Ma. Tcharla
Bragantin, professora do curso de Administração do Módulo e da FASS, explica o
cenário das empresas com seus colaboradores durante os jogos
Um dos eventos mais
esperados do ano está se aproximando, a Copa do Mundo. E com ele todo
entusiasmo dos brasileiros que amam o mundo do futebol e assistir os jogos
tradicionalmente. Porém, um ponto atípico é a data, que acontecerá em novembro
e dezembro, devido a sede ser em Qatar.
Diante do
cenário, muitos já especulam: “será que minha empresa vai parar nos jogos?”,
“minha empresa é obrigada a dar folga?” e “será ponto facultativo ou
obrigatório?”.
Esclarecendo
as dúvidas mais evidentes sobre a folga nos dias dos jogos da Copa do Mundo, a
Profa. Ma. Tcharla Bragantin, coordenadora do curso de Administração do Centro
Universitário Módulo e da Faculdade São Sebastião (FASS), aponta que a
legislação brasileira não prevê a obrigatoriedade das empresas em liberarem
seus trabalhadores para assistirem os jogos da Seleção Brasileira.
“Os
colaboradores que se ausentarem ou até mesmo faltarem durante os jogos da seleção
poderão sofrer desconto em seus vencimentos ou até mesmo a imposição de sanções
disciplinares como advertência, exceto se a empresa, por mera liberalidade, os
dispensar”, explica a docente.
Assim, para
manter o bom clima organizacional entre a empresa e seus subordinados durante
os jogos, há a possibilidade de se fazer acordos. Devido ao fuso horário, os
jogos da Seleção Brasileira ocorrerão em horário comercial. Com isso, sugere
Tcharla, as empresas podem usar os dispositivos já previstos na legislação
trabalhista vigente como a compensação de jornada e a fixação de banco de
horas, para as duas situações. “Diante disso é importante que a empresa faça um
acordo com os colaboradores formalizando a proposta posteriormente”, coloca.
A
orientação é: próximo ao início da Copa do Mundo, para que não haja dúvidas
quanto a decisão tomada pela empresa, é importante que a empresa comunique os
colaborares com antecedência sobre as decisões. “Cabe a companhia sinalizar se
haverá horários especiais. diferentes dos habituais, para entrada e saída, se
terá a possibilidade de assistir os jogos nas dependências da empresa (essa
opção é bastante atraente especialmente para os casos em que os colaboradores
residem longe do trabalho) ou qualquer outra alteração”.
Ainda, o
home office poderá ser um aliado durante a Copa do Mundo. “A liberação para o
trabalho remoto durante os dias de jogos da Seleção Brasileira é uma excelente
opção para aquelas empresas e para os cargos/setores em que há essa possibilidade,
visto que a modalidade permite que os colaboradores assistam os jogos de suas
casas, não acumulem tarefas e ainda não tenham que enfrentar as dificuldades de
deslocamento casa/trabalho”, reforça Tcharla.
Em
contrapartida, a professora de Administração do Módulo e da FASS destaca que
existe alguns setores, como bares e restaurantes, que a interrupção do turno de
trabalho é quase inviável. “Durante esse período, esses segmentos costumam ser
grandes atrativos para os brasileiros assistirem os jogos, e a suspensão do
turno de trabalho pode atrapalhar o desenvolvimento das atividades pois
geralmente esses aproveitam comercialmente as datas exibindo os jogos para
ajudar no faturamento. Vale ressaltar que gestores e colaboradores tenham
ciência dessas características para que a equipe de trabalho esteja
comprometida e engajada”, finaliza.
Centro Universitário Módulo
Faculdade São Sebastião
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