Grávida de seis meses, a socialite norte-americana Kim Kardashian revelou recentemente que
sofre de acretismo placentário – nome dado à placenta que adere de forma
invasiva e agressiva à parede do útero - e corre o risco de ter que retirar o
útero após o nascimento de seu segundo filho com o rapper Kanye
West.
O
acretismo placentário é uma doença gestacional que pode levar a mulher a uma
hemorragia severa e merece atenção. Por isso, Karina Zulli, ginecologista e
obstetra do Hospital e Maternidade São Luiz, unidade Itaim, explica o que é
esta condição, seus riscos e cuidados.
1.
O que é acretismo placentário?
O acretismo placentário é uma doença caracterizada pela
invasão profunda da placenta na parede uterina. “Quando o embrião chega ao útero normalmente um complexo
vascular começa a ser gerado para a formação da placenta. Em alguns casos esse
processo é deficiente, já que a placenta invade profundamente a cavidade
uterina, podendo até comprometer órgãos próximos. Quanto maior for à invasão da
placenta para dentro do útero e abdômen mais grave é a doença”, explica Karina
Zulli.
2.
Existe alguma pré-disposição à doença?
Sim, a pré-existência de cicatrizes no útero ocasionadas por
cesáreas, curetagens, remoção de miomas e a ocorrência da placenta prévia podem
predispor a grávida ao acretismo. “Nesses casos é possível prever a doença
durante o pré-natal. O acompanhamento médico irá identificar a profundeza
de penetração da placenta para tentar evitar complicações, que são inerentes
apenas ao momento do parto. Mas não há como impedir que o acretismo ocorra e/ou
progrida”, esclarece a especialista. Fora esses casos, geralmente não é
possível prever a doença antes do nascimento do bebê.
3. Quais são os sintomas?
A maioria dos casos não
apresenta sintomas específicos. No entanto, quando a gestante apresenta uma placenta de inserção mais baixa
do que o normal, conhecida como placenta prévia, há chances de aparecer um sangramento vaginal vermelho vivo no terceiro trimestre da gestação.
4. Por que esta
condição é tão perigosa?
“Porque durante o parto a placenta
não sai por completo, comprometendo a contração uterina. Além disso, pode
provocar uma hemorragia e até ser necessário remover o útero”, explica Karina.
5.
Mulheres que tiveram acretismo placentário na primeira gestação podem
engravidar novamente?
Segundo Karina Zulli, a segunda
gestação é possível se o acretismo da primeira gestação não foi grave e o útero
mantido. “Antes te iniciar as tentativas da segunda gestação é importante que a
mulher seja submetida a uma histeroscopia diagnóstica, exame que irá avaliar o
endométrio. Se o endométrio estiver refeito e o útero não apresentar grandes
cicatrizes em sua extensão, a segunda gravidez está liberada. Mas, todos os
cuidados devem ser tomados já no pré-natal e a mãe deve seguir com rigor as
recomendações médicas, pois a recorrência da doença é possível”.
6.
Existe tratamento?
Sim, o importante é que a doença seja
previamente diagnosticada. Karina destaca a medicina intervencionista como uma
grande inovação para o tratamento do acretismo placentário. Em alguns casos, os
cuidados médicos começam ainda durante a gravidez. Outras medidas preventivas
são tomadas na hora do porto. “Através de cateteres bloqueamos as artérias que
irrigam a área comprometida para coibir o sangramento excessivo antes mesmo da
retirada do bebe”, diz.
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