Créditos: FAP - Tomorrow Summit |
Neurocientista, Dr. Fabiano de Abreu, comentam sobre a herança comportamental passada entre pais e filhos
Quando pensamos em hereditariedade é comum lembrarmos de genes,
características físicas, heranças dominantes e recessivas e até mesmo herdar a
predisposição para doenças. Porém, é válido ampliar esse pensamento e considerar
a hereditariedade daquilo que se encontra fora do campo da genética: o
comportamento. “Somos seus espelhos, eles são nossos reflexos. Isso é natural e
biológico. Os humanos quando nascem, são 100% dependentes de nós, inclusive,
somos a espécie mais vulnerável de todas ao nascer. Essa dependência gera a
cópia, que formata uma personalidade de priori a repetir o que ensinamos e o
que se vê e sente”, explica o PhD em neurociências, biólogo e antropólogo, Dr. Fabiano de Abreu.
De acordo com ele, mesmo dentro da genética, o que é feito pelos pais, é íntimo à personalidade do filho. “Temos todos os ingredientes para que possamos cuidar para que possam copiar, o que de melhor podemos dar, aparentar e ensinar”, pontua. O doutor explica ainda que, por a família ser o primeiro grupo de pertencimento, acaba tornando-se referência tanto para copiar ações admiráveis, quanto para repúdio e mudança de atitudes consideradas ruins. “Somos peças de uma grande engrenagem. Não podemos tudo, muito menos sozinhos. Estamos como singulares imersos em plural. Herdamos geneticamente e aprendemos comportamentos que nem imaginávamos querer”, pontua.
Nesse contexto, o Dr. Fabiano de Abreu acredita que os comportamentos podem ser herdados mesmo sem as nuances cognitivas da experiência prévia. “Estava brincando com meu filho de 3 anos de mexer em sua orelha, ele não gosta disso, mas eu sei o limite. Quando minha filha fez o mesmo, ele logo reclamou. Quando tentei explicar que ele não gostava, ela disse que eu havia feito a mesma coisa. Ou seja, ela copiou minha atitude, só que não há nela ainda o desenvolvimento cognitivo para entender as nuances do limite”, exemplifica o neurocientista.
Por isso, a educação é muito mais do que uma obrigação parental, é
uma estratégia relevante para evitar danos futuros. “Podemos evitar
adolescentes problemáticos, envolvimento com drogas, falta de perspectiva
profissional e outras circunstâncias se soubermos boas formas de educar nossos
filhos”, explica.
Prof. Dr. Fabiano de Abreu Agrela Rodrigues- PhD em Neurociências,
Mestre em Psicanálise, Doutor e Mestre em Ciências da Saúde nas áreas de
Psicologia e Neurociências com formações também em neuropsicologia, licenciatura
em biologia e em história, tecnólogo em antropologia, pós graduado em
Programação Neurolinguística, Neuroplasticidade, Inteligência Artificial,
Neurociência aplicada à Aprendizagem, Psicologia Existencial Humanista e
Fenomenológica, MBA, autorrealização, propósito e sentido, Filosofia,
Jornalismo, Programação em Python e formação profissional em Nutrição Clínica.
Atualmente, é diretor do Centro de Pesquisas e Análises Heráclito; Membro ativo
da Redilat - La Red de Investigadores Latinoamericanos; Chefe do Departamento
de Ciências e Tecnologia da Logos University International, diretor da MF Press
Global, membro da Sociedade Brasileira de Neurociências e da Society for
Neuroscience, maior sociedade de neurociências do mundo, nos Estados Unidos.
Membro da Mensa International, Intertel e Triple Nine Society (TNS), associação
e sociedades de pessoas de alto QI, esta última TNS, a mais restrita do mundo;
especialista em estudos sobre comportamento humano e inteligência com mais de
100 estudos publicados.
Tema na coluna: https://www.resilienciamag.com/nossos-filhos-herdam-nossos-genes-e-tambem-as-nossas-sombras/
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