O médico ortopedista, Dr. Bruno Takasaki Lee, especialista em pés, da capital paulista, revela que saltos podem sim ser utilizados, mas todo cuidado ajuda -- e muito -- na prevenção de lesões que muita gente nem imagina que podem acontecer a longo prazo com o calçado.
Tamanho do salto
Os de até 2cm não trazem grandes prejuízos já que
elevam o calcanhar e ajudam a diminuir a tensão na fáscia plantar e no tendão
calcâneo. “A elevação dos calcanhares leva ao deslocamento do centro de
gravidade, o que gera um aumento da anteversão da pelve e, por consequência, um
aumento da lordose lombar, ou seja: há um “empinamento” do bumbum. Talvez essa
alteração estética seja o único benefício do uso do salto alto”.
Modelo
De acordo com o médico, quanto mais largo o salto,
para aumento da estabilidade e prevenção de entorses, e quanto mais baixo o
salto, para redução na biomecânica da marcha, melhor além do peso do corpo
ficar mais distribuído no calçado.
Tempo de uso
Também é preciso parcimônia quanto ao período de
tempo que o corpo permanecerá com o sapato. “Não é recomendável o uso de salto
por muitas horas consecutivas, especialmente se for ficar em pé ou caminhando.
Se você tem alguma ocasião em que o salto alto faz parte do vestuário, use
apenas durante o evento. Assim, se você precisa usar salto no seu trabalho, use
um calçado baixo e confortável quando estiver indo e voltando, e reserve o uso
do salto para o tempo necessário”, diz.
Dr. Bruno alerta aos riscos associados ao uso de
salto alto. “Por diminuir a superfície de contato do pé com o chão, a pessoa
está mais suscetível a sofrer entorses do tornozelo e joelho. E o aumento do
peso no antepé, aumenta as lesões por sobrecarga nessa região. Pode haver
também sobrecarga muscular nas panturrilhas, coxas, joelhos e na região
lombar”, avisa.
Para evitar esses efeitos adversos, a melhor forma
é a prevenção com exercicoos de fortalecimento dos grupos musculares envolvidos
quando se usa o salto. “Fortalecimento e alongamento da musculatura dos membros
inferiores são palavra de ordem além de cuidados com a região lombar e abdômen
que ajudam a reduzir os efeitos lesivos da alteração crônica da biomecânica e
centro de gravidade do corpo”, diz Dr. Bruno.
Dr. Bruno Takasaki Lee - CRM:
120.229 - Ortopedista Especialista em Pé e Tornozelo. Médico formado e
Especializado pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Tendo
praticado inúmeras atividades esportivas durante sua vida, o Dr. Bruno Lee
integra seu conhecimento técnico ao esportivo, unindo o conhecimento anatômico,
patológico e funcional para o alcance do melhor resultado no tratamento de suas
patologias. Nos últimos anos, o Dr. Bruno Lee buscou continuamente o
aperfeiçoamento nas técnicas minimamente invasivas para tratamento das patologias
dos pés. Esta nova técnica, em sua opinião, revolucionou e continuará
revolucionando o cuidado nas patologias do pé e tornozelo.
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