Quem nunca lidou com a sensação de queimação que
surge no alto do abdômen e pode chegar até o peito e a garganta pode comemorar.
O sintoma, mais conhecido como azia, incomoda e, por isso, o recurso mais
habitual para solucioná-lo rapidamente é optar por medicamentos. O
gastroenterologista do Hospital Edmundo Vasconcelos, Eduardo Berger, no
entanto, explica que mudanças de hábito podem solucionar o quadro de maneira
permanente ou pelo menos até que se obtenha o diagnóstico do que provoca a
sensação.
Entre os itens que evitam a azia estão uma dieta
adequada, sem intervalos longos em jejum, o controle de peso e dos problemas
emocionais. “Tornar a rotina mais saudável é muito importante para solucionar a
azia. Mas, mesmo com o sintoma eliminado, deve-se procurar um especialista para
entender sua causa. Uma simples azia pode indicar diversas patologias. O
diagnóstico correto é essencial para identificar qual é ela”, alerta.
Entre as doenças que podem provocar o sintoma
estão: gastrites, duodenites, hérnia de hiato, esofagite de refluxo, úlceras
gástricas ou duodenais e outras mais raras. “As drogas que atuam na redução
drástica da produção de suco gástrico, habitualmente terminadas com o sufixo
“prazol”, nunca devem ser usadas sem a prescrição do médico”, explica o
profissional.
“Mesmo o uso esporádico de antiácidos, inclusive o bicarbonato de sódio, merece atenção. Essa alternativa, quando usada de forma frequente, ou seja, mais de 3 a 4 vezes por semana, é um sinal de atenção que demonstra a hora de procurar um médico”, complementa.
Hábitos que podem provocar azia:
- Ter uma alimentação baseada
em alimentos industrializados, com adição de produtos químicos ou
conservantes nocivos para o organismo;
- Não ingerir líquido no
volume adequado. O indicado é uma média de 2 a 3 litros de líquidos por
dia, a depender das condições climáticas;
- Exagerar no consumo de café,
bebidas alcoólicas, alimentos excessivamente adoçados (como refrigerantes)
e alimentos com gordura em excesso;
- Manter uma dieta com poucas
fibras, como grãos, verduras e legumes, frutas, farinhas e alimentos
integrais;
- Permanecer longos períodos
em jejum, passando de 3 horas de intervalo entre refeições;
- Ingerir refeições muito
volumosas;
- Obesidade;
- Ter vida atribulada e
distúrbios emocionais
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