Segunda maior
causa de morte no Brasil, doença fez 100 mil vítimas no país em 2021
Segunda principal causa de morte no Brasil, ficando
atrás somente do infarto, o acidente vascular cerebral (AVC) é lembrado no dia
29 de outubro - Dia Mundial do AVC - como forma de alertar a população sobre os
riscos e sintomas da doença.
De acordo com dados do portal da transparência da
Arpen Brasil (Associação de Registradores de Pessoas Naturais), publicados no
site Rede Brasil AVC, 105.755 pessoas morreram vítimas do problema, em 2021,
número maior que o registrado em 2020 (103.073).
Mundialmente, os dados relacionais ao AVC também
chamam a atenção: uma morte a cada 6 segundos no mundo; a cada quatro pessoas,
uma sofrerá um AVC em algum momento da vida e pode ocorrer com qualquer pessoa
em qualquer idade.
O Acidente Vascular Cerebral acontece quando os
vasos que levam sangue ao cérebro entopem ou se rompem, paralisando a área
cerebral que ficou sem circulação sanguínea.
“Existem dois tipos de AVC. O isquêmico é quando os
vasos cerebrais entopem devido a uma trombose ou embolia. Já o hemorrágico, os
vasos sanguíneos se rompem, geralmente, no interior do cérebro. Outra possibilidade
é quando os vasos se rompem entre o cérebro e a aracnóide”, explica a médica
neurologista e membro titular da Academia Brasileira de Neurologia, Dra. Inara
Taís de Almeida.
Apesar de existirem dois tipos de AVC, alguns
sintomas são comuns e servem de alerta, pois quanto mais rápido for o
diagnóstico, maiores as chances de recuperação.
“A fraqueza ou dormência na face, braços ou pernas
afetando um dos lados do corpo; paralisia; dificuldade para se comunicar e
perda ou dificuldade para enxergar são sintomas comuns do AVC”, contou a
neurologista.
O AVC é uma doença que acomete mais os homens,
pessoas com mais de 55 anos, pessoas negras e pessoas com histórico de doença
na família. Alguns fatores, como hipertensão, diabetes, obesidade, tabagismo e
sedentarismo, podem aumentar a probabilidade de ocorrência do AVC.
“A pessoa que sofre um Acidente Vascular Cerebral
pode ficar com sequelas, como ter um lado do corpo paralisado ou ter a fala e a
visão prejudicadas. Ao suspeitar que uma pessoa está tendo um AVC, peça para
ela sorrir e veja se os dois lados do rosto mexem. Verifique também se os dois
braços podem ser elevados, como o movimento de abraçar, e se a fala apresenta
alteração. Se identificar pelo menos duas alterações, procure imediatamente o
hospital. A intervenção médica pode diminuir e até evitar sequelas”, concluiu
Dra. Inara Taís de Almeida.
Após avaliar o paciente, o especialista vai definir
qual o melhor tratamento. O processo de reabilitação pode começar ainda no
hospital, podendo ser conduzida por uma equipe multiprofissional, formada por
neurologista, fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais.
Dra. Inara Taís de Almeida - Neurologista e
Neuroimunologista de São Paulo, membro titular da Academia Brasileira de
Neurologia. Graduação em Medicina pela Faculdade de Tecnologia e Ciências e
residência médica na Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo.
Fellowship clínico (especialização) em Neuroimunologia no Ambulatório de
Doenças Desmielinizantes na Universidade Federal de São Paulo - Unifesp.
Instagram: @inara.neuro
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