A história das sobremesas
que conquistam o paladar dos brasileiros
Os doces árabes, elaboradíssimos, geralmente
feitos de nozes, amêndoas, frutas secas e mel, e aromatizantes com essências,
como a de rosas e a de flor de laranja, que entraram no paladar brasileiro
desde a imigração árabe no final do século XIX.
Um doce
muito conhecido e antigo e tradicional no Oriente Médio é o Halawi
(pronuncia-se raleu). Feito com mel, açúcar e bastante tahine, que é uma
pasta de gergelim, o sabor deste último ingrediente é bem acentuado, assim como
a doçura desta preparação. Uma variação desta receita é considerada o doce
egípcio mais antigo de que se tem notícia.
Durante a
era conhecida como "Antigo Egito" (aquela época em que o país ainda
era governado por faraós) o raleu era feito com pasta de tâmaras, cardamomo e
nozes picadas. Por fim, era enrolado e passado em mel, canela e pó e amêndoas
torradas picadas.
O
gergelim, principal ingrediente do doce, sempre teve papel importante na
culinária do Egito Antigo, pois era uma maneira de incrementar a alimentação. A
origem destas sementes, no entanto, é ainda mais antiga e mitológica. Segundo
uma lenda assíria, durante a criação do mundo os deuses se reuniram e beberam
vinho feito com as sementes de gergelim. Para os hindus, elas simbolizam a imortalidade.
Há quase
três décadas, o tradicional restaurante Arabesco, se instalou em Perdizes e
trouxe sua rica cultura árabe a São Paulo. Os principais pratos oferecidos
levam ingredientes de iguarias sírio-libanesas e fazem sucesso no restaurante.
Entre os doces, não poderia faltar o Halawi.
ARABESCO
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