, o que causa um relaxamento do
corpo, uma sensação de alívio que pode ser bastante prazerosa”.
Prof.
Dr. Fabiano de Abreu Agrela - Pós PhD em neurociências, mestre em
psicologia, licenciado em biologia e história; também tecnólogo em antropologia
com várias formações nacionais e internacionais em neurociências. É diretor do
Centro de Pesquisas e Análises Heráclito (CPAH), Cientista no Hospital
Universitário Martin Dockweiler, Chefe do Departamento de Ciências e Tecnologia
da Logos University International, Membro ativo da Redilat - La Red de
Investigadores Latino-americanos, do comitê científico da Ciência Latina, da
Society for Neuroscience, maior sociedade de neurociências do mundo nos Estados
Unidos e professor nas universidades; de medicina da UDABOL na Bolívia, Escuela
Europea de Negócios na Espanha, FABIC do Brasil, investigador cientista na
Universidad Santander de México e membro-sócio da APBE - Associação Portuguesa
de Biologia Evolutiva. Membro de 4 sociedades de alto QI, entre elas a Mensa
International e a mais restrita do mundo Triple Nine Society.
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