Programas que
conversam com humanos já são utilizados nas mais diversas áreas e, quanto mais
informações forem passadas para eles, mais inteligentes eles ficam
Cada vez mais presentes no nosso cotidiano, os
assistentes virtuais (softwares que imitam uma pessoa) estão evoluindo e se
tornando uma alternativa para diversas tarefas profissionais e casuais.
Utilizados em atividades que vão desde pesquisas sobre a previsão do tempo
até atendimentos personalizados, a tecnologia já desponta como o futuro da
computação.
Prova disso é que nomes como “Siri” e “Cortana” já
fazem parte do circulo do conhecimento de muita gente. Aposta de grandes
empresas de tecnologia, os assistentes otimizam nosso dia a dia e acabam se
transformando em colegas virtuais.
Mesmo gerando medo e desconfiança em alguns e
fascínio e curiosidade em outros, no geral ainda pode parecer engraçado o fato
de conversar com um aparelho eletrônico. Quem desmistifica a questão é Sylvia
Bellio, especialista em infraestrutura de TI da It Line Technology - Maior
Canal de Vendas da Dell do Brasil.
“Esses sistemas, cada vez mais comuns e utilizados
nas mais diferentes vertentes, nada mais são que computadores que aprenderam
com a gente. Nós fornecemos informações para eles durantes anos e por isso eles
conseguem sugerir e resolver questões que décadas atrás só outro ser humano
poderia responder”, explica Sylvia.
A especialista pontua que os programas facilitam a
nossa vida em dezenas de quesitos diferentes. Ao ter acesso ao seu celular, por
exemplo, o assistente sabe dos seus gostos e consegue sugerir as respostas mais
adequadas para o seu perfil.
“Isso acontece quando pedimos ao assistente a
previsão do tempo, por exemplo. A máquina já sabe onde você mora e fala a
temperatura da sua região. Quando o celular te lembra de um compromisso também.
Como você já anotou aquilo no calendário eletrônico, ele somente faz o alerta”,
pontua.
Os números envolvendo os assistentes virtuais
Por causa dos incontáveis benefícios da
Inteligência Artificial (IA), conceito pilar dos assistentes virtuais, o mundo
viu nos últimos anos uma explosão da tecnologia. A evolução das antigas
secretárias eletrônicas, que só gravavam e reproduziam chamadas telefônicas,
agora está na cara de serviços como o “Watson” (IBN),“Alexa” (Amazon) e “Bixby”
(Samsung), além das já citadas Siri (Apple) e Cortana (Microsoft).
E os benefícios apresentados por sistemas que
possuem IA fazem com que a área da computação receba investimentos nunca vistos
antes. De acordo com o International Data Corporation (IDC), os investimentos
neste tipo de tecnologia devem chegar ao patamar dos 77,6 bilhões de dólares em
2022. Para comparação, no ano passado os gastos no setor ficaram em cerca de 24
bilhões de dólares no mundo.
As cifras no setor estão bilionárias justamente por
causa da otimização que ferramentas assim causam no dia-a-dia das pessoas,
empresas e até mesmo governos. Sobre este último, uma empresa internacional de
consultoria afirmou, em relatório do ano passado, que o desenvolvimento das
grandes economias dependerá da aplicação destes sistemas inteligentes. De
acordo com a consultoria, as maiores economias do mundo podem dobrar suas taxas
de crescimento até 2035 se souberem usar os softwares.
Funcionamento
Por trás do aprendizado das IA’s estão conceitos
como “machine learning” e “deep learning”. Sylvia pontua que o primeiro
conceito é quando uma máquina é programada para absorver e identificar padrões
nas informações aprendidas. O segundo, mais complexo, encadeia dados de forma
mais específica e pode reconhecer imagens e sons.
“Inteligência Artificial é a capacidade de dispositivos
eletrônicos de funcionar de uma maneira que lembra o pensamento humano. Ou
seja, a partir disso os computadores conseguem perceber variáveis, tomar
decisões e resolver problemas. Enfim, operar em uma lógica que remete ao nosso
raciocínio”, pontua a especialista.
Sylvia fala sobre o assunto com propriedade, pois
possui, inclusive, um livro chamado “Simplificando TI”, que demonstra como
a computação pode ser acessível a todos os públicos.
Atualmente, até mesmo instituições como os bancos
estão entrando na onda dos programas que simulam humanos. É o caso da “Bia”,
assistente do Banco Bradesco, e a “Babi”, do Banco Inter. Nestes casos, a
funcionalidade é chamada de “chatbox”. Adotado por lojas virtuais e grandes
prestadores de serviços, o chatbox serve para tirar as dúvidas mais
corriqueiras e encaminhar resoluções de problemas comuns dos clientes.
“As empresas utilizam nomes de pessoas justamente
para gerar aquela sensação de proximidade. É como se você estivesse conversando
com um igual e não com uma máquina. O efeito de empatia que isso causa no nosso
cérebro é extremamente importante”, diz Sylvia.
Além disso, esse mercado também possui
os “chatbots”. Eles são programas que conversam com o usuário, por texto, como
se fosse outra pessoa digitando. O sistema já está implantado em grandes redes
sociais como o Facebook e aplicativos de mensagem como o WhatsApp. Tanto
chatbots quanto chatbox são menos complexos que os assistentes virtuais, que
conseguem até mesmo lembrar de contextos e coisas ditas anteriormente.
Dicas de como usar melhor os assistentes
Por último, a especialista em tecnologia Sylvia
Bellio elenca algumas dicas para utilizar os assistentes virtuais da melhor
maneira possível:
- Interaja com o assistente. Quando mais a
tecnologia for requisitada, mais ela ficará com a sua cara, entenderá suas
necessidades e o seu perfil;
- Tenha em mente que para otimizar a ferramenta, os
programas têm acesso a praticamente todos os seus dados que estão na rede. O
acesso aos dados até pode ser bloqueado, caso você queira. Com isso, porém, o
assistente ficará sem parâmetro para te ajudar com tarefas mais pessoais como
sugestões de restaurantes, por exemplo;
- Apesar de aparentarem saber de todas as informações
possíveis, as máquinas ainda estão aprendendo. Quando for realizar uma busca,
procure utilizar parâmetros claros e objetivos.
- O conhecimento das máquinas é, em suma, o
conhecimento humano. A diferença é que as máquinas possuem uma alta capacidade
de armazenar informações e buscar por padrões. Apesar disso, elas ainda não são
seres humanos e também não sabem responder sobre o sentido da vida;
- Os assistentes virtuais já conseguem realizar
compras e pedidos em lojas. Portanto, fique atento com crianças que usem o seu
telefone. Não são poucos os casos, principalmente nos Estados Unidos, onde os
pequenos fizeram gastos de centenas de dólares por engano. Para evitar este
tipo de coisa, não fique logado automaticamente nas lojas;
- Para evitar vazamentos dos dados apreendidos
pelos assistentes virtuais, use antivírus.
Sylvia
Bellio - Iniciou a carreira no setor financeiro, atuando
como gerente da área administrativa de grandes instituições bancárias. Diretora
Geral da IT Line Technology - Maior Canal de Vendas Dell do Brasil em 2015. Com
mais de 15 anos de experiência no mercado de tecnologia conduz sua equipe de
arquitetos de soluções e executivos de negócios para se posicionem lado a lado
com os profissionais de TI na busca de soluções para resolver os desafios de
negócios das empresas. Agraciada, através de sua empresa, por anos consecutivos
com os mais conceituados prêmios da Dell Computadores. Introduziu no Brasil
fabricantes como: Dot Hill Systems de armazenamento FC; EqualLogic armazenamento
Iscsi; Force10 de networking; Compellent de armazenamento FC|ISCI Tem papel de
destaque no empoderamento feminino dentro do universo da tecnologia. É a
única mulher a compor o conselho das empresas parceiras da Dell no Brasil.
Participou de diversas edições do Dell World e das últimas edições do Dell
Women’s Entrepreneur Network.
IT
Line Technology
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