quinta-feira, 29 de novembro de 2018

7 passos para uma recuperação mais tranquila após uma cirurgia ortognática



Entenda a importância do cuidado com o seu organismo após procedimento cirúrgico


O crescimento desproporcional dos ossos da face, além de comprometer esteticamente o formato do rosto, pode estar relacionado a outros distúrbios como: ronco e apneia do sono, má oclusão, dor ou dificuldade para se alimentar. Para a correção, nesses casos, o mais indicado é o tratamento ortodôntico muitas vezes associado ao tratamento cirúrgico. 

Com o intuito de realocar os maxilares, a cirurgia ortognática consiste em um processo de ‘’soltar’’ o maxilar superior e inferior. Para reposicionar de maneira correta são utilizados placas e parafusos de titânio e, em alguns casos ainda é preciso mexer no queixo, dependendo da necessidade identificada pelo cirurgião bucomaxilofacial. 

Esse é um procedimento que trata de problemas em três planos da face chamados de: antero-posterior, vertical e transversal. Sendo, o primeiro relacionado ao prognatismo (queixo grande), retrognatismo (queixo pequeno) e, em outros casos, a falta de crescimento da maxila. O segundo, está associado a problemas de excesso ou deficiência de altura da face, como por exemplo, quando a pessoa sorri e mostra muito a gengiva ou mostra pouco os dentes superiores. Já o terceiro, é referente à desarmonia no sentido latero-lateral, nesse caso há um desvio dos maxilares que deixa a face assimétrica e desarmônica, podendo gerar a mordida cruzada posterior (quando os dentes de baixo estão para fora enquanto os de cima para dentro).

‘’Essas anomalias podem estar associadas a dores nos músculos da mastigação ou na região articular. A cirurgia ortognática reposiciona a maxila e a mandíbula, deixando um perfil mais harmônico e melhorando a função do paciente, como a oclusão e a mastigação.’’ afirma Dr. Sylvio Vivone, cirurgião bucomaxilofacial  formado pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP com pós graduação em cirurgia da articulação temporomandibular pelo Miami Anatomical Research Institute - M.A.R.C. – Miami – EUA.


A complexidade do procedimento exige dedicação no pós-operatório

Os cuidados pós-operatórios são cruciais para garantir o sucesso de qualquer procedimento cirúrgico. E, se tratando de recomendação médica, todo cuidado é pouco. “Hospitalizados ou mesmo em casa é muito importante que os pacientes façam a manutenção continuada do resguardo”, afirma Vivone.

Confira abaixo as dicas recomendadas pelo Cirurgião que garantem a maior eficácia após a operação:

1 - Repouso de qualquer atividade física no primeiro mês.

2 - Evite ficar exposto ao sol e locais muito quente.

3 – Nos dois primeiros dias após ter realizado o procedimento, realizar compressas frias, tomando cuidado para não colocar o gelo diretamente na pele e causar queimaduras.  

4 - Mantenha a cabeceira inclinada, utilizando mais travesseiros.

5 - Evite alimentos com consistência sólida nos primeiros dias, e siga as orientações do seu cirurgião de como ir acrescentando alimentos com consistência mais sólida.

6 - O uso de álcool ou hábitos tabagistas deve ser restrito.

7 - Não deixe de ir às consultas médicas para acompanhar a evolução do quadro.

É importante ressaltar que o especialista responsável deve estar à disposição para qualquer sinal diferente durante todo o pós operatório. “Quando o paciente passa por esse tipo de procedimento, o acompanhamento deve ser quase que integral, o profissional precisa demonstrar que está ali para ajudá-lo”, completa Vivone.

A forma do tratamento e a relação entre o paciente e o cirurgião deve ser da forma mais clara possível para que a recuperação ocorra com tranquilidade, confortável e segura. Para dúvidas ou queixas consulte os especialistas da área e tenha um diagnóstico mais preciso.


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